O que fazer em Ilha Grande RJ: passeios, praias e roteiro

Procurando dicas sobre o que fazer em Ilha Grande RJ? Não vão faltar opções! Desde trilhas pela mata atlântica, praias com mar verde cristalino, ruínas históricas e diversos passeios de barco.

Neste post, vou te contar sobre as principais atrações de Ilha Grande, especialmente para você que vai estar hospedado na Vila do Abraão, o povoado mais estruturado da Ilha.

O que fazer em Ilha Grande RJ
O que fazer em Ilha Grande RJ. Foto: Fui ser viajante

Vou te mostrar também meu roteiro em Ilha Grande, que é bem redondinho se esta vai ser sua primeira vez em Ilha Grande e você tem apenas um fim de semana para explorar a ilha.

Se você quer saber exatamente o que priorizar, onde comer, qual passeio de barco vale a pena e como se locomover entre os pontos principais da ilha, siga lendo.

A ideia aqui é te mostrar como aproveitar Ilha Grande ao máximo, mesmo com pouco tempo.

Neste post você vai ler sobre:
Onde fica e como chegar em Ilha Grande
Onde se hospedar em Ilha Grande
O que fazer em Ilha Grande – passeios e atrativos
Como é o passeio de barco Ilhas Paradisíacas
Onde comer em Ilha Grande
O que fazer à noite em Ilha Grande
Quando ir a Ilha Grande
Quanto tempo ficar em Ilha Grande e meu roteiro

Onde fica Ilha Grande?

Ilha Grande fica no estado do Rio de Janeiro, no município de Angra dos Reis, na região da Costa Verde. É uma ilha de 193 km², cercada por mar cristalino, mata atlântica preservada e dezenas de praias paradisíacas.

Ela está localizada a aproximadamente:

  • 150 km do Rio de Janeiro (capital)
  • 370 km de São Paulo (capital)
  • 30 km de Angra dos Reis (ponto de saída das barcas)

Vindo do Rio de Janeiro, o principal caminho é via BR-101, sendo que os trechos mais próximos são feitos em via de mão dupla, com algumas curvas.

Como chegar em Ilha Grande
Como chegar em Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Como chegar em Ilha Grande RJ?

Chegar em Ilha Grande exige planejamento. Não há acesso por carro até a ilha, você precisa pegar um transporte aquático a partir de cidades como Angra dos Reis, Conceição de Jacareí ou Mangaratiba.

As opções principais são as lanchas rápidas, ou a balsa.

O principal ponto de desembarque em Ilha Grande é a Vila do Abraão, onde fica a maior parte das hospedagens, restaurantes e agências de passeio.

O jeito mais prático para chegar em Ilha Grande é ir de carro até Conceição de Jacareí, pois de lá saem lanchas rápidas com frequência.

Você deve deixar o veículo em um estacionamento no continente. Há várias opções próximas ao cais. Nós pagamos R$20 por dia de estacionamento.

A travessia de Conceição de Jacareí até Ilha Grande dura cerca de 20 minutos nas lanchas rápidas, e custa cerca de R$120 (ida e volta).

Conceição de Jacareí RJ
Conceição de Jacareí RJ. Foto: Fui ser viajante
Conceição de Jacareí RJ
Conceição de Jacareí RJ. Foto: Fui ser viajante

Outra opção é ir até Angra dos Reis ou Mangaratiba, de onde partem balsas para Ilha Grande. A viagem é mais econômica, custa R$20,50 o trecho, e você pode até pagar com RioCard.

No entanto, o trajeto é mais lento. Pode levar até 1h30.

Balsas para Ilha Grande
Balsas para Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante
Balsas para Ilha Grande
Balsas para Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Para quem não quer se preocupar com nada, a melhor opção é contratar um transfer. Tem essa opção com saída do Rio de Janeiro, que inclui também a lancha em Conceição do Jacareí.

Quer todos os detalhes, preços atualizados, horários e mapas? Acesse o post completo: Como chegar em Ilha Grande.

Onde se hospedar em Ilha Grande

A melhor base para quem vai explorar Ilha Grande é, sem dúvida, a Vila do Abraão.

A vila é o principal porto de acesso a ilha. Ali também estão concentradas a maior parte das hospedagens, bares, restaurantes e agências de passeio. Além disso, é de lá que partem os barcos para os principais tours da região.

Vila do Abraão em Ilha Grande
Vila do Abraão em Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Para quem fica na Vila do Abraão, dá para fazer muita coisa a pé.

Durante nossa viagem a Ilha Grande, nós ficamos hospedados na Vila do Abraão, na Pousada Arrastão da Ilha, uma opção simples, mas bem localizada e com ótimo custo-benefício.

Pousada Arrastão da Ilha
Pousada Arrastão da Ilha. Foto: Fui ser viajante
Pousada Arrastão da Ilha
Pousada Arrastão da Ilha. Foto: Fui ser viajante

O atendimento foi excelente, e a estrutura nos atendeu super bem, especialmente considerando que nosso foco era explorar ao máximo a ilha.

Mas se você está buscando outras alternativas, aqui vão algumas hospedagens na Vila do Abraão, que são bem avaliadas pelos turistas que visitam a ilha:

  • Pousada Naturalia – rodeada de natureza e com uma das melhores vistas da Vila do Abraão. Ideal para casais.
  • Pousada Ancoradouro – pé na areia, excelente localização e quartos confortáveis.
  • Lonier Praia Inn Flats – boa opção para quem busca estrutura com uma cozinha básica, ideal para famílias.
  • Pousada Tagomago – charmosa, estilo rústico e com ótima reputação entre viajantes que valorizam sossego.

Quer mais dicas detalhadas sobre hospedagem na ilha? Veja nosso post:
Onde ficar em Ilha Grande: melhores pousadas

O que fazer em Ilha Grande: principais praias e atrativos

Vila do Abraão e Praia do Abraão

Nenhum roteiro em Ilha Grande pode deixar de fora sua principal vila. A Vila do Abraão é principal núcleo urbano da ilha, onde a maioria dos visitantes se hospeda e de onde saem quase todos os passeios de barco e trilhas.

Vila do Abraão Ilha Grande
Vila do Abraão Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

A vila tem uma estrutura simples, mas completa. Há pousadas, mercados, padarias, farmácias, agências de turismo, lavanderia e lojas de artesanato.

Caso prefira, pode comprar comida nos restaurantes para comer na pousada ao invés de jantar. É uma forma de economizar em Ilha Grande.

Mercado em Ilha Grande
Mercado em Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Para os passeios de barco, frequentemente o barco contém um cooler onde você pode colocar suas bebidas para consumir durante o passeio.

Tudo é feito a pé: não circulam carros na ilha, o que contribui para o clima relaxado e sem pressa.

Vila do Abraão Ilha Grande
Vila do Abraão Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante
Vila do Abraão Ilha Grande
Vila do Abraão Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

As ruas são de terra ou calçamento rústico, e a vida acontece na frente dos restaurantes e bares que colocam mesas nas calçadas e na areia.

Entre os pontos de interesse, vale destacar o Centro Cultural Constantino Cokinos, um prédio histórico do século XIX que já funcionou como presídio, hospital e escola.

Hoje abriga exposições, apresentações e eventos culturais. Fica bem no centrinho, de frente para o mar, e vale a visita.

Vila do Abraão Ilha Grande
Vila do Abraão Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante
Vila do Abraão Ilha Grande
Vila do Abraão Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

A Praia do Abraão, por sua vez, é o grande porto da ilha. Literalmente.

É onde estão os píeres e decks de embarque e desembarque, sempre cheios de barcos de todos os tamanhos, especialmente pela manhã.

A faixa de areia é ampla e costuma ficar movimentada durante o dia, com banhistas, turistas chegando e partindo, e barcos atracados em frente.

Praia do Abraão Ilha Grande
Praia do Abraão Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

A água é mais escura do que em outras praias da ilha, e o grande movimento de barcos atrapalha quem busca um ponto de banho. Mas para quem quer apenas descansar na areia e apreciar o mar, é perfeito.

Praia Preta

A Praia Preta é uma das mais bonitas de Ilha Grande, e também uma das mais fáceis de visitar.

Localizada a poucos minutos de caminhada da Vila do Abraão, ela é facilmente acessível por trilha leve e sinalizada.

Parque estadual de Ilha Grande
Parque estadual de Ilha Grande, Foto: Fui ser viajante

Para chegar lá a partir da vila do Abraão, basta caminhar para a esquerda de quem olha para o mar.

Logo no começo do caminho, você vai ver a placa que marca o início do Parque Estadual de Ilha Grande.

Praia Preta Ilha Grande
Praia Preta Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante
Praia Preta Ilha Grande
Praia Preta Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

O nome vem da cor escura da areia, resultado da decomposição de minerais e matéria orgânica, o que cria um contraste com o mar verde e as pedras que cercam a enseada.

Em dias de sol, a coloração da água fica ainda mais bonita, deixando o cenário perfeito para fotos ou para relaxar na areia, curtindo alguns mergulhos no mar.

Apesar de estar bem próxima ao centrinho da vila, a Praia Preta tem um ar selvagem e preservado. O ambiente é tranquilo, ideal para quem busca contato com a natureza sem precisar caminhar muito.

No canto esquerdo da praia (olhando para o mar), escorre um pequeno rio, que deixa o cenário ainda mais lindo, e dá opção para você alternar o banho entre a água salgada e a água doce.

Praia Preta Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante
Praia Preta Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Ela também é ponto de passagem para quem percorre o Circuito T1 (todas as principais trilhas de Ilha Grande são demarcadas e sinalizadas, nomeadas de T1 a T16).

A infraestrutura é mínima, não há quiosques ou comércio. Por isso, leve sua água e, se quiser, algo para beliscar.

Ruínas do Lazareto

Com acesso bem sinalizado por trilha pela mata, ou também pela praia (basta caminhar até o final da Praia Preta), e atravessar o riozinho, que você encontra as Ruínas do Lazareto, um dos pontos históricos de Ilha Grande.

Ruínas do Lazareto
Ruínas do Lazareto. Foto: Fui ser viajante

O Lazareto foi construído no século XIX como centro de quarentena os marinheiros que chegavam ao Brasil, de barcos vindos do mundo todo. Era uma forma de evitar que doenças como a peste entrassem no país.

Ruínas do Lazareto
Ruínas do Lazareto. Foto: Fui ser viajante

Mais tarde, quando as regras sanitárias dos portos mudaram, passou a ser usada como presídio, e depois foi desativado, até que sua demolição foi recomendada pelo governo. Hoje, restam apenas ruínas cercadas por mata.

Ao explorar as ruínas, é impossível não sentir o peso da história. O lugar tem um clima meio misterioso e sombrio. As paredes estão pixadas, e não é possível entrar no antigo prédio, só ver de fora.

Há também uma placa com informações sobre a função original do espaço e seu contexto. Sem dúvida, é uma parada obrigatória para quem quer ir além das praias e entender a história de Ilha Grande.

Ruínas do Lazareto. Foto: Fui ser viajante
Ruínas do Lazareto. Foto: Fui ser viajante
Ruínas do Lazareto. Foto: Fui ser viajante
Ruínas do Lazareto. Foto: Fui ser viajante

Ruínas do Aqueduto

Continuando a caminhada a partir das ruínas do Lazareto, em poucos minutos chegamos em outro sítio histórico importante para Ilha Grande.

Ruínas do Aqueduto Ilha Grande
Ruínas do Aqueduto Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

As Ruínas do Aqueduto marcam o local onde foi contruído um majestoso aqueduto no século XIX. Erguido pelo trabalho de homens escravizados, o aqueduto tinha a função de levar água da nascente da mata até o Lazareto.

Hoje, o que resta são os grandes arcos de pedra cobertos por musgos e trepadeiras, um cenário peculiar que impressiona pela engenharia da época e pela forma como se integra à mata atlântica.

Ruínas do Aqueduto Ilha Grande
Ruínas do Aqueduto Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Poção

Ali pertinho do aqueduto está o Poção, um poço para banho que foi formado na época do represamento da água para construção do aqueduto.

Para quem procura um local para dar um mergulho em água doce, o poção é uma ótima opção. Uma piscina natural de águas calmas e transparentes. Se chover, isso muda, pois a água tende a ficar mais turva.

Poção Ilha Grande.
Poção Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Para quem vem direto desde a vila do Abraão, seguindo este caminho que fizemos, via Aqueduto, vão ser cerca de 40 minutos de caminhada leve.

Como a trilha é circular, há um outro caminho que conecta o Poção à vila, que é mais curto, só que mais íngreme.

Praia da Júlia

Saindo da praia do Abraão, agora vamos caminhar para o lado direito de quem está olhando o mar.

A trilha vai contornando o litoral, pertinho do mar. A primeira praia que você vai encontrar, em uma trilha leve e curta, é a Praia da Júlia.

Praia da Júlia Ilha Grande
Praia da Júlia Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

A Praia da Júlia tem uma faixa de areia dourada, com mar calmo e águas claras, ótima para quem quer relaxar. Como fica bem perto da Praia do Abraão, é muito visitada pelo fácil acesso.

Há um casarão na praia, que hoje funciona como restaurante e bar, o Júlia Surtô. Um dos quartos também atende para aluguel de caiaque, stand up paddle, etc.

Praia da Júlia Ilha Grande
Praia da Júlia Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Não havia muita gente quando visitamos, mas a música estava bem alta, num clima de balada de música eletrônica, com DJ e tudo. Para quem busca agito e animação, pode ser uma ótima opção.

A gente queria um lugar mais calmo, então seguimos pela trilha para descobrir as praias mais à frente.

Praia da Crena

Quem gosta de caminhar pode seguir explorando outras prainhas próximas, como a Praia da Crena, que também não fica muito longe.

Praia do Abraãozinho

A Praia do Abraãozinho é uma das mais visitadas nos arredores da Vila do Abraão. O acesso pode ser feito a pé, por trilha leve de cerca de 40 minutos, ou de táxi boat, disponível no píer principal.

Durante o trajeto, você vai passar pela praia da Júlia e pelo acesso da praia da Crena, tornando o caminho parte da experiência.

Também preciso te avisar que a trilha em dado momento passa pela praia, e na maré alta é capaz de você precisar passar com água no joelho. Na maré baixa, atravessamos sem problema pisando na areia.

No ponto de intersecção com o acesso da praia da Crena, a trilha para o Abraãozinho começa a se afastar do litoral e segue por dentro da mata por um trecho razoavelmente longo.

No total, a caminhada leva cerca de 40 minutos até chegarmos ao acesso da praia do Abraãozinho.

Acesso Praia do Abraãozinho
Acesso Praia do Abraãozinho. Foto: Fui ser viajante

A praia tem uma faixa de areia extensa, com bastante sombra natural das árvores, o que a torna ideal para passar o dia.

A água é esverdeada, limpa e tranquila, perfeita para banho.

Praia do Abraãozinho Ilha Grande
Praia do Abraãozinho Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante
Praia do Abraãozinho Ilha Grande
Praia do Abraãozinho Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Há dois bares, um em cada ponta da praia, o que permite passar o dia todo com conforto, comendo, bebendo e aproveitando a estrutura de cadeiras, mesas e espreguiçadeiras.

Também há um ponto de embarque de táxi boat, com uma placa que marca o preço para voltar para a Vila do Abraão (R$25).

Praia do Abraão Ilha Grande
Praia do Abraão Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Passeios de barco em Ilha Grande

Uma das experiências mais procuradas pelos turistas que visitam Ilha Grande é fazer um passeio de barco.

A Ilha Grande RJ tem diversas praias com acesso restrito ou difícil por terra, o que torna o mar a principal via de locomoção para muitas de suas praias e atrações.

E é exatamente por isso que os passeios de barco se tornaram tão populares: eles permitem explorar cantos paradisíacos da trilha, que são inacessíveis ou dificilmente acessados por trilha.

Lancha de passeio em Ilha Grande Rj
Lancha de passeio em Ilha Grande Rj. Foto: Fui ser viajante

Existem vários passeios de barco oferecidos pelas agências em Ilha Grande, e as rotas são praticamente as mesmas em todas as agências. Os preços também não mudam muito de uma pra outra.

Se for viajar para Ilha Grande na alta temporada, recomendo que contrate os passeios antecipados, para garantir sua vaga e preços melhores:

Os roteiros mais famosos são:

  • Volta à Ilha: um passeio de dia inteiro que contorna Ilha Grande passando por pontos como Parnaióca, Aventureiro, Caxadaço e Parnaioca. Veja valores e reserve.
  • Meia Volta à Ilha: versão reduzida da Volta à Ilha, ideal para quem tem menos tempo ou prefere algo menos cansativo. Inclui Lagoa Verde, Lagoa Azul, Praia do Amor e Saco do Céu.
  • Ilhas Paradisíacas: foca nas ilhotas próximas ao continente, como Ilha de Cataguases, Ilha da Piedade, Praia do Dentista. Tem um perfil mais relax, com águas calmas e cristalinas. Veja valores e reserve
  • Gruta do Acaiá e lagoas: Visita a famosa Gruta do Acaiá, onde a luz solar cria um fenômeno de fluorescência, e inclui parada em outras atrações no caminho, como a lagoa Azul e a lagoa Verde. Veja valores e reserve.
  • Praia de Lopes Mendes com parada em Pouso ou Santo Antônio: combina barco e caminhada, levando até a praia mais famosa da ilha.

Os barcos variam entre escunas grandes, que levam dezenas de pessoas, e lanchas privativas, que podem ser alugadas por grupos e oferecem mais flexibilidade de roteiro e tempo em cada parada.

Além dos passeios coletivos, você tem opção de alugar uma lancha privativa em Ilha Grande, e assim ter mais autonomia e flexibilidade para montar seu próprio roteiro, visitando praias que mais te interessam.

Lancha de passeio em Ilha Grande Rj
Lancha de passeio em Ilha Grande Rj. Foto: Fui ser viajante

Para quem busca algo mais exclusivo e personalizado, vale investir em uma lancha privativa.

Entre todas as opções, nós escolhemos fazer o passeio Ilhas Paradisíacas, e foi a escolha certa. As cores da água, a tranquilidade das paradas e a diversidade de paisagens tornaram esse um dos pontos altos da viagem.

Mais à frente neste post, você vai ver em detalhes como foi esse dia e por que ele entrou na nossa lista de imperdíveis.

Como é o passeio de barco Ilhas Paradisíacas em Ilha Grande?

O passeio “Ilhas Paradisíacas” é uma das opções mais procuradas por quem visita Ilha Grande, especialmente por quem busca praias de águas claras e cenários cinematográficos.

Ele parte normalmente da Vila do Abraão e explora pequenas ilhas e praias na região de Angra dos Reis e da Ilha da Gipóia, com paradas para banho, fotos e snorkel.

A ordem pode variar de acordo com o mar e o operador, mas o roteiro costuma incluir as seguintes paradas:

Ilha de Cataguases

A Ilha de Cataguases é geralmente a primeira parada do passeio Ilhas Paradisíacas, e já dá o tom do que vem pela frente.

equena, com faixa de areia estreita e água incrivelmente clara, ela fica pertinho de Angra dos Reis. O cenário é daqueles que parecem retocados no Photoshop: areia branquinha, mar azul turquesa e mata atlântica ao fundo.

Ilha de Cataguases
Ilha de Cataguases. Foto: Fui ser viajante

O mar é tão transparente que você consegue ver os peixes nadando à sua volta mesmo nas áreas rasas. O fundo é de areia clara e reflete a luz do sol, deixando o mar com uma tonalidade ainda mais vibrante.

A parada costuma levar de 30-40 minutos. Rafael teve tempo de nadar até a outra ilha, que fica bem em frente. Eu não quis esse exercício: preferi ficar observando os peixinhos, que chegavam bem pertinho da praia.

Há um pequeno bar na ilha, que serve bebidas e petiscos simples.

Ilha de Cataguases. Foto: Fui ser viajante
Ilha de Cataguases. Foto: Fui ser viajante
Ilha de Cataguases. Foto: Fui ser viajante
Ilha de Cataguases. Foto: Fui ser viajante

Ilhas Botinas

A próxima parada são as Ilhas Botinas, duas pequenas ilhas rochosas no meio do mar, cercadas por águas cristalinas e profundas.

Aqui não fazemos desembarque nas ilhas, pois elas não tem praia. Mas podemos mergulhar no mar, para fazer snorkell ou nadar.

Ilhas Botinas. Foto: Fui ser viajante
Ilhas Botinas. Foto: Fui ser viajante

A visibilidade da água é excelente e a quantidade e diversidade de peixes é impressionante. Ali é comum ver cardumes de peixes como sargentos, donzelas, badejos e até algumas tartarugas marinhas, com sorte.

Mas fique atento: a profundidade passa dos 6m. É importante saber nadar, ou usar os macarrões (nosso barco disponibilizou algumas unidades).

Para quem não se sente confortável nadando em mar aberto, é possível permanecer no barco e apenas observar a paisagem, que já é um espetáculo por si só.

Praia da Piedade (Ilha da Gipóia)

A Praia da Piedade combina beleza natural com história. Localizada na Ilha da Gipóia, é famosa por sua igrejinha branca à beira-mar, construída no século XIX.

Curiosiosamente, a ilha que fica bem em frente é a antiga “Ilha de Caras” – sabe aquela revista? Hoje a revista não utiliza mais essa ilha, mas a curiosidade ficou. E na maré baixa, o banco de areia comunica as duas ilhas.

O mar ali é muito calmo, ideal para nadar, relaxar ou simplesmente flutuar sem preocupação.

Ilha da Gipoia e Praia da Piedade
Ilha da Gipoia e Praia da Piedade. Foto: Fui ser viajante

Na ilha da Gipóia, há uma pequena lanchonete, que serve lanches e bebidas.

Praia do Dentista (Ilha da Gipóia)

Encerrando o passeio com chave de ouro, a Praia do Dentista é uma das mais deslumbrantes da Costa Verde.

O nome curioso vem de um antigo proprietário da área, que era dentista. Ela é acessível apenas por barco, o que reforça o clima de exclusividade.

Praia do Dentista Ilha Grande
Praia do Dentista Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

A enseada forma uma curva perfeita, cercada por mata atlântica densa, com águas verde-esmeralda e areia super clara.

É um ponto clássico de ancoragem de lanchas e iates, especialmente nos fins de semana, quando o clima fica mais animado, com música, drinks e galera aproveitando dentro dos barcos.

Durante a semana, no entanto, o ambiente é mais tranquilo.

Se tiver snorkel, leve: há muitos peixinhos e vida marinha nas pedras laterais.

Parada para almoço

O passeio termina com mais uma parada, já na volta para Ilha Grande, para almoço. O almoço é opcional, e pago à parte (valor além do que foi pago pelo passeio de barco em Ilha Grande).

O marinheiro anota nossos pedidos ainda no caminho, para que o restaurante adiante tudo, e quando chegamos lá está tudo praticamente pronto.

Comemos um peixe para 2, e estava tudo bem gostoso. Quem leva sua própria comida ou prefere não comer nada pode sentar na praia e aproveitar a parada para mais um mergulho.

Almoço do passeio de barco (pago à parte)
Almoço do passeio de barco (pago à parte). Foto: Fui ser viajante

O passeio sai de Ilha Grande entre 10h-11h, e volta por volta das 17h. Foi um dia delicioso, repleto de lugares lindos. Valeu demais a experiência.

Outros lugares para ir em Ilha Grande

Ilha Grande vai muito além das atrações que a gente visitou. A ilha é enorme, com dezenas de praias, trilhas e mirantes que atendem perfis variados.

Se você tiver mais tempo, vale conferir o que fazer em llha Grande para complementar o roteiro.

Para quem curte praias isoladas e com visual selvagem, a Praia do Aventureiro é um dos destinos mais icônicos, famosa pelo coqueiro deitado em frente ao mar.

Ela fica do outro lado da ilha, e o acesso pode ser feito por barco ou por trilha. A logística é mais complexa, mas o cenário compensa.

Os fãs de trilha podem encarar a Travessia da Ilha Grande, de Abraão até Aventureiro, passando por Caxadaço, Parnaioca e outras praias que só se alcançam a pé ou de barco.

É um trekking de vários dias, cheio de mirantes, cachoeiras e praias desertas.

Se a ideia for uma trilha de menor duração, as opções são as trilhas até o Mirante do Espia ou o circuito do Pico do Papagaio.

Além disso, há outros passeios de barco que exploram lados diferentes da ilha, como o Volta à Ilha (um dos mais completos), a Meia Volta, ou os passeios até Lopes Mendes, Dois Rios e Parnaioca.

Cada um desses lugares oferece uma experiência diferente, mostrando como Ilha Grande é um destino plural, que pode ser moldado de acordo com o seu ritmo de viagem.

Onde comer em Ilha Grande

De forma geral, a gastronomia de Ilha Grande acompanha o ritmo da ilha: leve e informal. A maioria dos restaurantes fica concentrada na Vila do Abraão, e foi ali que fizemos nossas refeições.

Um dos nossos lugares que visitamos foi o Restaurante Bamboo, que tem uma vibe relaxada, com mesinhas de madeira, decoração rústica e atendimento atencioso.

O cardápio oferece pratos executivos de carne, frango ou peixe por R$50. Estava tudo gostoso, e valeu a experiência.

Restaurante Bamboo Ilha Grande
Restaurante Bamboo Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

Outro lugar que visitamos foi o Farol dos Castellanos, um restaurante com várias opções econômicas de pratos para 2.

Provamos o peixe com molho de camarão, que estava bem gostoso.

Restaurante Farol dos Castelhanos Ilha Grande
Restaurante Farol dos Castelhanos Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

O que fazer à noite em Ilha Grande?

A vida noturna em Ilha Grande é simples e acaba cedo. Não espere baladas que virem a madrugada. Por volta das 22h, as pessoas já começam a se recolher para as pousadas.

Ainda assim, há boas opções para curtir o fim de tarde e a noite depois de um dia cheio de passeios.

O que fazer à noite em Ilha Grande
O que fazer à noite em Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

O principal point noturno é a Vila do Abraão, onde estão concentrados bares, restaurantes e lojinhas. Quando o sol se põe, as ruas de terra se enchem de turistas caminhando sem pressa, escolhendo onde jantar ou tomar um drink.

Alguns bares colocam música ao vivo, em geral MPB, forró ou reggae, e o clima é bem descontraído, perfeito para relaxar com os pés na areia e uma caipirinha na mão.

Se quiser algo mais animado, vá ao Che Lagarto, que é pé na areia e costuma ter DJs e shows em algumas noites. O ambiente é bonito e o cardápio tem boas opções de drinks tropicais.

Bar Che Lagarto Ilha Grande
Bar Che Lagarto Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

A dica é não deixar tudo para tarde: como a ilha é rústica e a iluminação é limitada fora da vila, a programação acaba cedo. Aproveite para jantar bem, tomar um drink e descansar para mais um dia intenso de natureza no paraíso.

Quando ir para Ilha Grande RJ?

Ilha Grande é aquele destino que pode ser visitado o ano inteiro, mas cada época oferece uma experiência diferente:

Na minha opinião, a melhor época é a meia-estação, que engloba os meses de abril, maio, setembro e outubro.

O que fazer em Ilha Grande Rj
O que fazer em Ilha Grande Rj. Foto: Fui ser viajante

O clima está quente o suficiente, e normalmente estável, com poucas chuvas. Também há menos turistas e os preços são mais baixos que na alta temporada (dezembro, janeiro, fevereiro, e todos os feriados).

Nesses meses de alta estação, especialmente no verão, as praias ficam mais cheias, as hospedagens mais caras e restaurantes lotados. Há maior chance de chuva, mas ainda assim a ilha fica lotada e ganha um quê de agitação.

Na alta estação, também recomendo que compre seus ingressos de passeios em Ilha Grande antecipado, para não correr o risco de chegar lá e descobrir que o passeio que você quer fazer está sem vagas, ou muito caro.

O que fazer em Ilha Grande
O que fazer em Ilha Grande. Foto: Fui ser viajante

E por falar em chuva, anote aí. Os meses mais chuvosos em Ilha Grande são: dezembro a março. Quem viaja nessa época precisa sempre ter um plano B, se pegar dias com chuvas de verão.

Quanto tempo ficar em Ilha Grande? Nosso roteiro

O ideal é ficar de 3 a 5 dias em Ilha Grande, organizando o roteiro para conhecer as praias próximas da vila do Abraão e passeios de barco.

Se você, como a gente, só tem um final de semana em Ilha Grande, posso te afirmar que dá pra aproveitar bem se você chegar sexta à tarde e voltar domingo depois do almoço.

Nosso roteiro em Ilha Grande (sexta a domingo):

Sexta à tarde: Chegada em Ilha Grande pela Vila do Abraão, check-in no hotel, almoço no Bamboo restaurante, volta de reconhecimento pela vila e trilha, passando por Praia da Júlia, Praia da Crena e praia do Abraãozinho.

Sexta à noite: Jantar no restaurante Farol dos Castellanos. Depois, caminhada tranquila pela orla iluminada, aproveitando a atmosfera descontraída da vila.

Sábado de dia: Passeio de barco Ilhas Paradisíacas, com paradas na Praia de Cataguases, Ilhas Botinas, Praia da Piedade e Praia do Dentista.

Sábado à noite: Jantar na pizzaria. Depois, drinks e clima de barzinho na orla do Abraão.

Domingo pela manhã: Trilha até o Poção, passando pela Praia Preta, Ruínas do Lazareto e pelas Ruínas do Aqueduto. No caminho, banho de rio e parada para fotos nos pontos históricos.

Domingo pela tarde: Almoço da Vila do Abraão, e passeio pela vila, com visita ao Centro Cultural e tempo livre para compras em lojinhas locais. Check-out e retorno ao continente.

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Lila Cassemiro
Klécia Marília Cassemiro (Lila) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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