Isla del Sol Bolívia: tudo que você precisa saber para visitar

A Isla del Sol é um dos pontos turísticos da Bolívia que são mais procurados pelos viajantes do mundo inteiro.

A geografia da ilha é privilegiada, e toda sua beleza está cercada pelo azul inacreditável do lago Titicaca, o maior e mais alto lago navegável do mundo.

Com tantas belezas naturais, fica fácil entender porque a Isla del Sol atrai, ano após ano, uma infinidade de viajantes em busca de suas paisagens.

Mas a Isla del Sol não é só uma ilha bonita. Se você também gosta de história e misticismo, vai se encantar com tudo que destino tem para oferecer!

A Isla del Sol é sagrada para os incas, e por muitos anos foi utilizada como santuário. Por lá, foram construídos templos e eram oferecidos cultos e sacrifícios ao deus Sol.

Hoje, a ilha está repleta de sítios arqueológicos, e desde a chegada a gente é tomado por uma certa aura mística, que envolve o lugar, seu povo e sua beleza.

Neste post, vamos te dar todas as dicas para descobrir como visitar e o que fazer na Isla del Sol na Bolívia. Também vamos compartilhar nossa experiência de turismo na ilha, confira:

Isla del Sol, os incas e o Lago Titicaca

A Isla del Sol é a maior ilha do lago Titicaca. Para entender a importância da Isla del Sol para os incas, é preciso conhecer um pouco sobre as histórias e crenças desse povo.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
Foto: Fui Ser Viajante

Segundo a tradição, o Inti Sol, deus pai dos Incas, decidiu enviar à Terra seu filho Manco Capac, e sua esposa-irmã, Mama Ocllo, para civilizar os homens e fundar um grande Império.

Esses dois enviados surgiram na terra exatamente na Isla del Sol, emergindo das águas nas espumas do Lago Titicaca. De lá, marcharam até Cusco, para fundar a cidade capital do grande Império Inca.

Com isso, dá pra entender porque a Isla del Sol se tornou tão importante na história da civilização inca.

E como se toda essa história não fosse suficiente para atrair curiosos para a ilha, esse lugar ainda é privilegiado pela natureza com uma beleza marcante.

Na Isla del Sol, assisti a um pôr do sol maravilhoso, daqueles que entram para a lista dos mais lindos da vida. Foi lá também que conheci um completo e maravilhoso tom de azul: o azul inconfundível das águas do Titicaca.

O Lago Titicaca, por si só, já é uma atração. É o maior lago em volume de água da América do Sul, além de ser também o lago navegável mais alto do mundo, com seus mais de 3800 metros acima do nível do mar.

A combinação das belezas do lago Titicaca, junto com os recortes geográficos e os mistérios da Isla del Sol, fazem desse destino um dos destinos mais desejados pelos mochileiros do mundo inteiro!

Como chegar na Isla del Sol Bolívia?

O jeito mais econômico para chegar até a Isla del Sol é pegando um dos barcos que saem da cidade de Copacabana na Bolívia.

Lembrando que, para chegar em Copacabana, você precisa realizar deslocamentos de ônibus, seja vindo pelo interior do Peru, ou pelo interior da Bolívia.

Como chegar na Isla del Sol vindo do Peru

Esse foi nosso caso. Estávamos em Cusco, e de lá descemos até a Isla del Sol. Até chegar na Ilha de fato, viajamos de ônibus e depois de barco.

Fizemos a viagem com um ônibus noturno de Cusco a Copacabana. Compramos a passagem na própria rodoviária de Cusco, no dia da viagem.

Foi arriscado? Sim.

Os principais problemas seriam: não conseguirmos comprar a passagem, ou terem vendido passagem demais e não conseguirmos nosso lugar (vimos isso acontecer em outro trecho da viagem).

Para tentar evitar esse problema, um boa dica é tentar passar na rodoviária de Cusco com antecedência, para comprar o seu bilhete para o dia planejado da viagem.

Assim, você só corre o risco do overbooking. Mas qualquer risco a menos já é uma vantagem, não é mesmo?

Esse foi o ônibus que fez nosso deslocamento:

Como ir de ônibus de Cusco a Copacabana
Foto: Fui Ser Viajante

Fizemos a imigração na fronteira Bolívia – Peru – sem maiores problemas. A gente desembarcou do ônibus, entrou na casinha, carimbou o passaporte e seguiu.

Outra opção para chegar em Copacabana saindo de Cusco é pegar um ônibus direto até Puno (outra base para explorar o lago Titicaca, só que do lado peruano), e depois em Puno pegar um outro transporte até Copacabana.

Reserve aqui:
ônibus direto Cusco – Puno
excursão de Puno a Copacabana e Isla del Sol

Como fomos por conta própria, ao chegar em Copacabana, ainda tivemos que procurar uma agência para comprar o bilhete do barco para fazer a travessia até a Isla del Sol.

Como chegar na Isla del Sol vindo de La Paz

Saindo de La Paz, o trajeto envolve ônibus, balsa e, por fim, o barco até a Isla del Sol.

Você pode comprar o seu bilhete de ônibus diretamente na rodoviária de La Paz, que é o jeito mais barato.

Pagando um pouco mais, você pode contar com a comodidade de comprar o bilhete nas agências do centro da cidade. Muitos hotéis em La Paz também fazem o serviço de reserva de assento nos ônibus, pergunte na recepção.

O ônibus segue viagem de La Paz até San Pedro de Tiquina, uma pequena cidade onde é necessário desembarcar do ônibus, para fazer a travessia do Estreito de Tiquina.

O ônibus vai numa balsa, os viajantes vão num barquinho. A gente precisa pagar o valor desse barquinho, não está incluído no valor da passagem. Custa 2,50 bolivianos por pessoa.

Do outro lado, todo mundo embarca de volta no ônibus para seguir viagem até Copacabana. Aí é encontrar uma agência na cidade para comprar os bilhetes de barco até a Isla del Sol.

Outra opção para chegar na Isla del Sol saindo de La Paz é contratar o serviço de uma agência, para excursão.

A maioria oferece um passeio de 1 dia a Copacabana saindo de La Paz, mas eu não recomendo que você faça um bate e volta. Vai ser muito corrido, cansativo e você não vai aproveitar quase nada.

Travessia de barco de Copacabana a Isla del Sol

Ao chegar em Copacabana, o próximo passo é reservar seu lugar no barco que faz a travessia até a Isla del Sol. Daí é bater perna no centrinho de Copacabana até achar um bom preço e um serviço que atenda o que você procura.

Isos porque descobrimos que existem várias opções de travessia:

  • transfers privativos,
  • passeios guiados,
  • passeio bate e volta
  • viagem só de ida, para quem (como nós) queria pernoitar na Isla del Sol.

Nós compramos o bilhete de barco (só de ida) em uma das agências da rua principal de comércio em Copacabana na Bolívia.

De ônibus de Copacabana a La Paz
Foto: Fui Ser Viajante

A travessia é feita em um barco grande, que cabe cerca de 40 pessoas. Ali junte turista e não turista, e pessoas que compraram em diferentes agências.

A saída do barco é com hora marcada. São sempre dois horários por dia: às 8:30h e às 13h, e os preços não variam muito de agência para agência.

Perguntamos em umas três agências só para ter certeza que não estávamos sendo enganados, e compramos com uma agência que parecia um pouco mais organizada.

Isso porque queríamos deixar nossos mochilões guardados na agência até o dia seguinte, e levar para a Isla del Sol somente o necessário.

Fomos para Isla del Sol apenas com a mochila de ataque preparada para um pernoite, e claro que levamos todos os documentos e itens de maior valor junto com a gente.

Reservamos o barco da tarde e, com o tempo que sobrava, aproveitamos para dar uma voltinha em Copacabana, conhecendo a Catedral e também almoçamos em um restaurante simples do centrinho.

Outra coisa a fazer logo que chegar em Copacabana é comprar seu bilhete de ônibus para seguir viagem. Seja para Cusco ou La Paz, compre logo que chegar para garantir que você vai conseguir seguir viagem no cronograma.

E mais uma dica: lembra que eu falei que vi um “overbooking”? Foi exatamente aqui em Copacabana.

A gente chegou super cedo na “parada de ônibus” para seguir nossa viagem a La Paz, e duas pessoas que estavam no fim da fila não conseguiram embarcar porque o ônibus já estava lotado.

Uma delas brigou e brigou e conseguiu sentar naquele “jump seat” do cobrador, mas para evitar perrengue, fica a dica: evite chegar em cima da hora. Fique no começo da fila para garantir seu embarque.

Leia também: o que ver e fazer em Copacabana na Bolívia

Cuidados para deixar a bagagem na agência de Copacabana

A maioria das agências de Copacabana guarda a bagagem dos viajantes que compram ingresso com elas, sem nenhum custo. Isso tanto para os passeios bate e volta quanto para quem pernoita na Isla del Sol na Bolívia.

Eles colocaram nossas mochilas na parte de trás da agência. Quando fomos colocar a nossa, já havia muitos outros mochilões guardados por lá.

Claro que a gente fica um pouco inseguro de largar a mochila com desconhecidos, mas queríamos viajar para a Isla del Sol com menos peso.

A Isla del Sol tem muitas subidas em escadas e ladeiras, e considerando a altitude extrema da Isla del Sol, o melhor a fazer é poupar o corpo o máximo possível de carregar peso.

Uma dica importante para quem também vai optar por deixar as malas na agência é não deixar nada de valor e trancar as malas com cadeado.

Travessia de barco de Copacabana a Isla del Sol

A travessia de barco de Copacabana a Isla del Sol dura cerca de 1:30h a 2h., dependendo da velocidade do barco.

E podem ser as duas horas mais longas da sua vida, por conta do frio e vento gelado que predominam no Lago Titicaca.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
Foto: Fui Ser Viajante

Anota essa dica: vá prevenido para o frio durante a travessia, mesmo em dias de sol.

Exatamente às 13 horas, as pessoas começaram a formar uma fila em frente ao Monumento Avaroa em Copacabana – é uma grande âncora branca, às margens do Titicaca.

Em alguns minutos, começamos a embarcar. Com a curiosidade de quem estava desbravando a linda América do Sul, decidimos ir na parte de cima do barco – que é aberta.

Quem carrega bagagem tem que deixá-la na parte de dentro da embarcação. Quando o primeiro barco lotou – acho que embarcaram umas 40 pessoas, começaram a levar as pessoas para um segundo barco.

Nós zarpamos e esse outro barco ainda estava ancorado.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
Foto: Fui Ser Viajante

Logo depois da saída, a empolgação era máxima: eu tirava foto de tudo, conversávamos com os outros passageiros, todos eram pura alegria.

Até que o vento do Titicaca começou a mostrar seu poder. Todos começaram a colocar casacos, luvas.

Em certo momento, tive que apelar para o cachecol, a touca e mais qualquer coisa que estava à mão para proteger do vento e do frio.

Foi com certeza um dos maiores frios que senti na vida, e agradeci por ter levado todo aquele equipamento de frio para uma viagem de barco em um lindo dia de sol.

Bendito frio da altitude!

Apesar do perrengue gelado, a paisagem era linda. Já perto da ilha, começamos a avistar uma grande cadeia de montanhas cobertas de neve no continente.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
Foto: Fui Ser Viajante

Eu mal podia tirar os olhos do cenário: o azul profundo do lago, que se encontrava com as montanhas tingidas por uma neve eterna.

Inesquecível! 

Com mais alguns minutos, ancoramos no lado sul da Isla del Sol.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
Foto: Fui Ser Viajante

Onde se hospedar na Isla del Sol

Na hora de comprar o seu bilhete de barco, você deve escolher se quer desembarcar no lado norte ou sul da ilha. Leve isso em consideração, pois a ilha é grande!

Se você, como nós, escolheu pernoitar uma noite na isla del sol, procure se informar direitinho sobre em qual lado da ilha fica sua pousada.

Para escolher sua hospedagem, também considere a geografia da ilha e veja em que parte estão os atrativos que você quer visitar.

Como só tínhamos um pernoite na Isla del Sol, decidimos focar no lado Sul, onde ficava o nosso hotel.

Intikala Hotel: hospedagem no lugar mais lindo do Lado Sul

Nós reservamos um quarto no Intikala Hotel, um hotel com localização privilegiada na Isla del Sol.

Quando desembarcamos no lado sul, no povoado Yumani, perguntei direções para chegar ao nosso hotel, porque a gente queria fazer checkin e deixar a mochila lá, pra sair caminhando e explorar a ilha.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

Como endereços precisos não são o forte da Isla del Sol, tudo que eu tinha era o nome e uma referência de que o hotel ficava na parte mais alta do lado sul.

Começamos a subir e cada vez que eu perguntava, sempre me respondiam: “Más arriba! Más arriba!” E continuamos subindo… até parecer que não tinha mais para onde subir. E vinha uma curva, e a gente subia mais um pouco.

E quando estávamos cansados e perdendo a fé… A gente subiu mais um pouco!

Até que enfim avistamos a placa do Hotel Intikala. Fizemos checkin e corremos pro banho.

Era tudo que a gente queria depois de tantas horas viajando e andando pela ilha.

Nosso quarto tinha uma janela enorme e uma grande varanda compartilhada pelos apartamentos, com vista para o lago! Lugar perfeito para ver o por do sol, as estrelas e viver uma baita experiência na Isla del Sol!

Foto do quarto no Intikala Hotel, Isla del Sol

O que fazer na Isla del Sol: principais atrativos

Agora vamos falar um pouco sobre o que tem para fazer na Ilha do Sol, e o que você pode conhecer durante sua passagem pela ilha.

Confira os principais passeios e atrações:

Travessia Inca: de norte ao sul da Isla del Sol

Essa possivelmente seja a maior atração da Isla del Sol.

No roteiro mais comum, você desembarca no lado norte da Ilha e faz a caminhada a pé, atravessando a Isla del Sol no sentido norte – sul por meio da antiga trilha Inca.

Ao desembarcar no lado norte, você precisa pagar o bilhete de acesso, algo que funciona como um pedágio para ter acesso a esse pedacinho da Isla del Sol.

É preciso levar dinheiro com você na travessia, porque há outros pedágios no caminho. Com cerca de 4 horas, você completava o percurso até o lado sul, onde paga mais um pedágio para a comunidade desse lado da ilha.

Entre 2017 e 2019, essa travessia ficou fechada, por conflito entre duas comunidades da ilha, Challapampa e Challada.

O lado norte chegou a ficar completamente fechado para turistas, que só podiam visitar o lado sul da Ilha do Sol.

Em 2019, o conflito foi resolvido pelo Ministerio de Culturas y Turismo (MCyT) da Bolívia, e o fluxo de turistas foi retomado.

Ali você escolhia entre pernoitar ou pegar o último barco de volta à Copacabana, se chegasse no porto até às 16h.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
Foto: Fui Ser Viajante

Quando começamos a planejar essa viagem, fiquei sabendo que a famosa trilha Inca estava fechada, por causa de conflitos entre o povo do norte, do sul e do centro da ilha.

Pelo que entendemos, o povo do centro estava insatisfeito porque os lucros desses pedágios ficavam apenas com o norte e o sul, e decidiram fechar a trilha. Ruínas e relíquias históricas foram destruídas nesse processo.

Pelo menos por enquanto, não é possível passar pelo meio da Isla del Sol, repetindo o lendário caminho Inca. Para conhecer o lado norte e o lado sul, é preciso pegar um barco entre os portos.

E qual a diferença entre o Lado Norte e o Lado Sul da Isla del Sol?

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

O lado sul é conhecido por oferecer uma maior estrutura. Na comunidade Yumani existe uma boa quantidade de pousadas, hotéis, hostels e restaurantes.

No lado sul ficam a Escadaria e o Jardim do Inca, com a lendária fonte Inca, e a Pilkokaina, um conjunto de ruínas a cerca de 2 km do povoado, onde fica o Palácio do Inca, também conhecido como templo do sol.

O lado norte é mais isolado, e tem um clima mais ‘roots’. Leva-se mais tempo para chegar lá saindo de Copacabana, então é preciso levar isso em consideração no planejamento de viagem.

A maioria das hospedagens são casas de locais, que alugam quartos em suas residências. Por lá estão localizadas a maioria das ruínas incas, como a roca sagrada, a mesa cerimonial, Chincana, o cemitério Inca e o Museu do Ouro.

Tanto para entrar no lado norte quanto no lado sul, é preciso pagar um ‘pedágio’. No lado sul, cobraram 10 bolivianos por pessoa ainda no porto, logo que desembarcamos.

Lado sul da Isla del Sol: o que ver e fazer com um pernoite na ilha

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

Desembarcamos na Isla del Sol por volta das 15h. Demos uma olhada na região do porto, bem movimentada a essa hora.

Por todos os lados, ilhéus se ofereciam para transportar as bagagens dos recém-chegados até os hostels, nas costas ou no lombo de burrinhos.

O motivo disso ficou claro em seguida: foi só olhar o tamanho da “Escalera del Inca”, a escada que sobe a encosta da ilha, e leva do porto até as casas do povoado Yumani. 

De cada lado da Escalera, uma estátua homenageando os enviados do Inti Sol: Manco Capac e Mama Ocllo.

Antes de subir a escada, olhamos o mapa da ilha no porto, para ver as trilhas disponíveis no lado sul. Era cedo, e decidimos ir até Pilkokaina, o antigo templo do Sol, antes mesmo de procurar o hotel.

A trilha até Pilkokaina e a menina das lhamas

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

Escutamos atentamente enquanto um turista mais experiente explicava o caminho para Pilkokaina. Subir as Escaleras, seguir até a igreja e virar à esquerda.

De lá, caminhar pela encosta por mais ou menos 2 km, até encontrar as ruínas do templo. 

Começamos a subir as escadas, passamos pela Fonte do Inca e em pouco tempo nos demos conta que os sinais do cansaço na altitude começaram a aparecer.

A cada passo, eu agradecia por ter deixado a mochila em Copacabana, e estar apenas com a mochila de ataque.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

Encontramos a igreja e seguimos pelo caminho que acreditamos estar correto. Mas quando a trilha sumiu, achamos que estávamos perdidos e quase voltamos.

Nos encontramos pouco depois, quando vimos um grupo de turistas mais embaixo na encosta. Descemos até encontrar a trilha oficial de novo.

A certa altura, um grupo de lhamas pastava bem no meio do caminho, e eu resolvi tirar uma foto dos simpáticos bichinhos.

Num piscar de olhos, a ‘dona’ das lhamas apareceu para cobrar pela fotografia.

Mas nada realmente surpreendente: desde o Peru eu já tinha aprendido que sempre que há uma lhama, há alguém para cobrar pela foto haha.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

Seguimos até as ruínas de Pilkokaina. Exploramos a área e aproveitamos a linda vista. Em seguida, decidimos que era hora de voltar. Precisávamos encontrar nosso hotel antes do escurecer.

Restaurante Pachamama na Isla del Sol: Onde comer e ver um lindo pôr-do-sol

Saímos para jantar no restaurante que ficava bem ao lado do hotel, que tinha mesas externas para aproveitar o pôr-do-sol.

Pedimos cervejas bolivianas (que eles servem quente!) e petiscos, e pouco a pouco todas as mesas externas foram ocupadas por outros turistas.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

O pôr-do-sol não decepcionou, e foi um dos mais lindos que já vimos na vida. O momento que o sol encontra o azul profundo do Titicaca é mágico!

Com o sol indo embora, veio o frio e todo mundo entrou para o salão do restaurante. Uns turistas franceses começaram a jogar cartas de um lado, um casal tinha um jantar romântico do outro.

Tomamos uma sopa quentinha, e gastamos no total 120 bolivianos entre cervejas e comida. Fomos pra casa, felizes com um fim de dia perfeito.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

A despedida da Isla del Sol

Decidimos pegar o barco ainda de manhã para voltar a Copacabana. Queríamos pegar a estrada em direção a La Paz ainda com a luz do dia.

Acordamos, tomamos o (excelente) café da manhã do hotel sem nenhuma pressa, e pegamos nossas mochilas.

Demos uma volta pelos caminhos do povoado, e depois exploramos bem o porto, antes da hora do barco, às 10:30.

O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia
O que ver e fazer na Isla del Sol, na Bolívia

Um grupo de velhinhos conversava no porto, perto da antiga cabine de venda de bilhetes de barco.

Foi um desses senhores que nos vendeu o bilhete de volta, por 25 bolivianos / pessoa. O embarque atrasou alguns minutos.

Quando finalmente entramos no barco, tomei a decisão de quem queria relaxar na volta, e não virar um picolé. Sentamos na parte de dentro do barquinho, protegidos do terrível frio do Titicaca. Rumo a Copacabana.

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Lila Cassemiro
Klécia Cassemiro (Lila, para os amigos) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante geminiana e curiosa, é especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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Comentários:
Pati Rodrigues disse:

Ola querida, obrigada por compartilhar sua encantadora experiência, já tô animada. Gostaria de saber qual mês você foi, estou pretendendo ir em Setembro, você acha que é um bom mês? Um abraço.

Rafael Cassemiro disse:

Oi Pati, nós fizemos essa viagem em Setembro de 2017. o clima é bom nessa época sim.
Grande Abraço e boa viagem

Carine Wontroba disse:

Adorei seu relato, parabéns por nos contar no detalhe, também iremos pernoitar em Isla del sol.
Achei legal seu hotel, vc reservou pelo booking? Eu nao encontrei ele pra reservar, se vc puder me mandar o link dele me ajudaria. Obrigada

Rafael Cassemiro disse:

Oi Carine, pesquisei no Booking e infelizmente o Intikala não está mais na lista de hotéis disponíveis, existem outros próximos ao Intikala no alto da ilha!
Grande Abraço e boa viagem!

Marcelo A. Ferreira disse:

Gostaria de fazer a travessia norte x sul. Sabe se ainda está fechado o caminho?

Rafael Cassemiro disse:

Olá Marcelo, é difícil saber sobre a situação da trilha. Alguns comentários recentes no tripadvisor falam da trilha continuar fechada. Obrigado pela visita e boas viagens

Olá, tudo bem?
Eu estarei indo para Bolivia-Peru em Junho agora. Vou pernoitar no mesmo hotel que vcs ficaram. Você pode indicar o nome da agencia que você comprou as passagens para Isla del Sol e deixaram as malas?

Rafael Cassemiro disse:

Oi André, basicamente todas as agências guardam as malas para a viagem. Não lembro o nome (preciso procurar se acho o papel da passagem do barco), mas ela fica no lado direito da Av 6 de agosto (descendo em direção ao lago), logo após o restaurante Wali Suma.
Caso encontre o nome da agência, volto a te responder.
Abraços e boa viagem!!

Klécia disse:

Oi Lilian, como eu não fui no lado norte, não consigo te falar da estrutura do porto de lá. Mas no lado sul, sempre que o barco vinha de Copacabana, ele seguia com mais alguns viajantes até o lado norte. Imagino que logo em seguida ele faça o trajeto contrário norte-sul, antes de voltar a Copacabana. Acho que dá sim pra fazer do jeito que você deseja 🙂
Se vale a pena dormir na ilha? Vale pelo inesquecível por do sol, um dos mais bonitos que já vimos!

Lilian disse:

Olá Klécia! Adorei seu relato. Eu e meu marido vamos no final de novembro. você acha que dá para ir bem cedo direto para o lado norte, conhecer e ir à tarde p o lado sul (depende do horário do barco) , dormir, conhecer o lado sul e voltar? É tranquilo pegar o barco p ir p o outro lado? Desde já agradeço!

Analuiza disse:

Oi Klécia.. Eu já gostei da Isla del Sol na saída quando você fala em local sagrado para os Incas com muita história, misticismo e sítios arqueológicos.

As paisagens são maravilhosas, mas que cena curiosa, aquele dia lindo e todo mundo encapotado! Eu confesso que ia sofrer muito de ficar 2 horas no barco com aquele tanto de gente, mas acho que no final ia super valer à pena.
Adorei as estátuas saudando no início da escadaria… e que escadaria!!!!
Que bom que deixaram as bagagens em Copacabana!
Achei linda demais a parte sul da ilha: a igreja, o hotel…

No Atacama eu tirei umas fotos de llamas de nao tinha nenhum dono, mas confesso que morria de medo delas!
Eu não sabia das lendas inca envolvendo a Isla del Sol e Cusco! Adoro estas lendas.

O por do sol de fato é incrível e vocês fizeram muito bem em ficar más arriba, más arriba… rsrs e me diga uma coisa: o tempo fi suficiente?! bjus

Klécia disse:

Vale a pena todo esforço, aperto – e todo o frio!
Para conhecer o lado sul da ilha, esse tempo foi suficiente. A maior parte das ruínas está no lado norte, no entanto. Eu queria mais um dia por lá, e a ideia era pegar o barco no final da tarde, para fazer a trilha até o lado norte, mas isso não era possível com o conflito entre as comunidades da ilha. E não tive tempo de pegar barco até o outro lado, porque não cabia mais mudar o planejamento nessa altura – imprevistos de viagem. Mas valeu a experiência, especialmente por aquele por do sol mágico!

Genteeee… daria tudo para tomar uma cervejinha com essa vista e com esse pôr do sol =D Eu que amo tanto esse momento do dia, arrisco a dizer que esse tbm estaria na minha lista dos mais bonitos!!!

Ainda que eu tenha cansado só de ler você subindo até o hotel, acho que escolheria exatamente esse para acordar com essa vista!!!

Mas muito além da vista, que história e que experiência passar pela Isla del Sol. Já disse que a cada relato do FSV sobre a trip pelo América do Sul eu fico com mais vontade de desbravar esses lados. A cada post uma surpresa!

Klécia disse:

Apesar das dificuldades, valeu muito a pena, e guardo as melhores memórias dessa passagem pela Isla del Sol (por toda a Bolivia, na verdade). Espero que você conheça algum dia, Mayte 🙂

FIDELIS CABREIRA DE PAULA disse:

vc indica alguma agencia de turismo pra fazer esse passeio?

Klécia disse:

Oi Fidelis, tudo bem?
Você vai viajar por conta própria? Pernoitar na ilha?
Em Copacabana tem inúmeras agências (todas pequenas) que vendem os bilhetes de barco até a isla del sol. Mas não importa de qual delas você compre: se você for no barco comum, apenas um (ou no máximo dois) barcos fazem a travessia em cada horário. Todo mundo que comprou passagem embarca e viaja junto. Não vimos muita diferença de preço entre as agências, e acabamos optando por uma que parecia mais confiável para deixarmos as mochilas grandes de viagem – fomos dormir na Isla del Sol, e seguimos só com a mochila de ataque. A maior parte das agencias fica na Avenida 6 de agosto, muitas nem tem nome na frente, mas você identifica os cartazes que oferecerem os passeios.
Se você quiser o passeio com guia bate-e-volta de mesmo dia, a maioria dessas agências também oferece. Copacabana é muito, muito pequena e facilmente você vai encontrar o que precisa. Também é possível em algumas agências comprar o passeio privativo, que sai bem mais caro.
Espero ter ajudado,
boas viagens!