Como aprender inglês sozinho?

Você já se perguntou como aprender inglês sozinho? Você não está sozinho nessa! Esse desejo é muito mais frequente do que você imagina, especialmente entre pessoas que estão planejando uma viagem.

Uma das melhores experiências ao viajar é imergir o máximo possível na cultura local. E para isso, falar o idioma do lugar ou pelo menos um outro idioma que seja familiar aos nativos é fundamental.

E, na maioria das vezes, o principal desses ‘idiomas familiares’ em quase todo lugar do mundo é o Inglês. Por isso, saber se comunicar bem em inglês pode levar suas experiências como viajante aos mais altos níveis.

Leia também: Inglês para viagem: 14 dicas para quem vai viajar sem falar inglês

Porém, nem todo mundo tem a oportunidade e até mesmo o tempo para dedicar a aprender um idioma seguindo o modelo tradicional, com um curso, professor e tudo mais.

Então, a pergunta que fica é: como aprender inglês sozinho?

Como aprender inglês sozinho: 5 dicas práticas para começar hoje mesmo

Como aprender inglês sozinho? Bem, essa não é uma pergunta tão simples de responder, afinal, isso varia muito de pessoa pra pessoa.

Mesmo assim, há algumas dicas que podem funcionar para a maioria e que são adaptáveis para as necessidades específicas e disponibilidade de cada um.

Fizemos aqui um apanhado de dicas e sugestões que podem ajudar muitos viajantes que querem aprender, ‘desenferrujar’ ou aprimorar o inglês para viajar.

E o mais importante: essas dicas com certeza podem ajudar aqueles que querem (ou precisam) fazer isso sozinhos, por conta própria.

Mas lembre-se, não há uma única regra para fazer dar certo: o que funciona pra um, pode não funcionar pra outro. O mais importante é adaptar para sua realidade e gosto, e dar os primeiros passos para aprender inglês sozinho!

Vamos às dicas!

Leve o idioma para o seu dia a dia

Cerque-se com o inglês. Ouça notícias e até mesmo podcasts sobre os assuntos que você curte e entende, ou simplesmente deixe como ‘som ambiente’ ao fundo enquanto dirige ou faz tarefas domésticas.

Assista a programas de TV em inglês, suas séries e filmes favoritos também. Comece com a legenda em português se ainda não estiver muito confiante, mas o áudio precisa estar no idioma que você quer aprender/praticar.

Se você tem algum amigo ou parente que fala bem o idioma, combine de trocar uma ideia com essa pessoa sempre que possível.

Se não der pra ser em tempo real, pode ser através de áudios gravados, por exemplo. Até texto vale, mas o ideal é que você escute e fale o idioma, pois, afinal, é assim que você vai se comunicar em uma viagem, certo?

Além do mais, quando as crianças aprendem sua língua materna pela primeira vez, elas não aprendem lendo ou escrevendo. Elas vão captando e se apropriando das palavras das pessoas ao seu redor.

No início, você vai entender pouco ou nada. Mas com o passar do tempo, vai se acostumando com o som do idioma e quase inconscientemente adquirindo mais vocabulário.

Esse vocabulário lentamente se transforma em frases, e essas frases são então colocadas em frases completas.

Ainda dentro da ideia de se cercar do idioma, uma boa dica para mergulhar no inglês é colocá-lo em todo lugar que você olha com frequência.

O principal agente, nesse caso, é o celular.

Mude o idioma dele para inglês e você vai olhar para o idioma o tempo todo, afinal, tenho certeza que você usa o celular pra tudo, e possivelmente é um usuário assíduo de alguma rede social.

Como aprender inglês sozinho
Foto: Markus Winkler por Pixabay

Mude a configuração de todas elas também. Ao invés de ‘curtir’, dê um ‘like’. Dê um ‘share’ nos posts que você acha que tem tudo a ver com um amigo.

Só de ver os menus e os botões de reação com mais frequência em outro idioma, já faz muita diferença.

Se você não usa tanto assim o celular, pode ser o computador, uma ferramenta digital de trabalho, ou o que quer que você olhe o tempo todo e te possibilite a mudança de idioma.

Aprenda com música

Independentemente do estilo preferido, praticamente todo mundo gosta de música. E quase sempre nas playlists também há as favoritas em inglês.

Da mesma forma, todo mundo em algum momento gosta de cantar junto, sem se preocupar se a letra está certa.

E por que não cantar certo?

Procure as letras e tente acompanhar o que eles estão cantando. Escolha suas frases favoritas e anote-as em algum lugar e não se esqueça de praticá-las em todas as oportunidades. Ouça e cante junto com as palavras.

Essa parte é muito importante! Não basta apenas ouvir e acompanhar. É importante repetir em voz alta.

Dizem que na nossa cabeça a gente fala tudo direitinho, não há problema de pronúncia. Mas quando a gente fala mesmo, para outros ouvirem, nem sempre o que sai é o que você pensou.

A melhor coisa de aprender com as músicas que você ama é que elas são cativantes pra você (elas vão ficar na sua cabeça) e, além disso, as palavras usadas normalmente são termos do dia a dia.

Então você está aprendendo como uma pessoa comum fala, inclusive com os ‘errinhos’ comuns.

Sim, aprender esses ‘errinhos’ do dia a dia também é legal.

Mesmo que você não tenha intenção de repeti-los (o que não seria ruim, pois o legal é falar como as pessoas falam, e não como um professor de gramática), é importante que você os entenda e reconheça quando ouvir de um nativo.

Leia (e escreva!) em inglês

Já dissemos que o ideal é que você ouça e fale inglês com frequência, já que é assim que você vai se comunicar quando for viajar.

No entanto, quando você foca apenas nessas duas habilidades, ignorando completamente a escrita e leitura, pode acabar limitando seu vocabulário.

Assim como acontece com nossa língua materna, a melhor forma de adquirir e se apropriar de um vocabulário mais extenso e complexo, é através da leitura.

Quando você lê, especialmente diferentes gêneros, você fica exposto a mais palavras do que as que costuma usar em seu dia a dia.

Assim, é muito importante que você crie o hábito de consumir conteúdo escrito em inglês para, para que possa conhecer e se acostumar com palavras e expressões diferenciadas e que possam agregar na sua comunicação.

A mesma regra do ‘ouvir e falar’ serve para o ‘ler e escrever’. Não adianta você ser só um consumidor passivo da língua, lendo e ouvindo, se você não usar isso que consome.

Entender o que lê e ouve é ótimo, mas e na hora de se expressar? Vai continuar ‘travado’ e/ou limitado.

Adquirir e usar adequadamente o que foi adquirido é o que se chama de apropriação. Só se evolui em um idioma, até mesmo o seu nativo, quando você reproduz (ou repete pelo menos) o que aprendeu de novidade.

Dessa forma, a dica é: leia sobre os assuntos que gosta e entende, sempre que possível, em inglês.

Se você está aqui, é porque gosta de viajar, certo? Então passe a frequentar sites como o Booking.com, por exemplo, e leia as resenhas dos usuários em inglês também.

Gosta de música? Leia sobre seus artistas favoritos em sites especializados em inglês (vale até fofoca!). Futebol/esportes? Sites do gênero, como ESPN, por exemplo.

Qualquer que seja o assunto, e de fontes variadas, porque assim você adquire vocabulário com variações de gênero e formalidade. Até redes sociais ajudam bastante.

Só não esquece de passar adiante. Se não tem o hábito ou é uma pessoa mais reservada, escreva para você mesmo, não precisa que outras pessoas leiam.

Você pode, por exemplo, escrever uma crítica com sua opinião sobre uma série ou filme, mesmo que não publique. Mas produza! Saiba usar as palavras e expressões novas que você vai adquirindo aos poucos.

Podcasts

Seguindo uma ideia parecida com a dos parágrafos anteriores, ouvir podcasts sobre seus assuntos favoritos é uma ótima forma de aprender inglês sozinho.

E existem podcasts dos mais variados assuntos e com diversos níveis de dificuldade.

Há até podcasts cujo foco é ensinar a falar inglês, dar dicas de vocabulário e gramática. Alguns produzidos por nativos outros por pessoas que falam inglês como segunda língua.

Dentre esses, confira alguns podcasts que merecem destaque:

English Podcast

O English Podcast é produzido por brasileiros e dá muitas dicas sobre diversas questões, desde gramática e vocabulário, até a curiosidades como palavras que parecem inglês, mas não são, ou como aprender o idioma com a série Friends. É muito bacana.

A parte ruim é que já faz alguns anos que ele não é mais produzido. Mas os mais de 80 episódios com duração média de 20 a 30 minutos estão todos disponíveis no Spotify.

Nerdcast

Um dos maiores (provavelmente o maior) podcast do Brasil, que fala sobre diversos assuntos, mas tem foco em cultura pop, é o Nerdcast.

Entre esses vários assuntos, eles também deram dicas para aprender e praticar inglês por um tempo.

Infelizmente, parecem estar em pausa, pois não há episódios novos há alguns meses.

Mesmo assim, hoje são cerca de 50 episódios que falam de assuntos como inglês traduzido ao pé da letra, estereótipos vs vida real nos EUA e frases marcantes em filmes e séries.

Aqui os episódios são de maior duração, variando entre 30 minutos e até mais de uma hora.

6 minute english

Se você quer algo mais curto, objetivo e feito por nativos, você pode gostar muito do 6 Minute English. A ideia é literalmente o que diz o nome: dicas rápidas, normalmente em episódios de apenas 6 minutos.

Os episódios são semanais produzidos pela BBC, que é ótima e já tem tradição no quesito ‘ensinar inglês para estrangeiros’.

São ‘pílulas’ em doses perfeitas para ouvir enquanto lava a louça ou vai de casa ao trabalho, ou até mesmo durante o intervalo de lanche.

Rock n’ English

Já o Rock n’ Roll English é um podcast que faz parte de um projeto maior de um professor de inglês, que é britânico e vive na Itália, com vasta experiência em lecionar de forma ‘não convencional’.

Seu podcast também tem os mais variados assuntos, desde conversas sobre ‘como ser um bom vizinho’ a dicas sobre como pensar em inglês.

A duração também varia de 20 a 30 minutos e os episódios não têm uma periodicidade fixa, podendo ser um ou dois por semana.

A parte chata pode ser o fato de que ele também vende cursos, então acaba rolando bastante propaganda.

Estude!

É claro que a forma ‘tradicional’ de se adquirir qualquer conhecimento é sempre válida.

E por ‘forma tradicional’, você pode interpretar como pegar um livro, ler e fazer exercícios.

Ou, uma ideia parecida, mas mais ‘moderna’, como usar aplicativos como o Duolingo ou o Babbel, por exemplo.

Tem também vários e-books com preço acessível com os quais você pode estudar e aprender inglês, inclusive aprender inglês com foco em viagens.

O ideal é que você crie uma rotina e dedique um tempo diário pra isso, independentemente do método escolhido.

E é claro que você precisa encaixar no seu cotidiano, mas não pode se autossabotar, ficar de preguiça. É preciso ter foco e disciplina.

Mesmo se você tiver pouco tempo para dedicar aos estudos, faça pelo menos um pouquinho nos intervalos da sua rotina. 20 ou 30 minutos diários já causam um visível impacto a médio e longo prazo.

Você pode até mesmo se gravar, em áudio ou vídeo, em uma sessão inicial produzindo em inglês e depois de uns 2 ou 3 meses fazer um comparativo pra notar sua evolução.

É sempre bom reforçar a ideia de que você não pode ficar na passividade, apenas lendo e ouvindo. É preciso praticar.

Portanto, se optar pelos livros e material digital escrito, não deixe de escrever também, procure exercícios e faça, até mesmo testes.

Uma plataforma online bem bacana pra conseguir essas atividades, para diversos níveis e assuntos, é o iSLCollective.

Ness site, você pode pegar tanto exercícios e testes (podendo imprimir ou manter a versão digital), assistir vídeos ou baixar apresentações de slides. O acervo é enorme e basta se registrar de forma gratuita para ter acesso.

Sobre os aplicativos citados no início, além desses dois que são bem famosos e recomendados, um outro que é focado na prática da oralidade é o Tandem.

Com ele, você se conecta a outros aprendizes do idioma ao redor do mundo, bem como a falantes nativos dispostos a ajudar nesse compartilhamento mundial de conhecimento.

É bem legal, você interage com essas pessoas através de chats de texto ou de voz, então dá pra consumir, aprender, se apropriar e tirar dúvidas.

Dá pra aprender inglês sozinho, mas é preciso dedicação!

Aprender qualquer coisa sozinho é um processo difícil, mas não precisa ser chato e você pode conseguir. O mais importante é manter o foco e a dedicação.

Tenha sempre em mente o seu objetivo, a razão pela qual você quer aprender algo e isso vai te ajudar a se lembrar quando o cansaço e o desânimo baterem. Porque é provável que você se canse, não é fácil mesmo.

Tornar esse processo mais divertido e interessante pra você faz toda a diferença. Felizmente, aprender inglês é muito mais fácil que muitas outras coisas, até mesmo outros idiomas. Por quê?

Porque inglês está em todo lugar, ele praticamente vem até você, é jogado na sua cara às vezes. Basta saber filtrar e aprender a ‘dominar no peito’ e deixar mais ‘suave’ para o seu gosto.

Por isso, demos aqui algumas dicas de como fazer isso, mostrando que você não precisa gastar muito dinheiro com aulas particulares ou cursos (mas se você puder, é sempre recomendado fazer aulas com um profissional qualificado, claro).

Você pode até mesmo usar essas dicas em conjunto com as aulas oficiais, por assim dizer. Isso impulsionaria seu aprendizado.

Mas se não puder gastar o dinheiro, se o seu orçamento já está limitado e focado em outra coisa (quem sabe em uma viagem?), é possível sim aprender (ou aperfeiçoar) por conta própria.

Você já passou por essa experiência de estudar inglês sozinho? Como foi? Tem alguma outra dica além dessas citadas aqui que você acrescentaria? Fala aí pra gente!

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Thiago Amaral
Thiago é professor de Inglês (e ainda vai ser jornalista). Escreve sobre assuntos aleatórios no seu blog pessoal (Cultura Random) e sobre viagens aqui no Fui Ser Viajante. Quando viaja, vai sempre acompanhado da sua esposa Marcela e filha Alice.
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