Comida africana no Brasil: conheça pratos da culinária afro-brasileira

Culinária africana no Brasil | Para falar das comidas de origem africana, bem como dos pratos de origem africana que foram adaptados e hoje fazem parte da culinária afro-brasileira, é preciso voltar um pouco no tempo e relembrar um momentos da história do nosso país.

Desde a chegada dos portugueses e principalmente durante o período do Brasil-Colônia, milhares de negros foram arrancados de suas famílias e de suas culturas, para serem trazidos da África para trabalhar no Brasil em regime de escravidão.

A escravidão foi a página mais triste da nossa história, e apesar de tantos anos terem se passado desde que a escravidão foi oficialmente proibida no país, seus efeitos ecoam em nosso país, nas esferas sociais, políticas e econômicas.

Deixando isso claro, nesse post queremos falar sobre a importância de reconhecermos, respeitarmos e valorizarmos a força da cultura negra, que está presente em nosso país em muitas formas.

Leia também: Igrejas de Salvador: conheça as histórias

Influências da culinária africana no Brasil

Uma das expressões da cultura negra que vemos no Brasil, com certeza, é sua gigante herança gastronômica.

A culinária africana no Brasil, ou a gastronomia afro-brasileira, é resultado das comidas de origem africana e receitas que foram modificadas em suas técnicas de preparo ou adaptação de ingredientes, depois de chegarem aqui.

A origem precisa dos pratos africanos que temos no Brasil é pouco conhecida, já que, como grande parte das tradições africanas, muitas histórias foram apagadas ou ocultadas ao longo dos séculos.

Mas sempre é tempo de fazer esse resgate e conhecer mais sobre as comidas de origem africana que fazem parte da mesa do brasileiro nos dias de hoje (gastronomia afro-brasileira).

A história da comida africana no Brasil

Pra começar, precisamos dizer que a África é um continente imenso, com diversas culturas, tradições e pratos típicos diversos em cada um de seus países.

A generalização “comida africana” acaba minimizando o tamanho da diversidade de pratos africanos, ingredientes e modos de preparo que podem ser encontrados em diferentes partes do continente africano.

E além da diversidade de comidas de origem africana ocasionadas por essa imensa vastidão geográfica, temos também outro fator importante.

Ao longo dos anos, o continente africano sofreu dominação de países europeus e asiáticos, o que deixou impacto em diversas áreas da sociedade e, como não poderia deixar de ser, gerou uma mistura gastronômica.

Por exemplo: Em alguns lugares do continente africano predomina o uso de temperos e condimentos como canela, pimenta, cravo, louro, alecrim e erva-doce.

Em outros, o ponto forte são os grãos e as leguminosas. E, ainda, há os que têm mais tradição no consumo de carne vermelha e itens mais básicos, como leite e pão.

Com o número enorme de pessoas de diferentes partes do continente africano que foram trazidas ao Brasil, nosso país recebeu diferentes influências vindas de povos diferentes vindos do continente africano.

Uma grande miscelânea de costumes, ingredientes e pratos da comida africana que vieram para o Brasil e começaram a ser adaptados ao nosso clima e misturados com outros ingredientes daqui ou que também vieram de outras partes do mundo.

Alimentos trazidos da África para o Brasil

Para citar alguns dos alimentos trazidos da África para o Brasil, temos o café, banana, coco, gengibre, quiabo, amendoim, azeite-de-dendê, pimenta malagueta, jiló, inhame, entre muitos outros itens trazidos pelos mercadores de escravos.

Já os negros, que vinham escravizados, geralmente não traziam nenhum ingrediente típico, pois eram aprisionados e viajavam em péssimas condições. A solução era improvisar e buscar substituições.

Com sua imensa bagagem cultural, os negros logo criaram adaptações para preparar os pratos africanos, reinventando e transformando a arte de cozinhar a comida africana com o que tinham de disponível por aqui.

Esse movimento da cultura africana, lutando para se manter viva, tentando se adaptar perante as terríveis condições, funcionava como um vínculo com a ancestralidade e fortalecia reconstrução da identidade.

Na casa grande e na senzala

A escravidão também explica muito sobre a forma como o preparo da comida africana foi acontecendo aqui no Brasil. Eram as mulheres negras que ficavam responsáveis por cozinhar para os senhores.

No entanto, essas mesmas mulheres não podiam usar os ingredientes da “casa grande” na própria alimentação.

Assim, na hora de comer, se viam obrigadas a adaptar receitas usando os restos, o que sobrava da casa dos senhores e que eram destinados para as pessoas escravizadas.

Por isso, você vai encontrar na comida africana no Brasil vários pratos com base em caldos e misturas com farinhas. Era algo barato e fácil de fazer.

Além disso, muitos desses pratos podem ser considerados um marco do sincretismo religioso afro-brasileiro, pois foram criados primeiro como oferendas nos terreiros, já que no candomblé as comidas são feitas para serem ofertadas aos santos nos rituais.

Só mais tarde algumas dessas comidas de origem africanas começaram a ser comercializadas, como uma forma de gerar renda e se popularizaram.

A mistura de tudo isso com as tradições indígenas e também europeias, principalmente portuguesas, foi que deu origem a diversos pratos da gastronomia afro-brasileira.

Algumas receitas ganharam o país de norte a sul na medida em que as comunidades negras foram se espalhando pelo Brasil, mas muitas vezes com adaptações no modo de preparo ou até no nome.

Já algumas continuam sendo mais tradicionais na Bahia, primeiro estado do Brasil a ser colonizado, e também em outros estados da região Nordeste.

12 comidas de origem africana que temos no Brasil

Acarajé

Talvez o acarajé seja a comida africana mais famosa e popular que temos no Brasil.

Um bolinho feito de feijão fradinho, frito no azeite de dendê e recheado com vatapá, caruru, camarão e molho de pimenta.

Seu nome tem origem na língua iorubá: “acará” (bola de fogo) e “jé” (comer).

Acarajé, comida de origem africana
Foto:  José Cláudio Guimarães JCGuimaraes por Pixabay 

Começou a ser vendido em tabuleiros nas ruas de Salvador por negras alforriadas que usavam as mesmas roupas dos terreiros de candomblé e se tornou o carro-chefe da culinária baiana, que tanto atrai turistas.

O Acarajé começou a ser vendido em tabuleiros nas ruas de Salvador por negras alforriadas que usavam as mesmas roupas dos terreiros de candomblé.

Essa comida africana se tornou o carro-chefe da culinária baiana, que tanto atrai turistas.

Em 2004 o acarajé foi tombado como patrimônio nacional pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). E a técnica de feitura do acarajé é reconhecida como patrimônio cultural imaterial.

Caruru

Nas receitas de comida típica africana, inicialmente o caruru era um refogado feito com uma mistura de várias ervas socadas no pilão.

Tempo depois, essa comida africana começou a ser misturada com quiabo, camarão seco e dendê, fazendo um cozido que pode acompanhar peixes, frango, carnes e outros pratos.

É um prato tipicamente baiano e muito usado, também, no recheio do acarajé e do abará.

Caruru, comida africana no Brasil
Foto: Adriano Gadini por Pixabay 

Mungunzá

Feito com grãos de milho branco ou amarelos cozidos com leite e açúcar, essa comida africana ganhou novos complementos quando chegou às casas dos senhores, passando a levar leite de coco, canela, entre outros ingredientes.

O mungunzá pode ser feito também na versão salgada, misturando o milho cozido com carnes de porco. Em alguns estados fora da região Nordeste, a versão doce deste prato é mais conhecida como canjica.

Vatapá

É um creme feito com pão amanhecido molhado (ou farinha de trigo ou farinha de mandioca) e muito temperado com pimenta, coentro, gengibre, cravo, cebola, azeite de dendê, entre outros condimentos.

Tem a consistência semelhante à de um bobó e pode ser servido como acompanhamento de peixes e/ou de frutos do mar.

Abará

Assim como o acarajé, o abará é um bolinho feito com massa de feijão fradinho, diversos temperos e até camarões inteiros ou moídos misturados à massa.

E, embora menos famoso, também se tornou um prato típico da culinária baiana.

A principal diferença entre os dois é que o abará não é frito, mas sim envolvido em folhas de bananeira e cozido em banho-maria. Ele pode ser servido recheado com vatapá ou com caruru.

Abará embrulhado na folha de bananeira
Foto: Fui Ser Viajante

Angu

Essa comida africana era originalmente preparada como uma papa feita com inhame – que, no Brasil, foi substituído pelo fubá misturado com água.

Uma comida africana extremamente simples, que era muito consumida por ser barata e por sustentar por bastante tempo.

Às vezes serviam com miúdos de porco ou boi, o que ainda hoje caracteriza o “angu à baiana”, que é mais cremoso.

Levado pelos colonizadores para a Europa, se popularizou no norte da Itália e voltou para as regiões brasileiras com colonização italiana, onde ficou mais conhecido como polenta.

Pamonha

A pamonha que conhecemos atualmente surgiu como uma variação do chamado acaçá, que era um bolinho de milho enrolado em folhas verdes de bananeira e servido com vatapá ou caruru.

Há versão de pamonhas salgadas ou doces, feitas à base de milho triturado e leite, enroladas na palha do próprio milho e cozidas na água fervente até ficarem com a consistência mais firme.

Cuscuz

Feito com farinha de milho ou flocos de milho pré-cozidos, água e sal, o cuscuz geralmente é servido com manteiga, ovo ou queijo, principalmente no café da manhã.

Mas pode ser servido também em outras refeições, acompanhado de carne ou de legumes e verduras. Tem, ainda, uma versão doce feita com leite de coco e açúcar.

Cocada

Os coqueiros eram muito abundantes na costa brasileira e, nas grandes fazendas de cana-de-açúcar, era comum ralar o coco e misturar com uma calda feita de açúcar, dando origem à cocada.

O doce pode ser mais claro ou mais escuro e com a consistência mais seca ou mais cremosa, dependendo do ponto em que é retirado do fogo.

Cocada da Lucinha, Cumuruxatiba
Foto: Fui Ser Viajante

Quibebe

É basicamente um purê de abóbora (em alguns lugares chamada de jerimum), mas temperado com azeite de dendê e condimentos, além de leite de coco para dar o ponto.

É comum ver essa comida africana é comumente servida com carne de sol ou outros acompanhamentos.

Xinxim

Amendoim, castanha de caju e camarão seco são a base de um molho pastoso no qual é refogada a galinha.

O resultado é essa comida africana conhecida como xinxim, que pode levar também gengibre, leite de coco, azeite de dendê e outros temperos.

Pode ser servido com arroz branco ou com outros pratos de origem africana, como vatapá e caruru.

Xinxim de Galinha Bahia
Xinxim de Galinha Bahia. Foto: Turismo Bahia via Flickr (CC BY-SA 2.0)

Quindim

O doce, originalmente português, se chamava Brisa-do-Lis e era feito com gemas e açúcar – um clássico da confeitaria conventual tão tradicional nos doces portugueses – além de amêndoas.

No Brasil, as mulheres africanas não tinham este último ingrediente para prepará-lo para os seus senhores, então substituíram as amêndoas por coco ralado, que era mais comum.

Assim criaram uma nova receita, que chamaram de quindim e que se tornou muito popular no Brasil.

Feijoada

Dividindo o estrelato com o acarajé, a feijoada é também uma comida africana que ficou famosa praticamente por todo o Brasil. No entanto, a origem do prato é um pouco controversa.

Há uma versão muito conhecida que diz que a feijoada surgiu nas senzalas.

As pessoas escravizadas aproveitavam os pedaços de porco que os senhores jogavam fora, como pés, orelhas e rabo, e misturavam no feijão preto.

Feijoada, prato da culinária afro-brasileira
Foto: Gilmar Koizumi por Pixabay 

Outra versão conta que os portugueses já tinham o hábito de fazer o prato, como um cozido. Quando os africanos passaram a prepará-lo aqui no Brasil, acrescentaram a farofa e a laranja.

Foi no Rio de Janeiro que a feijoada se popularizou e, aos poucos, passou a ser consumida por outras classes sociais.

Hoje é praticamente certo encontrar feijoadas sendo servidas às sextas-feiras na maioria dos restaurantes do Rio de Janeiro.

Culinária afro-brasileira: conhecer e valorizar a comida africana no Brasil

Por todo o contexto histórico, social e religioso, as comidas africanas no Brasil são cheias de significado.

Elas traduzem um pouco da cultura e das tradições de tantas pessoas que foram arrancadas de seu lar e trazidas à força para viver em um lugar tão distante, com costumes, clima, idioma e ingredientes diferentes na cozinha.

E um fato curioso é que muitos desses pratos da gastronomia afro-brasileira fizeram o caminho de volta e passaram a ser consumidos na África da forma como foram recriados / adaptados aqui no Brasil.

Já provou alguma dessas comidas africanas que temos aqui no Brasil? Conta pra gente nos comentários qual é a sua comida favorita da culinária afro-brasileira!

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Foto em destaque: Gilmar Koizumi por Pixabay 

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Comentários:
larissa vitoria de lima pereira disse:

Assunto ótimo para aprender, logo fala de comida, ai que delicia, eu já provei a feijoada

MARIA RITA DE CASSIA VILAR disse:

Gratidão aprendi muito com sua pesquisada! Foi de grande ajuda para o meu projeto africano.

Lila Cassemiro disse:

Ficamos muito felize em ajudar, Maria Rita!

Geni Lenhaus Detoni disse:

Maravilhoso.

elisete disse:

Ótima matéria!!!

Rafael Cassemiro disse:

Obrigado Elisete.

Rosângela Maria da Silva Candido disse:

Muito boa matéria sobre gastronomia africana.
Gostaria de ter um livro sobre o assunto.

Rafael Cassemiro disse:

Oi Rosangela, Obrigado pela visita e pelo comentário

Renata disse:

Muito obrigada pela contribuição, sou preta, surda, estudei e sou formada, fisioterapia, gastronomia, hoje estudo Medicina Veterinária, faço pesquisa sobre comida afro brasileira e também sobre sabão preto. Muito obrigada!

Marizete disse:

Adorei a maneira como vc escreveu sua matéria foi de grande valor para minha pesquisa ,vou fazer alguns dos pratos que vc mencionou pois terei que apresentar ao meu professor e colegas espero conseguir um grande abraço e parabéns

Rafael Cassemiro disse:

Oi Marizete, ficamos felizes em ajudar. Boa sorte na apresentação e grande abraço

Josenilton Oliveira Santos disse:

Parabéns pela publicação. Estava muito precisando dessas informações.

Olá,
Sou do Rio Grande do Sul e apaixonado por gastronomia. Considero excelente o seu texto sobre culinária afro-brasileira.
Gostaria de prestar um depoimento. O quibebe descrito é o baiano (nordestino em geral). Nós aqui no Sul, produzimos este mesmo prato com algumas adaptações. Não está na nossa cultura, de forma geral, o dendê, por isso usamos óleo ou manteiga, por outro lado, o leite de coco é substituído pelo leite de vaca e a carne de sol pelo charque.
Assim este quitute (termo do quimbundo “kitutu”), adaptou-se ao paladar do gaúcho.
Um abraço,
Odiombar

Rafael Cassemiro disse:

Oi Odiombar, incrível como mesmo partindo de um mesmo prato tradicional cada região faz as adaptações para sua realidade e produtos disponíveis.
Já fiquei na vontade de experimentar o quibebe do sul na nossa próxima visita!
Grande Abraço!

Maria de Lourdes Oliveira Juvencio disse:

Estou fazendo uma pesquisa e o site me ajudou muito, gastronomia e memórias da infância. Gratidão!

Rafael Cassemiro disse:

Oi Maria, Tem coisa melhor que relembrar ótimas memórias da infância?
Quando são memorias ligadas à comida gostosa fica ainda melhor!
Grande Abraço!

Selma claudina Carvalho Faustino disse:

era uma pesquisa simple para um trabalho sobre os africanos mas aprendi mais do que eu buscava foi otima gostei muito

Rafael Cassemiro disse:

Oi Selma,

Ficamos felizes em ajudar!

Grande Abraço

Julya santos disse:

Amei demais esse site me ajudou muito obrigadaa❤

Lila Cassemiro disse:

Ficamos felizes, Julya!

Esse site é maravilhoso. Me ajudou muito, além de ter uma grande fonte de informações.

Lila Cassemiro disse:

Ficamos felizes demais com seu comentário, Michelly! 😀

Muito obrigada me ajudou muito

Lila Cassemiro disse:

Ficamos felizes em ajudar, Julia

Rafaela Neves Barbosa disse:

Foi muito bom

Lila Cassemiro disse:

Que bom que gostou, Rafaela 😀

Loko disse:

Faltou o pé de moleque

Lila Cassemiro disse:

Verdade, Loko. Obrigada por contribuir com mais uma referência maravilhosa da comida de origem africana!

JOSELINDA GÓES SICSÚ disse:

Amei o conteúdo! Vou passar para os meus alunos na Semana da Consciência Negra! Maravilhoso! Rico em detalhes! Parabéns e obrigada por essa riquíssima fonte de pesquisa! Tudo de forma simples e direta!

Lila Cassemiro disse:

Ah, que bom que nosso post foi útil. Joselinda! Ficamos felizes demais 😀

JANETE ROCHA FREITAS disse:

Sou uma baiana arretada vivendo na selva de pedra, que saudades da terrinha e de todos esses quitutes, rsrsrsrs.
Amei este POST, muito rico em detalhes e é bom saber que há pessoas que reconhecem a riqueza desta cultura que por séculos tem sido massacrada, mistificada e segregada.

Lila Cassemiro disse:

Só delícias, né? Uma cultura que precisa mesmo ser valorizada, contada, admirada em todo seu valor!

Carmem Lúcia disse:

Linda e triste história, riqueza para o nosso Brasil, é uma pena que ainda haja muita discriminação com relação a isso.Foram e são um povo forte, guerreiro, alegra e humildes. Parabéns ao texto de riquíssima qualidade.

Lila Cassemiro disse:

Oi Carmem, realmente a verdade sobre essa parte da história do Brasil é bem triste e precisa ser corrigida até hoje. Obrigada pelo comentário, Carmem.

Vera lucia disse:

Uma verdadeira viagem a gastronomia afro brasileira, parabéns

Lila Cassemiro disse:

Obrigada, Vera Lucia 😀

Aparecida de Fatima disse:

Vou participar de uma fresta afro dia 20/11. Vou aproveitar bem de sua pesquisa e fazer pratos caprichado pra festa. Grata

Lila Cassemiro disse:

Que delícia, Aparecida! Desejo sucesso para sua festa 😀

GLAUCE TAVARES DE AZEVEDO disse:

Texto maravilhoso!
Uma história, maravilhasa de ler e de contar.
parabéns pela pesquisa e publicação!!

Lila Cassemiro disse:

Que bom que gostou, Glauce 🙂 Ficamos felizes!

beca disse:

já cumi feijoada kkkkkk