O Rio de Janeiro que inspira: canções para os bairros cariocas

Em verso, melodia, batuque e rima: não é de hoje que o Rio de Janeiro vem inspirando artistas a produzirem canções para alegrar a vida. Todo mundo sabe cantar pelo menos uma canção que homenageie a Cidade Maravilhosa. E não só a cidade, mas os bairros do Rio de Janeiro vêm, durante anos, servindo de inspiração para os artistas que cantam o dia-a-dia do carioca, da luta à boemia.

Faz um tempinho que a Mariana Bueno, do blog Mariana Viaja, começou no Instagram uma campanha com a hashtag #MaisFelizNoRio. A ideia é que os cariocas possam falar com orgulho das coisas bonitas da cidade, apesar do momento difícil que o Rio de janeiro vem atravessando nos últimos anos. Numa das primeiras postagens, ela falou das suas memórias no Estácio – um bairro bem fora do circuito turístico carioca, mas divinamente cantado pelo Luís Melodia em Estácio, Holly Estácio.

Com essa inspiração, comecei a preparar uma playlist com músicas que cantam outros bairros do Rio de Janeiro, da zona norte a zona sul. Músicas que trazem alegria e sonoridade a bairros famosos, mas também àqueles que nem sempre aparecem nos cartões-postais. Músicas que a gente merece cantar junto, para lembrar que o Rio pode ser inspirador, e muito mais bonito.

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Uma lista de músicas para cantar os bairros do Rio de Janeiro!

A poesia resiste, a música nos faz respirar, Rio de Janeiro! Vamos cantar esse Rio que nos inspira e nos ensina, um tanto mais a cada dia!

#1 Estácio, Holly Estácio (Luiz Melodia)

Nada mais justo que começar com a música que inspira a Mariana! Estácio, Holly Estácio foi escrita por um garoto de 21 anos, nosso já saudoso Luiz Melodia. O poeta nasceu e cresceu no morro de São Carlos, vizinho do bairro do Estácio. Viu sua música sendo gravada por duas damas da MPB, Gal Costa, em 1971, e Maria Betânia, em 1972.

Mas, na minha humilde opinião, ninguém interpreta Luiz Melodia tão bem quanto o próprio Luiz Melodia. Em 1973, Luiz lançou seu primeiro disco, Pérola Negra, com a interpretação final e fantástica de Estácio, Holly Estácio. No mesmo disco, há outra homenagem ao bairro na canção Estácio, eu e você.

#2 Do Leme ao Pontal (Tim Maia)

Essa é clássica, todo mundo sabe cantar junto. E fica difícil discordar da máxima: do Leme até o Pontal, é tudo uma beleza de fazer inveja. Tim Maia, um tijucano da gema, demarcou os limites desse litoral em verso e rima, passando pelo Flamengo, Urca e Botafogo, e pela (extinta) praia do Calabouço. No ritmo, a gente vem afirmando, desde 1986, que não tem nada igual no mundo, e duvido aparecer alguém pra duvidar.

#3 Aquele Abraço (Gilberto Gil)

Época de ditadura militar, e nossos melhores artistas sendo presos ou exilados. Gilberto Gil saiu da prisão no quartel militar no bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio, para embarcar para o exílio. Os tempos difíceis serviram de inspiração para uma de suas músicas mais conhecidas.

De acordo com as informações do site oficial do cantor, a letra vem repleta de ironia. Quando Gil manda o ‘Alô, Alô, Realengo… Aquele Abraço!’, faz referência à forma como os soldados se cumprimentavam no quartel, com o bordão usado pelo humorista Lilico em seu programa. “O Rio de Janeiro continua lindo, continua sendo”, continua maravilhoso, Gil!

Ah, o ‘Alô, torcida do Flamengo’ também é ironia. Gilberto Gil é torcedor do Fluminense.

#4 Novo Rio (Sá, Rodrix e Guarabyra)

Imaginem o fim do mundo no Rio de Janeiro. Foi isso que o trio Sá, Rodrix e Guarabyra cantou em 2010. Imaginando o dia que o Corcovado vai estar à beira-mar, com o Pão de Açúcar do outro lado. No delírio em forma de música, Vila Isabel também ganha um mar para chamar de seu. Mas a parte triste é que, nessa realidade apocalíptica, não teremos mais o lindo Arpoardor…

Eu descobri essa música na pesquisa para esse post, e achei uma delícia! Fiquei ouvindo de novo e de novo!

#5 Turma da Tijuca (Erasmo Carlos)

Meu coração é Tijucano, o bairro que me recebeu e me ensinou o ‘jeito carioca de ser’. O tradicional bairro da Zona Norte foi lindamente cantado por um de seus históricos moradores, Erasmo Carlos. Memórias de suas aventuras no extinto Instituto Lafaiete, que no final dos anos oitenta virou Fundação Bradesco. Das peripécias pelos trilhos do bonde 66, que ligava a Tijuca à Praça XV. Tudo vivido junto com Tim Maia e Roberto Carlos, a Turma da Tijuca. Um pessoal de respeito que viveu pelo bairro, einh?

#6 Onibusfobia (Jota Quest)

O Rio de Janeiro tem um trânsito louco, e quem mora em Jacarepaguá, na Zona Oeste, sabe bem como ficam as principais ruas do bairro nos horários de pico. No seu primeiro disco, lançado em 1996, os irreverentes meninos do Jota Quest cantaram esse bairro “tão, tão distante” do centro da cidade. Na letra de Onibusfobia, “Jacarepaguá é longe pra caramba, Jacarepaguá só se eu tiver de carro, Jacarepaguá só se eu tiver na Barra, se não não vou nem se amarrado”.

#7 Meu lugar (Arlindo Cruz)

Salve, salve, Madureira! O bairro suburbano onde está o maior mercadão popular do Rio de Janeiro, e que abriga duas das maiores escolas de samba da cidade. Madureira é o melhor lugar do mundo na voz de Arlindo Cruz. A vontade é levantar, e sair cantando em homenagem à terra do samba!

“O meu lugar é bem perto de Osvaldo Cruz, Cascadura, Vaz Lobo e Irajá… O meu lugar é sorriso, é paz e prazer, o seu nome é doce dizer, Madureira, iá iá… Madureira!”

#8  Óculos (Paralamas do Sucesso)

Em 1984, os Paralamas do Sucesso cantaram a história triste de um menino de óculos, que não consegue mais namorar as garotas do Leblon. O mais nobre entre os bairros nobres do Rio de Janeiro, com um dos metros quadrados mais caros do Brasil.

Vamos lá, garotas do Leblon. Uma chance para o cara legal por trás dessas lentes!

#9 Copacabana (Alberto Ribeiro e Braguinha)

O clássico dos clássicos, para cantar a praia-símbolo da Zona Sul carioca. A letra é da dupla Alberto Ribeiro e Braguinha, mas a ‘Princesinha do Mar’ ficou eternizada na voz de Dick Farney em 1946. Isso tudo numa época em que o Rio de Janeiro ainda ostentava o glamour de capital do país.

A verdade é que, como diz a canção, existem outras praias por aí, mas nenhuma possui o encanto de Copacabana. Dá ou não dá uma vontade de sentar nas ondas do mar do calçadão de Copa, e esperar um pôr do sol que só o Rio de Janeiro sabe oferecer?

#10 Garota do Meiér (Gabriel Moura)

Mais uma canção para a Zona Norte, mais uma baladinha bem gostosa de ouvir e cantar. Eu me sinto a garota do Méier quando pego o 456 para Copacabana, tenho que confessar. Para a praia na Barra, via Linha Amarela, eu não peguei ainda, mas sempre é tempo né? Quem mais é garota do Méier, aí? Quem mora no Méier não bobéia! 😉

#11 Garota de Ipanema (Vinícius de Moraes e Tom Jobim)

A música brasileira mais cantada e regravada em todo o mundo canta Ipanema, com sua praia entre Copacabana e o Leblon. A música que é a cara da bossa nova, e das meninas do Rio de Janeiro que encantam o mundo com a simpatia que só o carioca tem.

A musa inspiradora foi a Helô Pinheiro, mas quem já não quis ser, pelo menos uma vez, a garota de Ipanema?

#13 Samba do Irajá (Nei Lopes e Wilson Moreira)

Samba é o que não pode faltar numa lista de músicas que canta os bairros do Rio de Janeiro. Chegou a vez de Irajá. O bairro da Zona Norte inspirou Nei Lopes e Wilson Moreira, mas a música também foi cantada por Roberto Ribeiro e Chico Buarque. A malandragem, a saudade, a tristeza do amor quase amado… “É isso aí, ê Irajá… Meu samba é a única coisa que eu posso te dar…”

#14 Feitiço da Vila (Noel Rosa)

Lembro a primeira vez que andei pela Avenida 28 de setembro, e me dei conta que as cifras de Feitiço da Vila decoravam as calçadas. Eu estava em Vila Isabel, a terra sagrada de Noel Rosa. O bairro foi cantado repetidamente pelo sambista, mas Feitiço da Vila é a expressão máxima do amor de Noel pelo bairro. Com versos como “Quem nasce lá na Vila nem sequer vacila na hora de abraçar o samba”, e “São Paulo dá café, Minas dá leite e a Vila Isabel dá samba”, tem como duvidar que Vila Isabel está muito bem representada nessa playlist, meus amigos viajantes?

#15 Engenho de Dentro (Jorge Ben Jor)

Essa é pra todo mundo cantar junto! O bairro de Engenho de Dentro (que eu sei que fica coladinho no Méier, mas sem muita certeza de onde começa um e termina outro) tá na letra de Jorge Ben Jor e na voz do povo. Como menina recém-chegada na Zona Norte, arrumei uma “cola” para aprender a ordem das estações de trem no Ramal Santa Cruz: “Engenho de Dentro, quem não saltar agora, só em Realengo!”.

#16 Realidade Virtual (Engenheiros do Hawaii)

Eu gosto bastante dos Engenheiros do Hawaii, e já cantei muito as músicas que exaltam Porto Alegre junto com Humberto. Mas o Rio de Janeiro também tem um lugar no coração de Gessinger. Ele compôs uma música que faz referência ao bairro da Lagoa, onde ele morou por um tempo.

Como não se inspirar com os prédios e os refletores do Jockey Club que aparecem toda noite no espelho da Lagoa? Como não cantar quando da janela a gente vê que a neblina encobre o Cristo, enquanto a Lagoa se ilumina? A gente te entende, Humberto!

#17 All Star (Nando Reis)

Mais uma para o time do “Essa eu sei cantar!”. É só chegar no viaduto que cruza a Rua das Laranjeiras, olhar para o mural pintado, e começar a cantar baixinho: “Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador”…

A música que Nando Reis compôs, pensando nas visitas a sua amiga Cássia Eller, eternizou o nome do bairro onde morava a cantora. Não sei vocês, mas eu não consigo controlar. Basta cruzar o túnel e chegar na Pinheiro Machado, que…

#18 Alma Boemia (Diogo Nogueira)

Ah, o Morro dos Prazeres! Que música bem cantada, que samba gostoso! Dá vontade de ir lá pra Gamboa, passar a noite na Lapa, ou me perder na boemia de Santa Teresa. Rio, eu morro dos prazeres que você me dá!

Eu sou suspeita porque adoro os sambas do Diogo Nogueira. Em Clube do Samba, ele faz outra homenagem aos bairros cariocas, que vale demais a pena ouvir!

#19 Feirinha da Pavuna (Jovelina Pérola Negra)

A Dama do Samba Jovelina Pérola Negra homenageia Pavuna, o bairro onde fica a última estação da linha verde do metrô. Mais uma canção que nasceu e cresceu na Zona Norte, que quase nenhum turista conhece. Um samba dos mais tradicionais, falando de uma baita confusão entre as verduras na feirinha da Pavuna. Isso mesmo, verduras. Amigos, tudo, absolutamente tudo acaba em samba no Rio de Janeiro.

#20 Carioca (Chico Buarque)

Como eu adoro quando Chico Buarque canta o Rio de Janeiro! A irreverência, o gingado, a poesia aqui vieram para cantar a Gávea, o Flamengo e a Copacabana da Cidade Maravilhosa. Rio que tem baile funk, samba, e muita beleza do sol poente entre as montanhas!

#21 Endereço dos Bailes

Não é Rio de Janeiro se não tiver baile funk. E pra saber onde encontrar cada bonde carioca, a música é o Endereço dos Bailes, cantado pelos MC’s Júnior e Leonardo. Crias da favela da Rocinha, foram os primeiros funkeiros a lançar um CD com uma grande gravadora, em 1995.

E opção não falta: o Baile Shock do Vidigal, o bonde do Morro do Chapéu, no Leme e a festa no Morro do Borel, na Tijuca. Ah, sem esquecer do baile no Country Clube, lá Praça Seca, que “por favor, não se esqueça que fica em Jacarepaguá”!

#22 O Rio de Janeiro Continua Sendo (Dudu Botelho, Marcelo Motta, Josemar)

Quando morei na Tijuca, fui adotada pelos Acadêmicos do Salgueiro e sua bateria Furiosa. O samba-enredo de 2008, eternizado na voz de Quinho, canta um Rio de amor. Cheio de alegria, samba e movimento, desde a época que a família real agitou o porto na Praça Mauá, enquanto a brisa embalava as ondas do mar. Como em todo bom samba, carioca aqui é rei da boemia, e o seu reinado é na Lapa, nosso mais bonito patrimônio cultural!

#23 É isso que tenho no sangue (Planet Hemp)

Para mostrar que o Rio de Janeiro pode ser cantado em qualquer ritmo, o Hip Hop de Marcelo D2 também se inspirou na cidade, com suas belezas e seus conflitos. Em ‘É isso que tenho no peito’, o destaque fica para o samba-funk que nasceu no Andaraí e se criou na Lapa, o bairro mais plural da Cidade Maravilhosa.

#24 Superbacana (Caetano Veloso)

É a vez de Caetano cantar Copacabana, a Princesinha do Mar. Mas nada de moças bonitas ou praia poética. Caetano fala dos conflitos da Cidade Maravilhosa, às vezes tão perto e às vezes tão longe da Zona Sul.

#25 As caravanas – Chico Buarque

De novo, ele. No seu disco mais recente, Chico fala do mar turquesa de Copacabana, enquanto dá voz ao subúrbio. Na canção de Buarque, ninguém cala ou retém a caravana de Arará, de Caxangá, da Chatuba, de Irajá ou da Penha. Ninguém segura os suburbanos do Jacarezinho a caminho do Jardim de Alah.

Uma crítica social. Uma reflexão sobre a caravana suburbana que desce para a Zona Sul em dias de sol, a criminalidade na cidade e a nossa mania de generalizar pessoas e comportamentos. Uma alegoria da segregação social que divide a cidade. “A culpa deve ser do sol”.

A música “As Caravanas” dá nome ao álbum que Chico lançou em 2017. É nessa música que está, na minha opinião, o verso mais genial do CD: “Filha do medo, a raiva é mãe da covardia”.

Foto de destaque: Pixabay.com.

Esquecemos de alguma música sobre os bairros do Rio de Janeiro? Conta pra gente nos comentários!

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25 músicas que cantam os bairros do Rio de Janeiro

 

Lila Cassemiro
Klécia Cassemiro (Lila, para os amigos) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante geminiana e curiosa, é especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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Comentários:
Kátia Ponce de Almeida Guimarães disse:

faltou a música:
O AMOR a Barra da Tijuca

Aline disse:

Tem uma música do Martinho da Vila. “Clube do Samba”.

vanderlei disse:

rio 40 graus, fernanda abreu

Edson Rangel disse:

Há uma música cuja é letra +/ a seguinte:
“minha vida seria um pão-de-açucar se vc morasse na tijuca pertinho do meu bangalô.
Mas tu moras em copacabana nessa praia bacana de areias coloridas”
Essa música é +/- entre as décadas de 40 a 60

vanderlei disse:

“ela mora na barata ribeiro”, uma barata chamada kafka, inimigos do rei.
“É o rap do 175 que eu peguei na central”, gabriel o pensador

Guisreis disse:

Excelente lista! Para completar: O rubro-negro Jorge Benjor também canta “É falta da entrada da área / Adivinha quem vai bater / É o camisa dez da Gávea”.
Já no Rap do Borel os funkeiros William e Duda cantam: “Massa tijucana, escute o que vamos falar / No nome mais bonito que agora vamos citar / Morro do Borel, o Amor e a Mineira, Nova Holanda e Vigário, Antares e a Mangueira,
Engenho e a Rainha, Cruzada, Abolição,
Andarai, Rocinha, Iriri, é o Estadão,
Faz quem quer, Faúna, VazLoobo, Gardênia Azul,
Turano, Vila Kennedy / eu falei foi um por um / Jacaré, Manguinho, Vargem, Cidade de Deus /
Mas cantando esse rap no ônibus ele quase desceu”.

Vivian disse:

amei a lista! lembrei de outro funk clássico doa anos 90: feira de acari.

Rafael Cassemiro disse:

Oi Vivian,

Feira de Acari é realmente um clássico!
Obrigado pela visita e comentário!

pri130 disse:

Olá,Klecia,Boa Tarde.Eu Destaquei Online Sobre Os Todos Os Cantores da
MPB Que Fizeram a Valer a Minha Cidade Rio de Janeiro-RJ.Obrigada,Boa Tarde e Um Feliz 2019 Pra Você.☺

Klécia disse:

Oi Pri! Que bom que gostou! Ótimo ano novo pra você também! 🙂

Analuiza disse:

Apesar de tudo, eu sempre achei o Rio uma cidade cheia de poesia… Você, Klécia, consegue ler e transmitir todo o poema que é esta cidade! Texto lindo!!! #MaisFeliznoRio e na verdade #MaisFeliznoBrasil! beijus

Klécia disse:

Obrigada querida Ana! Vamos juntos ser #maisFelizNoBrasil, com certeza!

Mariana Bueno disse:

Que post mais lindo! Quanta música maravilhosa! Tão bom ouvir essas letras que falam de lugares da cidade… Amei!!! Fico muito feliz de ter inspirado isso. Que a gente siga sempre sendo #MaisFelizNoRio

Klécia disse:

Obrigada mesmo, Mariana! E tenha certeza que você está inspirando mais pessoas a serem #MaisFelizNoRio 🙂