Rijksmuseum: o museu mais importante da Holanda

Como é a visita ao Rijksmuseum em Amsterdam | Ele chama a atenção de todas as pessoas que passam pela Museumplein, a praça dos museus em Amsterdam.

A vizinhança é impressionante: o Museu Van Gogh e Stedelijk estão logo ali. Mas a principal atração cultural da praça é mesmo o Rijksmuseum, o museu nacional dos Países Baixos.

Por anos, o lugar foi registrado como plano de fundo do fotogênico letreiro I Amsterdam.

Mas mesmo depois da retirada do icônico letreiro da Museumplein, a fachada do Rijks ainda rende uma das fotos mais tradicionais que você pode tirar em Amsterdam.

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Mas se você gosta de arte e história, não fique apenas olhando do lado de fora: você está bem em frente a um dos museus mais impressionantes da Europa.

Não só isso: esse é com certeza o museu mais importante de toda a Holanda.

Ficou curioso? Então vem descobrir nesse post porque você deve incluir uma visita ao Rijksmuseum no seu roteiro em Amsterdam.

Rijksmuseum, em Amsterdam
Foto: Fui Ser Viajante

Por que o Rijksmuseum é tão importante para a Holanda?

São 80 galerias e mais de 8000 objetos e peças de arte, que te apresentam 800 anos da história e arte holandesas, desde a Idade Média até o modernismo.

Quando a gente lembra que a Holanda foi uma das maiores potências da época das Grandes Navegações, fica mais fácil entender como as famílias da burguesia holandesa conseguiram financiar tanta produção artística durante o chamado Século de Ouro holandês.

Daí vem a relevância da coleção do Rijks, que abriga algumas das principais obras de holandeses famosos. Você já deve ter ouvido alguns nomes: Frans Hals, Rembrandt, Vermeer e Van Gogh, por exemplo.

Embora você possa visitar as obras desses artistas em seus museus dedicados em Amsterdam (como o Museu Van Gogh e a Casa de Rembrandt) é no Rijks que você pode ver ‘um pouco de tudo’ que se produziu de arte na Holanda nos últimos séculos.

Rijksmuseum, em Amsterdam

O Rijks nasceu em Haia em 1800, mas 8 anos depois foi transferido para a nova capital do império, Amsterdam.

A história do museu teve muitas idas e vindas – incluindo uma reforma milionária que durou dez anos e manteve o Rijksmuseum fechado ao público até 2013.

Mas valeu a pena: a arquitetura e organização cronológica da coleção do Rijks são um sonho para qualquer amante de museus.

Rijksmuseum, em Amsterdam

Outro atrativo é a arquitetura impressionante do prédio do Rijksmuseum, projetado por Pierre Cuypers e hoje considerado um patrimônio nacional.

É impossível não se impressionar com a ciclofaixa que permite que bicicletas passem por dentro do vão central do museu, indo e vindo de Museumplein para o centro de Amsterdam.

Logo depois de entrar, vem mais um encantamento com o imenso e iluminado hall central, que abriga lojas, restaurantes, banheiros, bilheteria, balcão de informações e guarda-volumes.

Rijks – entenda a localização das coleções:

Os 4 pisos que permitem que os 800 anos de história holandesa sejam distribuídos cronologicamente pelos 30 mil metros quadrados do Rijksmuseum.

– No Piso 0, além do hall de entrada, você encontra as coleções especiais, a coleção dos anos 1100-1600 e o Pavilhão Asiático do Rijks.

– No Piso 1, está a coleção dos anos 1700-1800 do lado esquerdo, a linda biblioteca e 1800-1900 do lado direito. Os dois pavilhões não se comunicam internamente. É o hall central do segundo piso que dá acesso as escadarias para o lado direito e esquerdo do piso 1, separadamente.

– No Piso 2, está a coleção dos anos 1600-1650 do lado esquerdo. A biblioteca e os anos 1650-1700 estão do lado direito. Os pavilhões se comunicam pelo corredor onde está a Galeria de Honra e a sala do quadro Ronda Noturna.

– No piso 3, está a coleção dos anos 1950-2000 na esquerda e 1900-1950 à direita. O acesso é feito pelo corredor central do segundo piso.

Você pode seguir uma ordem temporal na sua visita, mas aviso que vai ser uma maratona de sobe e desce escadas. Tudo porque o acesso para os pisos 1 e 3 deve ser feito pelo piso 2 do Rijks.

O caminho seria mais ou menos assim: comece pelo piso 0 (anos 1100-1600). De lá, siga direto para o segundo piso (que vai te dar acesso a todos os outros setores do Rijks).

Visite a biblioteca, o lado direito do piso 2 (anos 1600-1650) e depois o lado esquerdo do piso 2 (anos 1650-1700).

Desça para o lado direito do piso 1 (anos 1700-1800).

Volte para o piso 2 para descer as escadas que vão te levar para o lado esquerdo do piso 1 (anos 1800-1900).

Volte para o piso 2 para acessar o lado esquerdo do piso 3 (1900-1950).

Por fim, volte para o piso 2 para acessar o lado direito do piso 3 (1950-2000). Ufa, acabou. Ou quase: visite ainda as coleções especiais e Pavilhão Asiático no piso 0.

Parece confuso? É um pouquinho mesmo. Mas se você quer visitar as coleções seguindo uma ordem cronológica, não tem muito como fugir do sobe-e-desce de escadas.

O melhor da coleção do Rijks

O Rijks é um museu grande, muito grande. Separe pelo menos uma manhã ou tarde inteira para passear por todas as sessões com calma.

Ainda assim, provavelmente você não vai ter tempo de ver tudo e vai precisar escolher e priorizar. Para ajudar um pouquinho, selecionamos alguns clássicos da coleção do Rijksmuseum

São aquelas obras-ícone, que você precisa dar uma espiadinha durante a sua visita no museu mais importante dos Países Baixos!

  • A batalha de Waterloo, de Jan Willem Pieneman – uma pintura enorme (!!!) sobre a batalha de Waterloo. Está no primeiro piso, sala 12 do Rijks.
Batalha de Waterloo- Rijksmuseum, em Amsterdam
  • Auto-retrato, de Van Gogh – o artista produziu muitos auto-retratos ao longo da vida. Dentre estes, o que está exposto no Rijks é um dos mais conhecidos mundialmente. Está exposto no primeiro piso, sala 18 do Rijks.
  • A ronda noturna, de Rembrandt – considerada a obra mais importante do artista e a obra de destaque do Rijks. Uma sala é dedicada somente para ela, no corredor central do segundo piso.
A ronda noturna - Rijksmuseum, em Amsterdam
  • A noiva judia, de Rembrandt – outro clássico do artista holandês. Existe uma incógnita sobre a identidade dos retratados e uma certeza sobre a beleza do amor em forma de quadro. Está na Galeria de Honra, segundo piso do Rijksmuseum.
A noiva judia - Rijksmuseum, em Amsterdam
  • A leiteira, de Johannes Vermeer – um dos exemplos mais bonitos do uso de luz em pinturas a óleo sobre tela. Está na Galeria de Honra, segundo piso do Rijksmuseum.
A leiteira - Rijksmuseum, em Amsterdam
  • Pequena Rua, de Johannes Vermeer – é uma das três pinturas do artista sobre Delft, sua cidade-natal. Mostra a vida numa pequena cidade na Era de Ouro holandesa. Está na Galeria de Honra, segundo piso do Rijksmuseum.
  • Paisagem de inverno com patinadores, de Hendrick Avercamp – o artista mais conhecido por retratar paisagens de inverno na Holanda tem vários quadros no Rijks. Não perca um dos clássicos, com os detalhes das centenas de patinadores cuidadosamente retratados na paisagem congelada. Exposto na sala 6, segundo piso do Rijks.
  • Porcelanas de Delft, a cidade que ficou mundialmente conhecida por suas porcelanas azuis. Algumas peças estão expostas na sala 22 do segundo piso do Rijks.

Como visitar o Rijksmuseum?

O Rijksmuseum abre todos os dias do ano, das 9h às 17h. O ingresso custa 20 (menores de 18 anos não pagam). 

Você pode comprar o ingresso no local – mas vai encarar uma bela fila. O Rijks é uma das atrações mais procuradas por turistas em Amsterdam!

O mais recomendado é comprar o ingresso online, assim você evita filas e economiza tempo!

Compre antecipado: ingresso para o Rijksmuseum

Rijksmuseum, em Amsterdam

Outra dica é comprar o I am Amsterdam Card, que inclui entrada gratuita fila no Rijksmuseum e muitas outras atrações em Amsterdam e região, entre muitas outras atrações de Amsterdam (economizei muito na viagem com meu CityPass).

Compre antecipado: I Amsterdam Card

Com o e-ticket ou o Iam Amsterdam Card, você não precisa passar na bilheteria. Basta apresentar o ingresso na entrada das salas de visitação (dentro do hall central do museu).

Antes de começar a visita, não esqueça de guardar mochilas e bolsas. Há lockers disponíveis no hall central, daqueles que você coloca uma moeda para trancar e pega de volta quando retirar seus itens. Também há um guarda-volumes (com fila quase sempre).

Entre 11h-14h, o museu recebe a maior quantidade de visitantes. Planeje entrar no Rijks fora desses horários mais concorridos.

Você também pode contratar um guia multimídia para a sua visita, por .00. É possível comprar no local ou antecipadamente, no site do museu – e retirar o aparelho no balcão de informações do hall central do Rijks.

Mas quer uma dica? O guia multimídia também está disponível em um aplicativo para celular – totalmente gratuito.

Anote a última dica: você pode pegar um mapa-guia impresso gratuitamente no centro de informações. Ele é ótimo para acompanhar sua visita e encontrar as obras-destaque de cada andar do Rijksmuseum.

-> Quer ler outras impressões sobre o museu? Olha só o que a Luciana, do Let’s Fly Away, escreveu sobre o Rijks!

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Lila Cassemiro
Klécia Cassemiro (Lila, para os amigos) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante geminiana e curiosa, é especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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Comentários:
Michele disse:

Parabéns pelo ótimo texto sobre o museu! Tão completo! <3 Me deixou ansiosa para conhecer o Rijks!

Rafael Cassemiro disse:

Oi Michele, o Rijks é incrível e vale muito a visita! Espero que conheça em breve!
Grande Abraço e boas viagens!

Paloma disse:

Dicas maravilhosas!
Melhor texto sobre o museu!
Parabéns!!!

Samanta disse:

Excelente! Muito obrigada pelas dicas.

Klécia disse:

Que bom que ajudamos, Samanta 😀

JB disse:

Estive semana passada em Amsterdã e queria muito ter conseguido ir nesse museu, mas não deu. Pior que comprei a entrada ainda quando estava no Brasil e não consegui usar… Eu perdi o horário para ir na All the Rembrandts, mas a validade diz lá que é de um ano a partir da compra.

Será que é possível outra pessoa usar no meu lugar? Eles geralmente não pedem documentação para confirmar a titularidade, né?

Rafael Cassemiro disse:

Oi Julio,
Uma pena você não ter conseguido ir ao Rijks, é um museu incrível!
Quanto ao ingresso, o ideal é conferir a política de uso se é possível ser utilizado por um terceiro.
Obrigado pelo comentário e boas viagens.

Ligia disse:

Desde 2002 passo 2 meses por ano em Ams e, decididamente, a cidade mudou demais. Moradores evitam o centro. Fui ao Rijks e deparei-me com “lotação esgotada” para aquele dia. Desisti. Excepcionalmente fui em agosto que, para mim, é o pior mês para férias na Europa.

Rafael Cassemiro disse:

Oi Ligia, Fomos em Abril, o Rijks estava cheio, mas não lotado.. A cidade estava com várias ruas em obras e isso complicou um pouco o trânsito. Nós sempre tentamos fugir da altíssima temporada em nossas viagens exatamente pra evitar as superlotações.
Obrigado pelo comentário e que sua próxima ida a Amsterdam seja mais agradável.

angiesantanna disse:

uma pena que passei correndo em Amsterdam e não tive tempo de visitar esse museu! Gosto muito de Vermeer e Rembrandt!

Analuiza disse:

Para mim, o Rijks é um dos melhores museus do mundo! Quando me vi diante de The Little Street eu chorei. Vermeer mexe com minhas emoções mais fundas. Gosto muito dos pintores holandeses. Eu voltaria a AMS apenas para visitá-lo novamente. Quando eu fui, não estava lotado e pude passear quase tranquilamente. bjus

Carol Duque disse:

Muito lindo esse museu! Sonho com uma viagem para a Holanda e quando for pode ter certeza que eu visitarei esse. Super bem detalhado o post, parabéns!

Luiza Cardoso disse:

Esse museu é realmente incrível! Alias, Amsterdam é muito rica em arte e história.
Fora o prédio, que como você disse, sempre aparece em fotos. Não pode ficar de fora né? Ele é lindo demais mesmo!
Não fazia ideia que esse museu tem tantos objetos de arte. 8 mil?? Que loucura, não é atoa mesmo que seja tão importante.
Fiquei surpresa em saber que o museu ficou fechado até 2013, não sabia ou não lembrava disso. Que sorte que fui em 2014 e pude conhecer essa maravilha. Mas fui tão desinformada, que lendo seu post fiquei com vontade de ir algum dia novamente. Fora que Amsterdam é o tipo de lugar que não enjoa visitar, de tanto encanto. =)

Aline Aguiar disse:

O museu com o nome mais impronunciável do universo é também um dos melhores que eu já fui!!! Amo!!! Da estrutura até as obras apresentadas. Vale encarar a multidão e passar um dia inteiro por lá.

Klécia disse:

Vale muito, Aline! Também adorei!

Katarina Holanda disse:

Que enorme! Deve ser uma visita muito massa. Adorei as dicas, Klécia! Espero conhecer a Holanda logo <3

Klécia disse:

Foi surpreendente e linda, Kat! Adorei a organização do museu! Espero que você conheça a Holanda em breve 🙂

Fabricio disse:

Eu amei esse museu, pena que foi em um dia tão corrido que eu nem pude aproveitar direito. Ficou pra próxima.

Rijksmuseum, fantástico e encantado. não dá a mínima vontade de sair. belo post. e me trouxe recordações felizes. um abraço, Klécia.

Klécia disse:

Não posso dizer que voltei apaixonada por Amsterdam. Mas definitivamente posso dizer que adorei todos os museus que visitei na cidade. E o rijks vai lá pro topo dessa lista!

a passagem por Amsterdam foi confusa. muito frio, chuva, e isso que foi em maio. o legal foi pegar trem/ônibus e ir para as cidades pequenas e próximas. Marken, Delft, Haia e tantas outras. eu gostei de caminhar por Amsterdam.

Klécia disse:

Fui em meados de abril, e foi o mesmo: chuva, frio. Mas a minha impressão da cidade foi achar tudo “overwhelming”, sabe? Também me senti melhor nas cidades menores. Adorei Delft e Haia foi minha favorita!!

ela tem isso mesmo. mas, ao mesmo tempo, eu gostava de mesmo com a chuva, caminhar pelas ruas, sentar em um café e ficar olhando a vida passar, olhar os canais…agora, a cidades pequenas, quase um sonho, são encantadoras. e tenho vontade de retornar para ir em outras que não foi possível conhecer.

Klécia disse:

Visitei varias outras pequenas (aos poucos conto delas aqui). Mas tenho vontade de ver varias outras que não couberam nessa viagem. E quem sabe dar mais uma chance a Amsterdam?

Camila disse:

Poxa, que ruim!
Estou indo em maio e estava no aguardo de um clima melhor.
Mas Amsterdã tem um cima difícil, é bom eu me preparar.

Klécia disse:

É, o clima de lá é muito instável. Pegamos uma super friaca!