Comidas típicas do Rio de Janeiro: pratos para provar na cidade
Mundialmente famoso por suas praias, paisagens e povo caloroso, o Rio de Janeiro também tem uma rica tradição gastronômica. As comidas típicas do Rio de Janeiro são reflexo direto da diversidade cultural e histórica da cidade.
Esses pratos tradicionais dentro da culinária carioca são fruto das influências indígenas, africanas, portuguesas e de outras culturas que contribuíram para formar a identidade carioca.
Quando estiver visitando a cidade, você pode aproveitar para experimentar alguns pratos típicos do Rio e assim mergulhar na alma da cidade, experimentando e entendendo mais sobre suas origens e história.
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Comida típica do Rio de Janeiro: os pratos mais tradicionais da gastronomia carioca
Feijoada carioca (com feijão preto)
A feijoada é talvez o prato mais representativo do Rio de Janeiro (e talvez até do Brasil).
É um prato robusto, feito com feijão preto e uma variedade de carnes, incluindo carne seca, costela, linguiça e orelha de porco, que é geralmente servido com arroz, couve refogada, farofa e laranja fatiada.
Trata-se de um prato afro-brasileiro que surgiu durante o período colonial, e hoje a feijoada representa mais que um prato, mas sim uma celebração da cultura e resistência afro-brasileira.
Nos restaurantes do Rio de Janeiro, a feijoada é tradicionalmente servida às quartas-feiras e sábados, mas é comum encontrar restaurantes que oferecem esse prato também em outros dias da semana.
A nossa dica de onde experimentar para ter uma ótima experiência é na Casa da Feijoada, em Ipanema. Ela fica na Rua Prudente de Morais, 10B.
Outra opção é a feijoada do Bar do Mineiro, em Santa Teresa (Rua Paschoal Carlos Magno, 99).
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Bolinho de Feijoada
O que não falta no Rio de Janeiro é criatividade, até na hora de criar novos petiscos. O bolinho de feijoada é um baita exemplo disso!
Esse petisco é uma das comidas típicas do Rio de Janeiro, que surgiu ao transformar um dos pratos mais tradicionais da culinária brasileira, em petisco de boteco.
O bolinho de feijoada é como se fosse uma feijoada inteira em uma mordida: leva feijão preto na massa, que é frita.
O bolinho é recheado com linguiça, bacon e couve, e pode vir acompanhado de uma dose de cachaça e uma porção de torresmo.
O petisco surgiu num dos bares mais tradicionais da cidade, o Aconchego Carioca na praça da Bandeira, mas a receita já se espalhou pela cidade e muitos bares incluíram esse bolinho tipicamente carioca no cardápio.
Picadinho
O picadinho é um prato simples e saboroso composto por carne picada, cozida lentamente com cebola, alho e molho.
Para completar o prato, ele é tradicionalmente servido com arroz branco, farofa crocante e um ovo frito com a gema mole, além de banana frita ou à milanesa e, em algumas versões, uma porção de feijão.
Sua origem também remonta aos tempos coloniais, quando os cortes menos nobres de carne eram aproveitados pelas classes menos favorecidas para criar refeições nutritivas e saborosas.
Com o passar do tempo, o picadinho ganhou popularidade em todo o Brasil, tornando-se um prato querido e frequentemente presente nos cardápios de restaurantes e botecos.
No Rio de Janeiro, o picadinho evoluiu para um verdadeiro ícone da gastronomia local, simbolizando a culinária simples e afetiva que é marca registrada da cidade.
Para provar um picadinho autêntico e delicioso, vá ao Booze Bar, na Av. Mem de Sá, 63 – Lapa.
Sanduíche de pernil e abacaxi
Esse sanduíche tradicional do Rio de Janeiro foi criado no Bar Cervantes, em Copacabana.
O Cervantes ficou famoso por seus sanduíches generosos e saborosos, e entre todos os sabores disponíveis, foi o sanduíche recheado com queijo, pernil e abacaxi que ganhou a maior fama!
Na receita original, o sanduíche é montado num pão de leite, e o toque especial fica por conta do abacaxi, que adiciona uma doçura única e refrescante aos recheios de carne.
O contraste entre a suculência das carnes, que pode ser tanto o pernil quanto o filé mignon, e a acidez doce do abacaxi faz desse sanduíche uma experiência gastronômica diferenciada e irresistível para cariocas e turistas.
O restaurante, fundado na década de 1950, se tornou um ponto de encontro e um símbolo da boemia carioca. Infelizmente o bar fechou na pandemia, mas foi reaberto em 2023, após ser adquirido pela rede Belmonte.
Só que a mudança de donos trouxe mudanças tanto no preparo da carne, quanto no pão usado no sanduíche, que agora é um pão de fermentação natural.
Você pode experimentar essa variação no Restaurante Cervantes (Av. Prado Júnior, 335 – Loja B – Copacabana), ou experimentar a receita original, que segue sendo preparada num restaurante não muito distante, o Parada de Copa (R. Barata Ribeiro, 450 – Copacabana).
Casas de sucos
As casas de suco são verdadeiras instituições no Rio de Janeiro, oferecendo sucos de frutas com as combinações mais variadas, uma verdadeira explosão de sabores tropicais e refrescantes que são amadas por cariocas e visitantes.
Com uma grande variedade de frutas frescas, como manga, maracujá, goiaba e graviola, essas casas são conhecidas por seus sucos naturais, que são preparados na hora e muitas vezes combinados de forma criativa.
Uma das mais famosas é a Bibi Sucos, que desde a década de 1990 vem se destacando pela qualidade de seus produtos e pela diversidade de opções saudáveis.
Outro destaque entre as casas de suco do Rio é o Polis Sucos, uma rede tradicional que se tornou um ponto de parada obrigatório para quem deseja se refrescar após um dia de praia ou de atividades ao ar livre.
Fundada na década de 1950, o Polis Sucos mantém uma forte ligação com a cultura carioca, oferecendo não só sucos, mas também sanduíches naturais e saladas de frutas.
Açaí
O açaí na tigela é um dos produtos mais amados pelos cariocas, e o jeito que ele é consumido na cidade é verdadeiramente um patrimônio da cidade.
Ao invés de misturado com farinha e camarões salgados, como acontece no norte do país, onde o açaí começou a ser consumido, no Rio de Janeiro o açaí ganhou uma versão doce e pra lá de incrementada.
Você pode pedir seu açaí na tigela ou no copão, com os mais diversos adicionais: granola, banana, mel, leite em pó, guaraná natural e muito mais.
É uma refeição energética e nutritiva, que celebra o estilo de vida carioca e se tornou amada pelos praticantes de exercício e muito consumida em diversas lanchonetes da cidade.
Bife com batata frita
Esse é um clássico universal que se tornou um prato figurinha carimbada dentro da culinária carioca. A combinação perfeita de carne e batatas é um exemplo da simplicidade que conquista pelo paladar.
No Rio de Janeiro, esse prato é preparado com um corte suculento de carne bovina, geralmente contrafilé ou alcatra, grelhado até alcançar um ponto de cozimento desejado e acompanhado por batatas fritas crocantes.
Muitas vezes, o bife é servido com um ovo frito de gema mole por cima, criando uma combinação deliciosa quando a gema se mistura com a carne e as batatas. Normalmente é acompanhado por arroz branco e feijão.
A origem do prato vem da culinária europeia, em especial a francesa e britânica, onde pratos similares se popularizaram durante o século XIX.
No Rio de Janeiro, a combinação foi adotada e adaptada ao longo do tempo, e hoje é uma refeição diária popular entre os cariocas.
Para saborear um delicioso bife com batatas, visite o Giuseppe Grill, na Av. Bartolomeu Mitre, 370 – Leblon
Filé à Oswaldo Aranha
Esse prato com nome curioso é tradicional no Rio de Janeiro. Na verdade, podemos dizer que o prato foi inventado aqui!
O nome é uma homenagem ao político e diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, conhecido por sua paixão por essa combinação específica de sabores.
Ele consiste em um filé mignon grelhado, coberto com uma generosa porção de alho frito e acompanhado por arroz, batata portuguesa e farofa.
A estrela do prato é o alho frito, que é salpicado por cima do filé, dando um sabor crocante e aromático que realça a carne.
O prato surgiu nos anos 1930, quando Oswaldo Aranha frequentava o Café Lamas, um dos restaurantes mais antigos e tradicionais do Rio de Janeiro.
Sua principal escolha culinária ficou tão popular que o restaurante passou a oferecer como um prato especial, batizado em sua homenagem.
Para provar o autêntico Filé à Oswaldo Aranha, visite o Café Lamas na Rua Marquês de Abrantes, 18a – Flamengo, que é nada menos que o lugar onde o prato ganhou fama e continua a ser preparado com o mesmo cuidado e respeito pela tradição.
Bolinho de Bacalhau
Uma perfeita combinação da culinária portuguesa e brasileira, resultando em um petisco que é crocante por fora e macio por dentro, recheado de sabor e história.
Essa iguaria deliciosa e tradicional encanta tanto cariocas quanto visitantes com seu sabor inconfundível e textura irresistível.
Os bolinhos de bacalhau são feitos de uma mistura de bacalhau dessalgado, cozido e desfiado, batata cozida e amassada, ovos, salsinha e cebola picada.
A massa resultante é moldada em pequenas porções ovais ou esféricas e frita até ficar dourada e crocante por fora, enquanto o interior permanece macio e suculento.
Como você deve imaginar, sua origem vem da culinária portuguesa, onde o bacalhau é um ingrediente central devido à sua abundância e facilidade de conservação.
Durante a colonização, o bacalhau e muitas receitas tradicionais portuguesas foram introduzidos na culinária do Rio de Janeiro, se fazendo presentes até hoje.
Hoje, os bolinhos são um dos petiscos mais queridos e representativos da culinária carioca, frequentemente servidos como entrada ou acompanhamento de uma cerveja gelada.
Para experimentar um autêntico e delicioso bolinho de bacalhau, visite o Bar Bracarense, na Rua José Linhares, 85 – Leblon.
Pastel de Feira
O pastel de feira é apreciado em todo Brasil, e não é diferente no Rio de Janeiro. Ele está presente em praticamente todas as feiras livres da cidade, sendo uma verdadeira instituição da cultura gastronômica carioca.
Se você vive numa caverna e nunca viu um pastel, trata-se de um tipo de salgadinho frito, feito de uma massa fina e crocante, recheada com uma variedade de ingredientes.
Os recheios mais comuns incluem carne moída bem temperada, queijo, palmito, camarão, frango com catupiry, e até doces como goiabada com queijo (Romeu e Julieta).
O contraste entre a crocância da massa fininha e a suculência dos recheios faz do pastel de feira um petisco irresistível, perfeito para ser saboreado acompanhado de um caldo de cana geladinho.
Só de lembrar, já dá água na boca!
Sua origem é um tanto incerta, mas acredita-se que ele tenha sido influenciado pela culinária chinesa, tendo sido adaptado também pelos imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil no início do século XX.
Inicialmente vendido em feiras livres, o pastel rapidamente ganhou popularidade por conta do sabor delicioso, preço acessível e praticidade.
No Rio, ele se tornou um item essencial nas feiras de rua, onde, para os cariocas, não há hora pra ser saboreado, seja no café da manhã, almoço ou lanche da tarde.
Para provar um autêntico pastel de feira, visite qualquer feira de rua no Rio de Janeiro, como a Feira da praça São Salvador aos sábados, a Feira da Rua General Glicério aos domingos (ambas em Laranjeiras), ou a Feira da Praça Nossa Senhora da Paz, às sextas-feiras em Ipanema.
Outra opção popular é a Feira da Glória que é conhecida como a maior feira livre do Rio de Janeiro e acontece aos domingos de 8h às 16h, na Av. Augusto Severo – Glória.
Frango assado de padaria
Esse é um verdadeiro clássico irresistível da culinária carioca, marcando presença em almoços de domingo e refeições práticas durante a semana.
Conhecido por seu sabor suculento e pele crocante, o frango assado de padaria é um ícone gastronômico do Rio de Janeiro.
Ele é preparado com um frango inteiro, que é marinado em uma mistura de alho, sal, pimenta, ervas frescas e suco de limão.
Após marinar, o frango é assado lentamente em fornos rotativos, que garantem um cozimento uniforme e uma pele dourada e crocante.
A carne fica incrivelmente macia e suculenta, com o sabor penetrante dos temperos.
O aroma que se espalha pelas padarias é irresistível e inconfundível, além do fato de que é hipnotizante ficar olhando os galetos girando… Os mais antigos chamam esses fornos de ‘televisão de cachorro’.
As padarias do Rio começaram a assar frangos inteiros para atender à demanda de refeições rápidas e saborosas. Com o tempo, essa prática se consolidou, até virar parte essencial da rotina alimentar da cidade.
Ele é especialmente popular aos domingos, quando famílias inteiras compram o frango assado para o almoço em casa, que costuma ter a casa cheia.
Quem quiser saborear um autêntico galeto, basta dar uma passadinha em qualquer padaria de bairro no Rio de Janeiro, especialmente aos fins de semana e vai encontrar frangos suculentos prontinhos para levar.
No entanto, para uma experiência diferenciada, o Galeto Sats, na Rua Barata Ribeiro, 7 – Loja D em Copacabana, é altamente recomendado.
Lá, o frango é preparado na brasa da churrasqueira, o que dá um sabor defumado e uma pele ainda mais crocante. Nós recomendamos bastante! Peça uma porção de farofa de ovo junto, é o combo perfeito!
Biscoito Globo e Mate
Vamos falar de ícones? O Biscoito Globo e o Mate são a cara das praias do Rio de Janeiro, simbolizando a simplicidade e a autenticidade da vida carioca à beira-mar.
Essa combinação é uma verdadeira instituição nas areias cariocas: um lanche refrescante e crocante para curtir um dia de praia.
Para quem não conhece, o Biscoito Globo é um biscoito de polvilho, leve e crocante, disponível nas versões salgada e doce. Ele é feito com ingredientes simples como polvilho, água, óleo e sal (ou açúcar na versão doce).
É assado até ficar leve e aerado, com uma textura que se desmancha na boca.
Por sua vez, o mate é uma bebida refrescante preparada a partir da infusão de erva-mate, servida gelada nesse caso e, geralmente, adoçada.
Vendido em garrafas térmicas por ambulantes nas praias, pode ser encontrado em duas versões: natural e com limão.
A combinação do biscoito crocante com a bebida geladinha cria uma experiência sensorial perfeita para os dias quentes de verão.
O Biscoito Globo chegou ao Rio de Janeiro por volta da década de 1950, uma criação da família Ponce.
Desde então, se tornou um símbolo da cultura carioca, sendo vendido nas praias, estádios de futebol e outros pontos turísticos da cidade.
O mate gelado, por outro lado, tem suas raízes na tradição sul-americana de consumir erva-mate, que foi adaptada para a versão gelada e adoçada, tornando-se popular nas praias do Rio de Janeiro a partir da década de 1970.
Para viver essa autêntica experiência carioca, basta ir a qualquer praia do Rio de Janeiro, como Copacabana, Ipanema ou Leblon.
Não tem erro e nem como não notar os vendedores com suas roupas chamativas e que normalmente anunciam seus produtos de uma forma bem fácil de identificar e muitas vezes até bem humorada.
Caldo Verde
Originário da região norte de Portugal, o caldo verde é uma receita que remonta ao século XV.
Tradicionalmente servido em festas e celebrações, ele foi trazido para o Brasil pelos colonizadores portugueses e rapidamente adaptado à culinária local.
Trata-se de uma sopa tradicional de origem portuguesa que conquistou os cariocas com todo seu sabor. Feito à base de batatas, couve e linguiça, o resultado é uma sopa espessa que dá um cheirinho que é uma delícia!
Temperado com alho, cebola, sal e azeite de oliva, o caldo verde é servido bem quente, o que parece meio contraditório no Rio de Janeiro, mas que inexplicavelmente cai muito bem, especialmente nas noites mais frescas.
Presente em diversas mesas e bares do Rio de Janeiro, essa iguaria é um exemplo perfeito de como a simplicidade dos ingredientes pode resultar em um prato delicioso.
Para experimentar um autêntico caldo verde no Rio de Janeiro, visite a Adega Pérola, na Rua Siqueira Campos, 138 – Copacabana.
O bar e restaurante é famoso por sua seleção de petiscos portugueses e oferece um caldo verde preparado com todo o cuidado e tradição.
Sopa Leão Veloso
A Sopa Leão Veloso surgiu no Rio de Janeiro durante os anos 1940, quando o embaixador e gourmet brasileiro Leão Veloso retornou de uma viagem à França, onde havia se encantado com a bouillabaisse, uma sopa tradicional de Marselha.
Inspirado por essa experiência, ele criou sua própria versão da sopa, adaptando-a aos ingredientes disponíveis no Brasil e às preferências de sabor locais.
A partir daí, a Sopa Leão Veloso se tornou um prato clássico da gastronomia carioca.
A sopa de frutos do mar combina peixe, crustáceos e temperos. Os peixes, camarões, lulas e mariscos são cozidos em um caldo de tomates, cebolas, alho, pimentões, e ervas como louro e coentro.
O caldo, geralmente enriquecido com azeite de dendê e leite de coco, dá à sopa uma textura aveludada e um sabor maravilhoso.
A quem quiser saborear a autêntica Sopa Leão Veloso, recomendamos o Restaurante Rio Minho, que fica Rua do Ouvidor, 10 – Centro.
A casa foi fundada em 1884, sendo um dos restaurantes mais antigos da cidade e que é conhecido por sua especialidade em frutos do mar.
Churrasco
Sabemos que o churrasco é uma instituição nacional no Brasil. Acredita-se que tenha surgido nos pampas da América do Sul, onde os gaúchos (pastores de gado) assavam carnes em fogo aberto.
Essa tradição se espalhou pelo país e evoluiu, ganhando variações regionais. Por isso, o churrasco no Rio Grande do Sul nunca será como o churrasco do Rio, nem em outras partes do Brasil.
No Rio de Janeiro, o churrasco ganha um toque especial, refletindo a tradição e a convivência dos cariocas.
Entre os cortes mais populares no Rio estão a picanha, maminha, costela, linguiça e coração de frango.
A carne é frequentemente acompanhada por farofa, vinagrete (ou melhor, ‘molho a campanha’ como é chamado no Rio), pão de alho, maionese, arroz e salada.
No Rio de Janeiro, o churrasco se popularizou nas churrascarias rodízio, um estilo de servir onde os garçons (churrasqueiros) trazem diferentes cortes de carne diretamente às mesas dos clientes.
Mas é claro que aquele churrascão com os amigos e família no quintal (até mesmo na laje) é muito mais divertido e em todo bairro rola pelo menos um a cada fim de semana, faça chuva ou faça sol.
Quem quiser uma experiência de churrascaria rodízio no Rio de Janeiro, é só visitar a Churrascaria Palace, na R. Rodolfo Dantas, 16 – Copacabana.
Angu
Conhecido em algumas regiões do país como ‘polenta’ (apesar dos pratos terem ligeiras diferenças) o angu é um prato tradicional que faz parte do patrimônio culinário do Rio de Janeiro.
Ele remete a raízes profundas na herança cultural da cidade, vindo de uma deliciosa mistura de influências.
O angu é feito a partir de fubá de milho, que é cozido lentamente com água e sal até atingir uma consistência cremosa e homogênea.
Normalmente é servido acompanhado de um molho à base de carne, como carne moída, carne de porco ou frango, que são cozidos com temperos como alho, cebola e pimentão.
O prato teve origem no período colonial brasileiro, quando a cozinha das pessoas negras escravizadas começou a se misturar com os ingredientes e técnicas europeias e indígenas.
O fubá de milho era um ingrediente barato e acessível, o que o tornou uma base alimentar importante para as classes trabalhadoras.
No Rio de Janeiro, o angu se popularizou especialmente nas áreas mais humildes, mas acabou virando um prato tradicional da comida de raiz carioca.
Hoje em dia ganhou variações e refinamentos, mas sempre manteve sua essência como um prato de sustância e conforto.
Para experimentar um autêntico e delicioso angu no Rio de Janeiro, é essencial uma visita ao Angu do Gomes, na Rua Sacadura Cabral, 75 – Saúde (sim, esse é o nome do bairro).
Um estabelecimento histórico, fundado em 1955, que é famoso por servir o melhor angu da cidade, mantendo a tradição e a receita original que conquistaram gerações de cariocas.
Empada de Camarão
A empada surgiu na cozinha portuguesa, trazida ao Brasil durante o período colonial. Originalmente, eram recheadas com diversos ingredientes, como frango, palmito e camarão, refletindo a diversidade da culinária luso-brasileira.
Por mais que existam diferentes sabores e que seja apreciada em várias partes do país, a empada de camarão é uma das delícias mais apreciadas da culinária carioca.
No Rio de Janeiro, a empada de camarão ganhou popularidade devido à abundância de frutos do mar na região e ao paladar dos cariocas.
Ela é perfeita para um lanche rápido ou para acompanhar um café, sendo encontrada em confeitarias e padarias por toda a cidade.
A empada de camarão é feita com uma massa quebradiça e dourada, preparada com farinha de trigo, manteiga e uma pitada de sal, que se desfaz na boca.
O recheio é composto por camarões cozidos em um molho cremoso, geralmente à base de leite, com um toque de farinha de trigo para dar consistência.
O molho é temperado com alho, cebola, pimentão, tomate, coentro e, ocasionalmente, um pouco de pimenta para dar um leve toque picante.
O sabor do camarão se destaca, harmonizado com a cremosidade do molho e o crocante da massa.
Para provar uma empada de camarão autêntica e saborosa, a Confeitaria Colombo, na Rua Gonçalves Dias, 32 – Centro, é um destino obrigatório.
Fundada em 1894, esta confeitaria histórica é conhecida por seus quitutes tradicionais e ambiente elegante. Já a recomendamos por aqui quando falamos sobre onde tomar café da manhã no Rio, por exemplo.
Outra empada muito boa e tradicional é a do Restaurante Salete (R. Afonso Pena, 189 – Tijuca).
Podrão
Acredite, o “podrão” é um fenômeno da gastronomia de rua carioca, conhecido por sua generosidade e sabor marcante.
Por mais que possa soar estranho, até pouco convidativo para ouvidos destreinados, esse termo carinhoso é usado para descrever os lanches robustos vendidos em barracas e trailers espalhados pela cidade.
O podrão, em geral, é um sanduíche que pode ser recheado com uma variedade de ingredientes, mas geralmente inclui hambúrgueres, salsichas, frango, carne moída, ou carne assada.
O que realmente define um podrão é a abundância de acompanhamentos e condimentos: batata palha, bacon, queijo derretido, milho, ervilha, alface, tomate, molho rosé, maionese, ketchup e mostarda.
Na verdade, o que mais der na telha do vendedor e às vezes até do freguês.
O podrão começou a ganhar fama no Rio de Janeiro nas décadas de 1980 e 1990, quando os food trucks (que obviamente não eram chamados assim naquela época) e barracas de lanche se tornaram mais comuns na cidade.
Originalmente, esses lanches eram uma opção rápida e barata para trabalhadores e estudantes que precisavam de uma refeição substancial a qualquer hora do dia ou da noite.
O nome “podrão” surgiu como brincadeira, devido à aparência desordenada e ao tamanho extravagante dos lanches, mas o termo logo se transformou em um símbolo de afeto.
Hoje, o podrão é uma parte integral da cultura carioca, apreciado por pessoas de todas as idades e até mesmo classes sociais.
Para provar um podrão de responsa (como diria um bom millennial carioca), uma visita a Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é essencial.
Este bairro é famoso por suas barracas de podrão, especialmente a famosíssima batata de Marechal, que é um clássico local. O endereço da Batata de Marechal é: Rua João Vicente, 1543.
Rabanada
A rabanada tem suas raízes na Europa, particularmente em Portugal e Espanha, onde pratos semelhantes são conhecidos como “fatias douradas” ou “torrijas”.
A receita foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses e rapidamente se adaptou aos ingredientes e gostos locais.
É uma sobremesa tradicionalmente associada à época do Natal no Brasil, mas sua delícia atemporal faz com que seja apreciada ao longo do ano.
Muito além do Rio de Janeiro, a tradição de preparar rabanadas durante o Natal se consolidou e se espalhou por todo o país, especialmente nas regiões com forte influência portuguesa, como é o caso do Rio de Janeiro.
Na Cidade Maravilhosa, a rabanada é um clássico querido, trazendo o sabor nostálgico das comemorações familiares e das receitas passadas de geração em geração.
Ela é feita com fatias de pão amanhecido (ou dormido, como normalmente se fala no Rio), que são embebidas em uma mistura de leite, açúcar e canela, e depois passadas em ovos batidos antes de serem fritas até dourar.
O resultado é uma fatia crocante por fora e macia por dentro, com um sabor doce e aromático que combina perfeitamente com um toque de canela.
A rabanada pode ser servida quente ou fria, mas se perguntar a um carioca é bom provável que você ouça que a melhor rabanada é do dia seguinte ao que ela é feita.
Para experimentar uma boa rabanada no Rio de Janeiro, também recomendamos a Confeitaria Colombo, no Centro (que citamos há pouco).
Quindim
O quindim é uma sobremesa tradicional brasileira que encanta com sua textura sedosa e sabor adocicado e marcante.
No Rio de Janeiro, este doce é especialmente apreciado, refletindo a herança afro-brasileira e a fusão de culturas tão presente na culinária carioca.
Ele é feito a partir de uma mistura simples, porém deliciosa, de gemas de ovo, açúcar e coco ralado. Aí é só assar até que se forme uma camada dourada e caramelizada no topo, enquanto o interior continua cremoso e suave.
O sabor é intensamente doce, com uma textura que derrete na boca e um toque de coco que equilibra a doçura.
A cor vibrante amarela do quindim vem das gemas, e o contraste entre o topo caramelizado e o interior cremoso é de dar água na boca só de olhar.
Geralmente ele é moldado em pequenas porções individuais, o que o torna perfeito para ser apreciado em qualquer ocasião.
Também é um prato original da culinária afro-brasileira, surgindo a partir da combinação de técnicas e ingredientes trazidos pelas pessoas africanas que foram escravizadas durante a época do Brasil colonial.
A receita também tem influência da doçaria portuguesa, que utiliza muitas gemas de ovo em suas preparações. A adição do coco, um ingrediente nativo das regiões tropicais do Brasil, deu ao quindim sua identidade única.
O nome “quindim” é derivado de uma palavra de origem de idiomas nativos africanos que significa “encanto” ou “dengo”, refletindo o carinho e a sofisticação envolvidos na sua preparação.
Se quiser se deliciar com um autêntico quindim no Rio, a Confeitaria Manon, na Rua do Ouvidor, 187 – Centro, é uma excelente escolha.
A confeitaria histórica foi estabelecida em 1942 e é conhecida por suas sobremesas tradicionais e ambiente acolhedor.
As influências da gastronomia do Rio de Janeiro
Desde os tempos coloniais, o Rio de Janeiro tem sido um ponto de encontro de diferentes culturas e sabores.
Cada prato típico do Rio de Janeiro conta uma história sobre os diferentes povos e culturas que se encontraram na cidade ao longo dos anos.
E cada um oferece uma experiência única, sendo uma verdadeira viagem pelos sabores e tradições da cidade.
Seja em um restaurante à beira-mar, em um boteco tradicional ou nas feiras de rua, os pratos típicos cariocas precisam fazer parte da sua imersão na cultura da cidade.
Por isso, quando estiver passeando por aqui, faça questão de experimentar alguns desses sabores.
Onde ficar no Rio de Janeiro: hotéis que valem a pena
- Hospedagens caprichadas (diárias acima de R$1000):
- Hospedagens com diárias entre R$401 e R$999:
- Hospedagens com bom custo benefício (diárias até R$400):
- Hospedagens econômicas (diárias até R$300):
- Hostels
Qual sua comida típica do Rio de Janeiro favorita?
Se você gostou da nossa lista de comidas típicas para provar no Rio de Janeiro, deixa um comentário aqui pra gente!
Queremos saber quais são os seus pratos favoritos ou as melhores experiências gastronômicas que você já teve no Rio de Janeiro. Deixe seu comentário e vamos trocar dicas e histórias saborosas!
Salve a lista e experimente esses comidas típicas do Rio de Janeiro:
- Feijoada carioca (feijão preto)
- Bolinho de feijoada
- Picadinho
- Sanduíche de pernil com abacaxi
- Casas de sucos
- Açaí
- Bife com batata frita
- Filé a Oswaldo Aranha
- Bolinho de Bacalhau
- Pastel de Feira
- Frango assado de padaria
- Biscoito Globo e Mate
- Caldo Verde
- Sopa Leão Veloso
- Churrasco
- Angu
- Empada de Camarão
- Podrão
- Rabanada
- Quindim
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