Roteiro para Toscana de carro: 4 dias saindo de Florença

Desde quando começamos a planejar a viagem para a Itália, começamos a sonhar com a possibilidade de alugar um veículo e passear pela Toscana de carro por alguns dias.

Era um dos sonhos de viagem e aproveitei a oportunidade! E depois de 4 dias na Toscana, dirigindo pelas estradas mais cinematográficas da vida, posso garantir: essa é uma das experiências mais inesquecíveis para viver na Itália.

Dirigindo pela Toscana
Dirigindo pela Toscana. Foto: Fui ser viajante

A região parece saída de um quadro renascentista, com vilarejos medievais, colinas cobertas de vinhedos, estradas ladeadas por ciprestes e cidades históricas que marcaram a cultura europeia.

Fazer um roteiro de carro pela Toscana te dá liberdade para explorar a região no seu ritmo, sair das rotas mais turísticas e parar sempre que uma paisagem pedir uma foto – e acredite, isso acontece a cada curva.

Neste post, vou compartilhar meu roteiro de carro pela Toscana, além de dicas que vão te ajudar a planejar uma viagem memorável pela região, com dicas de logística, hospedagem e passeios.

Vamos nessa?

Roteiro na Toscana: quanto tempo é suficiente?

O ideal é ter pelo menos 4 dias na Toscana. Esse tempo já permite explorar tanto cidades famosas quanto vilarejos medievais e regiões vinícolas sem correria.

Com 4 dias, você pode seguir exatamente o meu roteiro, que começa e termina em Florença.

Ele é compacto, mas inclui o essencial: clássicos como Pisa e Siena, alguns vilarejos medievais no encantador Val d’Orcia (a região mais fotogênica da Toscana) e ainda a rota do Chianti, famosa pelos vinhos e paisagens de cartão-postal.

Mas claro que a pergunta de quantos dias ficar na Toscana ou qual é o tempo ideal para conhecer a Toscana de carro não tem uma resposta única. Sempre depende do seu estilo de viagem.

  • Se você tiver apenas 2 ou 3 dias: foque em cidades mais próximas de Florença. Uma boa escolha é incluir Pisa, Lucca e Siena, deixando o Val d’Orcia e o Chianti para uma próxima viagem. Assim você economiza tempo em deslocamentos e aproveita melhor cada parada.
  • Com 5 a 7 dias na Toscana: dá para viver a experiência de forma mais completa e tranquila, entrando de verdade no ritmo toscano. É possível dormir em vinícolas, conhecer cidades menos turísticas como Volterra, explorar com calma as estradas secundárias e até incluir passeios diferentes, como gastronomia e termas naturais (Bagno Vignoni é um charme).

Em resumo: com 2 dias você sente um gostinho, com 4 dias conhece o essencial e com uma semana vive a Toscana de verdade.

Informações práticas antes de viajar de carro pela Toscana

Antes de pegar a estrada, é importante organizar alguns detalhes que fazem diferença na sua experiência. Um dos principais é a época da viagem, já que o clima e a paisagem mudam bastante ao longo do ano.

Quando ir à Toscana?

A Toscana é linda em qualquer época do ano, mas a experiência muda bastante conforme a estação.

Na primavera, especialmente em abril e maio, os campos ficam verdes e floridos, o clima é ameno e há menos turistas nas estradas e vilarejos.

Em junho, os dias continuam longos e agradáveis, mas já começa a alta temporada, então o movimento aumenta, principalmente nas cidades mais turísticas como Florença, Pisa e Siena.

O verão, em julho e agosto, é marcado por altas temperaturas e cidades cheias, com festivais e eventos ao ar livre que trazem charme (e ainda mais pessoas) para a região.

No outono, entre setembro e outubro, a Toscana vive um dos momentos mais encantadores: é época de colheita da uva, as vinícolas estão em festa e a paisagem ganha tons dourados. Para quem gosta de vinho e gastronomia, essa é uma escolha perfeita.

Já no inverno, de novembro a março, o clima esfria, os dias ficam mais curtos e os vilarejos bem mais tranquilos, além dos preços mais baixos de hospedagem.

Foi justamente em novembro que eu estive lá: peguei dias lindos e ensolarados, sem chuva, mas já com pôr do sol cedo. Para quem não se importa com o frio e prefere um ritmo mais calmo, pode ser uma ótima época para explorar.

Como chegar na Toscana? Posso fazer o roteiro sem dirigir?

O ponto de partida mais comum para explorar a Toscana é Florença, que conta com o Aeroporto Amerigo Vespucci e excelentes conexões de trem e estrada.

Quem chega de avião pode retirar um carro ali mesmo no aeroporto e seguir direto para a Toscana, ou ir para o centro e retirar um carro alugado no centro da cidade (nós retiramos nas locadoras da estação de trem).

Também é possível chegar de trem vindo de Roma, com trajetos rápidos de cerca de 1h30, ideal para quem prefere viajar sem dirigir.

Nesse caso, o roteiro pode ser adaptado para bate-voltas saindo de Florença, visitando cidades próximas como Pisa, Lucca, San Gimignano e Siena, usando transporte público ou tours guiados.

Outra alternativa é iniciar a viagem por Pisa, que possui aeroporto internacional e boas conexões com outras cidades europeias.

Começar por Pisa é interessante para quem quer explorar primeiro a região noroeste da Toscana, incluindo Lucca e Pisa, antes de seguir para o interior da região.

Onde alugar carro para dirigir pela Toscana?

Alugar um carro é um grande facilitador para quem quer explorar a Toscana fora das grandes cidades, permitindo fazer tudo no seu próprio ritmo.

Com um carro, você ganha autonomia para incluir no roteiro vilarejos, vinhedos e regiões onde o transporte público é limitado, como o Val d’Orcia e o Chianti, sem depender de horários ou tours guiados.

Você pode retirar o veículo em Florença ou Pisa, tanto nos aeroportos quanto nas estações de trem.

Uma dica importante: fique atento se retirar o carro no centro das cidades, para evitar entrar nas ZTL (zonas de tráfego limitado), pois dirigir nessas áreas com um carro alugado pode gerar multas bem salgadas.

Para comparar preços e reservar com antecedência, vale usar plataformas confiáveis para comparar preços de locadoras locais.

Nós usamos sempre o site da Rentcars, onde conseguimos acertar a reserva do carro + seguro, para pagar em reais (sem IOF).

Onde ficar na Toscana: cidades e vilarejos estratégicos

Depois de fazer esse roteiro pela Toscana de carro, entendi que, na hora de escolher a hospedagem, a melhor escolha logística é se dormir na cidade final de cada dia do seu roteiro, sempre que possível.

Essa estratégia permite aproveitar cada destino ao máximo, sem ter que dirigir cansado à noite, e ainda garante mais conforto e tempo para explorar os vilarejos e regiões vinícolas com calma.

Infelizmente, eu só adquiri esse conhecimento na prática, fazendo errado, hahaha

No meu roteiro, decidi escolher uma cidade base na região central do meu roteiro na Toscana, e fazer como passeios bate-volta de 1 dia, sempre saindo de manhã cedo e voltando à noite para o mesmo hotel.

Dentro dessa logística, escolhi ficar na cidade de Poggibonsi nas 3 primeiras noites do roteiro na Toscana, no hotel Toscana Ambassador.

A localização é prática, pois fica no caminho entre Florença e o sul da Toscana, facilitando visitas a cidades como Siena e vilarejos do Val d’Orcia.

Mas embora essa escolha tenha me dado o conforto de menos troca de hotel, eu não vejo que foi a opção ideal: ao final do dia, depois de estarmos bem cansados dos passeios, ainda tínhamos que encarar a estrada de volta.

Ter pernoitado diretamente na última cidade que visitamos em cada dia teria sido muito mais confortável. Hoje, essa me parece a estratégia mais eficiente, mesmo que isso signifique dirigir um pouco mais pela manhã.

E embora eu considere que errei nessa primeira escolha logística de hospedagem, na segunda estadia na Toscana eu acho que acertei demais.

Na última noite que tiveos na região, optei por dormir em Greve in Chianti, no coração da região vinícola. Foi uma experiência mágica: acordar cercada por vinhedos e sentir o clima de vilarejo medieval tornou a viagem ainda mais especial.

Se pudesse repetir, tentaria fazer isso todos os dias, adaptando o trajeto para sempre dormir na última cidade de cada dia de roteiro.

Dicas práticas de hospedagem:

  • Reserve com antecedência, principalmente em vilarejos pequenos como Pienza ou Monteriggioni, onde as opções são limitadas.
  • Prefira hotéis ou agriturismos com estacionamento próprio, já que muitas ruas são estreitas e com restrições de ZTL.
  • Uma hospedagem com café da manhã incluso ajuda a começar o dia sem preocupações.

Em resumo, Poggibonsi funcionou bem logisticamente, mas me fez perder o prazer de chegar e descansar no destino. Além disso, a cidade em si não tem muitas atrações, serviu mais para pernoite que qualquer coisa.

Dormir em Greve in Chianti na última noite me mostrou que, na Toscana, encaixar a hospedagem no final do dia é a chave para aproveitar cada cidade sem pressa.

Toscana de carro: roteiro detalhado dia a dia

Agora vou compartilhar com você os detalhes do meu roteiro de 4 dias pela Toscana de carro. Foi uma viagem incrível e se tornou inesquecível! Espero que te inspire a fazer esse roteiro também:

Dia 1 – Lucca e Pisa

Começamos cedo: às 8h estávamos na estação de trem de Florença, esperando a funcionária da locadora abrir a loja da locadora de carros.

Nosso plano era retirar o carro bem cedinho para aproveitar ao máximo o primeiro dia na Toscana.

Primeira parada: Lucca

De Florença até Lucca são cerca de 80 km, aproximadamente 1h15 de carro.

Estacionamos fora da ZTL, em frente à Porta da cidade, e seguimos caminhando pelas muralhas e ruas do centro histórico.

Muralha de Lucca na Toscana
Muralha de Lucca na Toscana. Foto: Fui ser viajante

A cidade é encantadora: havia várias pessoas caminhando e andando de bicicleta pela muralha, que foi transformada em um parque público.

Caminhamos pelas ruas do centro, visitamos a Torre Guinigi, o Duomo de Lucca e tomamos um café na pracinha. Um tempo gostoso numa cidade tranquila e encantadora, que parece que parou no tempo.

Lucca Itália - foto Fui ser viajante
Lucca Itália – foto Fui ser viajante. Foto: fui ser viajante

Você pode alugar uma bicicleta e rodopiar pelas muralhas, ou apenas passar seu tempo flanando pelo centro, explorando a cidade.

Segunda parada: Pisa

De Lucca a Pisa são apenas 20 km, cerca de 25 minutos de carro.

Em Pisa, optamos por estacionar no estacionamento coberto embaixo da Piazza Vittorio Emanuele, mais seguro que os descobertos, onde vimos muitos relatos de arrombamento.

De toda forma, evite deixar objetos de valor à mostra nos bancos do carro.

Caminhamos até a Piazza dei Miracoli (do estacionamento até lá, são uns 20 minutos andando) e almoçamos no restaurante Osteria 46, na Via Piave, comandando por duas senhoras italianas maravilhosas.

gnocchi al gorgonzola
Gnocchi al gorgonzola. Foto: Fui ser viajante

Depois do almoço cheio de pratos típicos com carinha de comida de vó, voltamos para a Piazza dei Miracolo.

Sempre lotada de turistas, envolvidos em poses mirabolantes e engraçadas com a torre inclinada mais famosa do mundo! E claro que também tiramos algumas fotos bem turistonas por lá.

Além da Torre Inclinada, na praça você também pode conhecer o Duomo de Pisa, o Camposanto e o Batistério. Os dois são monumentais, muito maiores do que eu imaginava. E impossíveis de visitar se você não tiver ingressos.

Recomendo comprar os ingressos com antecedência, especialmente se quiser subir na torre. As filas presenciais são enormes em qualquer época do ano, e os ingressos esgotam.

Se acabar para o seu dia, você perde a chance de visitar o monumento.

No fim do dia, voltamos para o carro e dirigimos até Poggibonsi, que funcionou bem logisticamente para este dia (a distância dirigida não foi muito grande, e no primeiro dia de viagem a gente não estava sentido cansaço).

Dicas práticas:

  • Chegue cedo em Pisa e Lucca para evitar multidões.
  • Estacione sempre fora do centro e das ZTLs;
  • em Pisa, o estacionamento coberto da Piazza Vittorio Emanuele é mais seguro.
  • Planeje ingressos de atrações com antecedência, especialmente na Torre de Pisa.

Dia 2 – Val d’Orcia e vilarejos

Esse foi o dia mais “cartão-postal” desse roteiro de viagem na Toscana. O dia foi pensado para combinar cidades medievais, vinhedos e paisagens tipicamente toscanas, com várias paradas estratégicas para fotos.

A estrada pelo Val d’Orcia é de tirar o fôlego: campos de trigo, ciprestes alinhados e vilarejos medievais que parecem congelados no tempo.

Visitamos na sequência as cidades de Montalcino, San Quirico d’Orcia, Pienza, e fechamos o dia com um por do sol inesquecível em Montepulciano.

Primeira parada: Montalcino

De Poggibonsi até Montalcino são cerca de 70 km, em torno de 1h10 de carro. Estacionamos fora da ZTL, em um dos estacionamentos no entorno da cidade.

Montalcino é famosa pelo vinho Brunello e por suas muralhas medievais. Visitamos a fortaleza, passeamos pelas praças e vimos algumas igrejas, por dentro e por fora.

Para fechar, eu fiz uma degustação de vinhos Brunello em uma enoteca local, a Enoteca di Piazza, pagando por dose consumida. Maravilhoso. Rafael não bebeu pois estava dirigindo.

Segunda parada: San Quirico d’Orcia e fotos clássicas da Toscana

Seguimos cerca de 10 km (15 minutos) até San Quirico d’Orcia, uma vila medieval menor, mas cheia de charme. Ficamos uns 15 minutos nos perdendo pelas ruelas da vila, só para ter o gostinho de caminhar na cidade medieval quase vazia.

Depois pegamos o carro novamente, e fizemos duas paradas na estrada. A primeira, num famoso campo de cipestres, para fotos. É preciso parar o carro na estrada e caminhar um pouco até chegar neles.

A segunda parada foi próximo dali, numa pequena capela com ciprestes ao redor: Capella della Madonna di Vitaleta, um verdadeiro cartão-postal da Toscana. Também é preciso estacionar o carro e caminhar um pouco até ela.

Terceira parada: Pienza

De San Quirico d’Orcia até Pienza são 8 km, cerca de 10 minutos.

Estacionamos fora da ZTL e caminhamos pelo centro histórico. Pienza é famosa pelo pecorino. Vale provar o queijo em alguma lojinha local e aproveitar a vista da paisagem ao redor da cidade, especialmente no mirante ao final da via dell’Amore.

Última parada: Montepulciano para o pôr do sol

Para fechar o dia, seguimos 15 km (20 minutos) até Montepulciano.

Chegamos no centro histórico bem a tempo para assistir ao pôr do sol, e foi inesquecível, os campos e ciprestes da Toscana iluminados pela luz dourada criaram um cenário de filme.

Aproveitamos para passear um pouco na cidade, e jantar em uma pequena tratoria. Provei o vinho da cidade, o Nobile de Montepulciano, e mais uma vez pegamos a estrada rumo a nosso hotel.

O deslocamento de volta até Poggibonsi neste dia foi bem cansativo. Preferia mil vezes ter dormido em Montepulciano, até para ter um gostinho de ver a cidade pela manhã.

Dica pessoal:

  • Esse dia foi bem cheio. Escolhemos não almoçar, apenas pegar um sanduíche para lanchar rapidinho, para dar tempo de aproveitar bem as cidades, e deu certo. Mas se quiser ir com calma, esse dia pode facilmente ser dividido em dois.

Dia 3 – San Gimignano, Monteriggioni e Siena

No terceiro dia do nosso roteiro pela Toscana, enfim fizemos check out do hotel em Poggibonsi, e pegamos a estrada novamente, para conhecer 3 cidades incríveis da Toscana:

Primeira parada: San Gimignano

San Gimignano é famosa pelas suas torres medievais. Saindo de Poggibonsi, a viagem até lá leva cerca de 30 km, em 35 minutos, e permite já ir admirando a paisagem típica da Toscana.

Estacionamos fora da ZTL, caminhando depois para o centro histórico, onde ficamos toda a manhã.

Você pode visitar a catedral, subir a Torre Grossa, uma das poucas torres medievais que ainda resistem de pé na cidade, e oferece uma vista panorâmica da região.

E, claro, não poderia faltar o sorvete da Gelateria Dondoli, que já ganhou várias vezes como o melhor do mundo, e sim, vale a fama! É parada obrigatória para quem visita a cidade.

Segunda parada: Monteriggioni

De lá, seguimos para Monteriggioni, a apenas 20 km (25 minutos) de San Gimignano. De novo, é preciso estacionar fora das muralhas pois o centrinho é todo uma ZTL.

O curioso é que esse lugar chegou a ser citado no livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri, e também já foi cenário de videogame, no jogo Assassin’s Creed.

O vilarejo é minúsculo e tem menos de 40 habitantes, além de muralhas medievais intactas, um lugar realmente incrível. A parada é rápida, em 30 minutos você conhece todo o vilarejo.

Terceira parada: Siena

À tarde, chegamos em Siena, cerca de 40 km (aproximadamente 40 minutos) de Monteriggioni. A cidade me ganhou em poucos instantes, linda, convidativa, animada!

A Piazza del Campo é o coração da cidade e ainda mais impressionante ao vivo, com seu formato em concha. É ali que acontece o Palio, a famosa corrida de cavalos, tradicional em Siena desde a Idade Média.

Depois de ver a praça, fomos visitar o complexo do Duomo. Compramos o ingresso completo, que permite visitar

  • a Catedral de Siena, com fachada em mármore branco e verde,
  • a Biblioteca Piccolomini, que fica dentro da Catedral,
  • o Battistero (batistério),
  • a cripta, com afrescos magníficos, e
  • o museu do Duomo, que reúne esculturas e obras de arte, incluindo originais que foram retirados do Duomo para preservação, e um mirante no último andar, com vista espetacular da cidade.

Gastamos a tarde inteira entre essas atrações. Senti que uma tarde em Siena foi pouco tempo. Gostei tanto do que vi, que queria ter tido a chance de explorar mais.

Se pudesse voltar, teria planejado dormir lá, para curtir a cidade mais um pouco, jantar com calma e aproveitar.

Naquela noite, nosso pernoite foi em um novo destino: Panzano in Chianti, para vivenciar uma experiência totalmente inusitada, e pela qual a gente estava muito ansioso!

Fomos jantar na famosa Macelleria Cecchini, do açougueiro Dario, conhecido internacionalmente e até destaque em um episódio de Chef’s Table na Netflix.

O jantar é uma verdadeira festa: a mesa é comunal, com vinho à vontade, o clima é animado e reúne pessoas do mundo inteiro. Vamos provando diferentes cortes e preparos da carne, muito legal!

Reservar com antecedência é essencial, pois o lugar é muito concorrido.

Para aproveitar ao máximo, reservamos um apartamento bem ao lado da Macelleria, garantindo descanso depois da celebração.

Dicas pessoais:

  • Durma em Siena! Fique mais tempo em Siena! A cidade merece muito!
  • Se tiver interesse, nos arredores de San Gimignano há algumas vinícolas que você pode visitar. Se ficar um dia inteiro por lá, pode usar a tarde para explorar os arredores da cidade.
  • Se puder, reserve um lugar na mesa do Dario e vá viver a experiência da Macelleria Cecchini.

Dia 4 – Estrada do Chianti e volta a Florença

No último dia, começamos em grande estilo, abrindo a janela do nosso apartamento e dando de cara com essa paisagem espetacular na Toscana.

Dormir em Greve in Chianti foi uma escolha muito acertada. Acordar cercada por vinhedos foi um dos meus momentos favoritos dessa viagem.

Depois do café, seguimos pela estrada do Chianti, região famosa pelos vinhos e vilarejos charmosos. Passamos por Greve in Chianti e visitamos uma vinícola para degustação. Escolhemos a Vinícola Verrazzano.

Depois do almoço, o retorno para Florença foi tranquilo, fechando o roteiro com chave de ouro.

Dicas pessoais:

  • Se sobrar tempo, caminhe pelas ruas de Greve e sinta a vida tranquila do vilarejo antes de voltar para Florença.

Mapa do roteiro na Toscana de carro

Para aproveitar ao máximo a Toscana de carro, ter um mapa visual com todas as paradas ajuda a organizar o trajeto. Aqui está o meu roteiro completo, dia a dia:

  • Dia 1: Florença → Lucca → Pisa → Poggibonsi
  • Dia 2: Poggibonsi → Montalcino → San Quirico d’Orcia → cipestres e capela → Pienza → Montepulciano → Poggibonsi
  • Dia 3: Poggibonsi → San Gimignano → Monteriggioni → Siena → Panzano in Chianti
  • Dia 4: Panzano in Chianti → Greve in Chianti → Castelo de Verrazzano → Florença

Quanto custa uma viagem de 4 dias pela Toscana

Planejar o orçamento ajuda a evitar surpresas e permite aproveitar melhor a viagem. A seguir, detalho os principais custos desse roteiro de 4 dias de carro pela Toscana, baseado na minha experiência pessoal.

1. Aluguel de carro

  • Valor médio: €40 por dia para um carro compacto (Fiat 500), incluindo seguro básico.
  • Combustível: média de €60 para todo o roteiro, considerando aproximadamente 600 km rodados.
  • Dica pessoal: reservar com antecedência online costuma ser mais barato e dá segurança na retirada do veículo. Nós usamos o site da Rentcars para reservar o carro na Itália

2. Hospedagem

3. Alimentação

  • Café da manhã incluso na hospedagem: economiza tempo e dinheiro.
  • Almoço rápido em vilarejos: €10–€15 por pessoa.
  • Jantar típico em trattoria ou enoteca: €20–€35 por pessoa. Pratos de massa (primo piatti) ficavam em torno de €14 – €20, e pratos de carne (secondi piatti), eram normalmente mais de €20.
  • Dica pessoal: reserve €15–€20 extras para degustações de vinhos e queijos locais nos vilarejos e vinícolas.

4. Passeios e atrações

  • Torre Grossa em San Gimignano: €9 (inclui a visita ao Palazzo Comunale e ao museu no seu interior)
  • Catedral de San Gimignano: €10 (inclui visita ao Museu de Arte Sacra) –você pode comprar antecipado aqui
  • Duomo de Siena: você pode comprar somente a entrada da Basílica: €13, ou o ingresso OPA SI PASS: €21, que permite visitar todo o complexo (minha recomendação)
  • Pisa (Torre Inclinada e Catedral): €28 (subida opcional) – compre antecipado aqui
  • Passeio de vinícola ou degustação no Castelo Verrazzano: €20–€40 por pessoa
  • Sugestão: reservar ingressos online para evitar filas.

5. Seguro viagem

Obrigatório para brasileiros em viagens para a Europa, em países dentro do Espaço de Schengen. Você deve fazer a cotação de acordo com os dias da sua viagem.

Mas para caráter de comparação, um seguro viagem para 4 dias de viagem pela Itália, o valor médio é de R$ 75 para duas pessoas.

Você pode fazer uma cotação gratuita no site do Melhor Seguro (use nosso cupom FUISERVIAJANTE15 para ter 15% de desconto em qualquer seguro).

Custos totais aproximados para 4 dias (por pessoa, casal)

CategoriaDetalhesCusto aproximado
Aluguel de carro€40/dia x 4 dias + seguro básico€160
CombustívelMédia 600 km rodados€60
HospedagemHotéis 3★ ou agriturismos (€80–€120/noite)
Poggibonsi (2 noites): €94/noite
Panzano in Chianti (1 noite): €99/noite
€280–€360 (casal/3 noites)
AlimentaçãoCafé da manhã incluso
Almoço rápido: €10–€15 por pessoa
Jantar típico: €20–€35 por pessoa
Degustações: €15–€20 por pessoa
€260–€340 (casal/4 dias)
Passeios e ingressosTorre Grossa (€9)
Catedral San Gimignano (€10)
Duomo Siena (€13–€21)
Pisa Torre + Catedral (€28)
Degustação vinícola (€20–€40/pessoa)
€120–€180 (casal)
Seguro viagem
(via Melhor Seguro)
para 4 dias (ajuste conforme a duração da sua viagem)R$75 (casal)
Total para 4 diassem contar passagens aéreas e extras pessoais€880–€1.100 (casal)

Observação: Lembre sempre que valores podem variar conforme época do ano, tipo de hospedagem e nível de conforto desejado.

Tem mais tempo na Toscana? Veja o que incluir no roteiro

Se você tiver mais dias disponíveis na Toscana, pode estender o roteiro e conhecer cidades e vilarejos além do básico.

As estradas são sempre cênicas, passando por campos, vinhedos e colinas, o que torna cada deslocamento parte da viagem.

Arezzo – Essa cidade medieval abriga os afrescos de Piero della Francesca e ainda tem uma famosa feira de antiguidades no primeiro domingo do mês. Tem uma atmosfera tranquila e ruelas coloridas.

Cortona – Charmosa e com vistas panorâmicas inesquecíveis. É perfeita para um almoço regado a vinho local e para quem busca um vilarejo com menos turistas, mas cheio de autenticidade.

Livorno – Se quiser incluir o litoral, Livorno é uma boa pedida. Conhecida como a “Veneza da Toscana” pelos seus canais, a cidade oferece frutos do mar frescos e um clima mais local, longe das multidões de Pisa.

Úmbria – Para quem tem ainda mais tempo, vale cruzar a fronteira com a região vizinha da Úmbria. Cidades como Assis e Perugia são ótimas opções para quem está vindo ou voltando de Roma, combinando espiritualidade, arte e gastronomia.

Em resumo: se com 4 dias você conhece o essencial da Toscana, com 6 ou 7 dias é possível mergulhar ainda mais na cultura local, visitar cidades menos turísticas e até combinar a viagem com a vizinha Úmbria.

Adaptações que você pode fazer no roteiro se tiver mais dias

1. Acrescente uma noite extra no Val d’Orcia ou no Chianti

Essas duas regiões são o coração da Toscana. Você pode ajustar o roteiro para dormir mais uma noite em vilarejos como Pienza, Montalcino ou Montepulciano (no Val d’Orcia), ou em cidades vinícolas como Greve in Chianti e Radda in Chianti.

Isso permite desacelerar, aproveitar degustações de vinho e caminhar pelas ruas medievais depois que os turistas do dia já foram embora.

2. Experiências para famílias ou grupos

Para quem viaja em família ou com amigos, uma boa ideia é incluir experiências rurais em pequenas fazendas (agriturismos).

Muitas oferecem atividades educativas, como conhecer a produção de queijos, aprender sobre azeite de oliva ou até participar da colheita das uvas (se a viagem for no outono).

É uma forma relaxante e autêntica de viver a Toscana além dos roteiros turísticos.

Veja alguns exemplos de experiências para viver na Toescana:

Preparado para fazer sua viagem de carro pela Toscana?

Viajar de carro pela Toscana foi um sonho realizado! As paisagens são de tirar o fôlego e vivemos pequenas descobertas a cada curva.

Com planejamento, é possível aproveitar vilarejos medievais, vinhedos e cidades históricas sem pressa, tornando a experiência inesquecível.

Se ficou mais alguma dúvida, comenta aqui embaixo que vamos ter prazer em te ajudar.

Continue planeja sua viagem para a Itália

A Toscana oferece experiências incríveis, não é mesmo? E se você gostou das nossas dicas, pode continuar planejando sua viagem pela Itália aqui no site!

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Lila Cassemiro
Klécia Marília Cassemiro (Lila) é fotógrafa, videomaker e editora de conteúdo no blog Fui Ser Viajante. Também é sommelier de cervejas, formada pelo Instituto Science of Beer. Viajante especialista em desenhar roteiros fora do óbvio e descobrir os segredos mais bem escondidos de cada destino.
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