20 igrejas de Roma que você precisa visitar (com mapa e dicas práticas)
Gosto de pensar que Roma é uma cidade-museu, com obras de arte por toda parte. E grande parte dessa riqueza está dentro das igrejas de Roma. Sabia que existem mais de 900 espalhadas pela cidade?
Caminhando por qualquer bairro de Roma, é possível encontrar lado a lado templos grandiosos e pequenos oratórios escondidos.
Ao entrar, a gente quase sempre acaba se surpreendendo ao dar de cara com verdadeiras galerias de arte, com obras de Michelangelo, Bernini, Caravaggio e tantos outros mestres.
E o melhor: a maior parte das igrejas de Roma podem ser visitadas gratuitamente!
Neste guia, vou te falar sobre as igrejas de Roma que mais valem a visita, das mais famosas às menos conhecidas. No final, tem mapa e dicas práticas para montar o seu roteiro em Roma.
Vamos explorar juntas essas joias sagradas que fazem de Roma uma cidade inesgotável para quem ama arte, arquitetura e história?
As igrejas mais bonitas de Roma
Aqui trago as igrejas de Roma que são cartões-postais: com lindos detalhes de arquitetura, projetos de simetria, e cenários clássicos de Roma. São perfeitas para colocar no roteiro de quem quer tirar belas fotos nas igrejas mais bonitas de Roma.
Igreja de Sant’Ignazio di Loyola
Uma das igrejas mais impressionantes (e mais fotografadas) de Roma. É aquela famosa onde você deposita um euro para ativar um espelho e ver de perto o teto deslumbrante.
Construída entre 1626 e 1650, Sant’Ignazio di Loyola é um ícone do barroco romano. Foi projetada por Orazio Grassi e dedicada a Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. Fica bem perto do Panteão de Roma.
A fama dessa igreja vem principalmente por conta do seu teto, criado por Andrea Pozzo. Ele criou uma pintura em perspectiva, que faz o teto parecer infinitamente mais alto do que realmente.
No chão, há o ponto ideal para observar o teto, onde foi colocado um espelho, que é iluminado mediante o depósito de 1 euro (somente moeda, e sem troco). Normalmente, se forma uma fila.
Outro detalhe incrível sobre a história da Igreja de Sant’Ignazio di Loyola é que, na época da sua construção, faltou verba para construírem uma cúpula. Então Pozzo pintou uma falsa cúpula no teto, criando uma ilusão perfeita.
Além do teto, quando visitar a igreja repare nos afrescos sobre o triunfo da fé cristã e nos detalhes dourados da nave central, que mostram toda a exuberância do barroco em Roma.
Onde fica? Piazza S. Ignazio, 00186 Roma.
Funcionamento: todos os dias, das 9h às 11:30h.
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Trinità dei Monti
Essa igreja é praticamente um cartão-postal de Roma, já que está no alto da famosa Escadaria da Piazza di Spagna (Praça da Espanha).
Da varanda em frente à igreja, você pode apreciar uma das vistas mais bonitas de Roma. E se visitar Roma na primavera, pode admirar a beleza dos degraus da escada decorados com flores.
A igreja Trinità dei Monti (Igreja da Santíssima Trindade dos Montes) foi construída no final do século XV por ordem do rei da França, e pertence até hoje à comunidade francesa.
Eu precisei visitar Roma várias vezes para conseguir encontrar essa igreja aberta, e quando consegui, não perdi a oportunidade de espiar como ela é por dentro.
A arquitetura mistura elementos góticos e renascentistas, com afrescos de Daniele da Volterra, discípulo de Michelangelo, e que em muitos momentos lembra o estilo do seu mestre. Especial destaque para Assunção da Virgem e Deposição da Cruz.
Outras obras interessantes que você pode conferir dentro dessa igreja de Roma são o Batismo de Cristo e cenas da vida de São João Batista, de Giambattista Naldini, e a Crucificação de Cristo, no altar-mor, de Cesare Nebbia.
Ah, e vale prestar atenção também na parte de baixo da escadaria, onde está a famosa Fontana della Barcaccia, esculpida pelos Bernini (o pai e o filho), e o Obelisco Salustiano, que veio trazido do Egito e está ali desde 1789.
Onde fica? Piazza della Trinità dei Monti, 3, 00187 Roma
Funcionamento: quinta a terça, das 10h15 às 19:30h, quarta-feira, das 12h às 19h30.
Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli, as igrejas gêmeas da Piazza del Popolo
De um lado, Santa Maria in Montesanto (1675); do outro, Santa Maria dei Miracoli (1678). As duas parecem idênticas, mas têm diferenças sutis, adaptadas ao formato oval da praça.
As chamadas igrejas-gêmeas da Piazza del Popolo (Praça do Povo) são um grande atrativo, por conta da sua posição e arquitetura.
Foram construídas durante o século XVII a pedido do Papa Alexandre VII, como parte do grande plano urbanístico da Piazza del Popolo.
Os trabalhos foram iniciados por Carlo Rainaldi e terminados por Bernini, e inicialmente as duas igrejas tinham plantas idênticas.
Mas algumas diferenças no espaço disponível para construção levaram a adaptações no projeto. Por conta disso, existem diferenças arquitetônicas bem sutis entre as igrejas.
Como passatempo, vale se demorar na praça tentando encontrar as diferenças arquitetônicas das duas igrejas. Vai ser como um jogo de sete erros!
E mais uma dica: não deixe de entrar nas igrejas e dar uma boa olhada nos detalhes arquitetônicos e obras de arte maravilhosos dos interiores das duas igrejas!
Santa Maria dei Miracoli
Onde fica? Via del Corso, 528, 00186 Roma
Funcionamento: segunda a sexta, das 5h30 às 19:30h, domingo, das 11h30 às 13h30. Fechado aos sábados.
Santa Maria in Montesanto
Onde fica? Piazza del Popolo, 18
Funcionamento: todos os dias, 7h às 13h, 14h às 19h.
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Igrejas de Roma com obras de arte famosas
Essas igrejas de Roma são verdadeiras galerias de arte sacra, com pinturas de Caravaggio, esculturas de Bernini e afrescos de mestres da história da arte pra você pode conhecer de graça!
- Santa Maria del Popolo (Caravaggio, Bernini, Rafael)
- San Luigi dei Francesi (Caravaggio)
- Santa Maria sopra Minerva (Michelangelo)
- São Pedro in Vincoli (Moisés de Michelangelo)
- Santa Maria della Pace (Rafael)
Igreja Santa Maria del Popolo
Logo na entrada da Piazza del Popolo (Praça do Povo), está a Igreja Santa Maria del Popolo, Igreja de Santa Maria do Povo, construída em 1472, sobre um antigo mausoléu romano, onde segundo as lendas romanas ficava o túmulo do imperador Nero.
A igreja fica bem ao lado da Porta del Popolo, um antigo portão na Muralha Aureliana, que dava acesso à Roma Antiga.
Dizem que ali existia uma nogueira, de onde saíam espíritos e corvos, até que o papa Pascoal II mandou cortar a árvore e construir uma capela no local.
A igreja passou por muitas reformas e a arquitetura barroca que vemos hoje na fachada foi trabalho de Gian Lorenzo Bernini.
No seu interior, há várias obras de arte, como os afrescos de Pinturicchio, a ‘Assunção da Virgem’, de Carracci, arquitetura de Rafael Sanzio, esculturas de Bernini.
Mas entre tantas joias, há duas capelas que merecem destaque: as capelas Cerasi e Chigi.
Na primeira, você vai encontrar a obra “Assunção da Virgem”, de Annibale Carracci, no altar principal, ladeado por dois lindos quadros de Caravaggio, a “Conversão de São Paulo” e a “Crucificação de São Pedro”.
As obras ficam no escuro, e é preciso pagar dois euros para alguns segundos de luz sobre as telas. Não consigo esquecer o momento em que vi os quadros se iluminando!
Aquelas obras históricas e magníficas surgindo na minha frente… Como não sonhar com o momento de ver duas impressionantes pinturas do gênio Caravaggio, assim lado a lado?
Fiquei por lá por algum tempo e sempre apareceu alguém para pagar 2 euros e ‘iluminar’ as telas, por isso com um pouco de paciência você pode economizar e ver as obras de novo e novo.
Já na capela Chigi, projetada por Rafael, há esculturas de Bernini.
Isso mesmo: uma igreja de Roma com obras de vários gênios da história da arte, e com visita gratuita.
Onde fica? Piazza del Popolo, 12, 00187 Roma
Funcionamento: Segunda a sábado, das 8h30-9h45, 10:30-12h, 16h-18h. Domingo, das 16h30-18h
Igreja de San Luigi dei Francesi
Pertinho da Piazza Navona, essa igreja é muito legal para incluir no seu roteiro em Roma se você ama arte.
Construída no século XVI para a comunidade francesa, o interior segue o estilo barroco, com muito dourado e mármore, mas o grande destaque está na Capela Contarelli.
Ali, estão reunidas três obras-primas de Caravaggio, dedicadas a São Mateus: A vocação de São Mateus, São Mateus e o anjo e O martírio de São Mateus.
As pinturas estão no lugar original para o qual foram criadas, e a iluminação natural reforça os contrastes de luz e sombra que são a marca registrada do trabalho do artista.
Onde fica? Piazza di S. Luigi de’ Francesi, 00186 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 9h30-12h30, 14h30-18h30.
Santa Maria sopra Minerva
Essa é a única igreja gótica de Roma. Por fora, é discreta; por dentro, surpreende com colunas azuladas e elegantes, completamente diferente da estética barroca que domina a cidade.
Foi construída sobre o antigo templo de Minerva, a deusa romana da sabedoria, daí o nome sopra Minerva (“sobre Minerva”).
O edifício atual começou a ser erguido no século XIII e guarda obras de grande valor, como o Cristo Ressuscitado de Michelangelo e os afrescos de Fra Angelico.
Na entrada, está um dos símbolos mais queridos de Roma: o elefantinho de Bernini carregando um obelisco egípcio, uma combinação improvável que sempre atrai olhares curiosos.
Onde fica? Piazza del Popolo, 12, 00187 Roma
Funcionamento: Segunda a sexta, das 16h-19h30. Sábado e domingo, 10h30-13h, 14h-19h30.
Basílica de São Pedro in Vincoli
Conhecida por abrigar o Moisés de Michelangelo, uma das esculturas mais impressionantes do artista.
A igreja foi construída no século V para guardar as correntes (“vincoli”) que, segundo a tradição, prenderam São Pedro em Jerusalém.
O Moisés faz parte do túmulo do papa Júlio II e é considerado uma das obras mais poderosas de Michelangelo. O olhar da estátua parece vivo.
Onde fica? Piazza di San Pietro in Vincoli, 4/A, 00184 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 7h30 às 12h20, e 15h às 17h50
Igreja Santa Maria della Pace
Uma das igrejas mais charmosas (e menos conhecidas) do centro histórico de Roma. Fica escondida atrás da Piazza Navona, numa pracinha tranquila, e é um verdadeiro achado para quem ama arte renascentista.
A atual fachada barroca foi projetada por Pietro da Cortona no século XVII, mas a igreja original é de 1480, construída por ordem do papa Sisto IV.
O interior é repleto de mármores coloridos e pinturas de grandes mestres, e o pátio anexo, desenhado por Bramante, também é um tesouro do centro de Roma.
Mais o destaque principal é a Capela Chigi, com afrescos de Rafael. Você pode, gratuitamente, apreciar um dos trabalhos mais delicados e luminosos do artista.
Onde fica? Arco della Pace, 5, 00186 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 9:30h às 18h.
Igrejas barrocas de Roma
O barroco é o estilo arquitetônico que predomina entre as igrejas de Roma: interiores repletos de detalhes, tetos ilusionistas e cúpulas monumentais. São as igrejas que você visita e fica impactado, sabe?
Inclusive, existe um free tour por igrejas barrocas em Roma, que passa por algumas dessas joias e revela detalhes curiosos da arte sacra romana.
- Igreja de Sant’Agnese in Agone
- Chiesa del Gesù
- Sant’Andrea della Valle
- Sant’Ignazio di Loyola
- Igreja de San Luigi dei Francesi
Igreja de Sant’Agnese in Agone
De frente para a Piazza Navona, Sant’Agnese in Agone é uma das igrejas maiores representantes do barroco romano.
Foi projetada por Francesco Borromini, rival de Gian Lorenzo Bernini. Curiosamente há uma obra de Bernini bem em frente à igreja, a Fonte dos Quatro Rios na Piazza Navona.
Dizem que a estátua do Rio da Prata, com a mão levantada, estaria se “protegendo” da fachada da igreja, como uma alfinetada simbólica entre os dois gênios do barroco (mas a cronologia das construções desmente essa lenda, a fonte foi construída antes).
A igreja foi construída no século XVII no local onde, segundo a tradição, Santa Inês foi martirizada.
A lenda conta que, após se recusar a renunciar à fé cristã, a jovem foi exposta nua no estádio de Domiciano, mas milagrosamente seus cabelos cresceram para cobri-la.
O interior é ricamente decorado, com mármores, afrescos e uma linda cúpula, e a visita é gratuita.
Como adicional, é possível pagar ingresso para visitar a cripta, que abriga o relicário com o crânio de Santa Inês.
Onde fica? Via di Santa Maria dell’Anima, 30/A, 00186 Roma
Funcionamento: terça a sexta, das 9h às 13h, e 15h às 19h, sábado e domingo, das 9h às 13h, e 15h às 20h. Fechada às segundas.
Chiesa del Gesù
A “mãe” das igrejas jesuítas e uma das obras-primas do barroco romano. Construída em 1568, foi financiada por São Francisco Xavier e projetada por Vignola, com decoração espetacular de Giovanni Battista Gaulli (Baciccio).
O teto da “igreja de Jesus” é um dos mais impressionantes de Roma: a pintura O Triunfo do Nome de Jesus parece romper o teto e projetar as figuras para fora, um dos melhores exemplos da ilusão barroca.
A Chiesa del Gesù serviu de modelo para centenas de igrejas jesuítas no mundo, e continua sendo um dos interiores mais impactantes entre as igrejas de Roma.
Onde fica? Piazza del Gesù, 00186 Roma
Funcionamento: segunda a sábado, das 7h30 às 12h, e 16h30 às 19h30. Domingo, das 7h30 às 12h, e 16h30 às 20h.
Basilica di Sant’Andrea della Valle
Um dos grandes exemplos do barroco romano, essa igreja marca o início do estilo que depois dominaria a cidade.
Foi construída no final do século XVI para a ordem dos Teatinos, com projeto de Giacomo della Porta e Carlo Maderno, o mesmo arquiteto da fachada da Basílica de São Pedro.
O interior impressiona pela cúpula monumental, a terceira mais alta de Roma, decorada com afrescos de Lanfranco e Domenichino, mestres do início do barroco.
As pinturas representam a glória de Santo André, com cenas que parecem ganhar movimento à medida que o visitante se aproxima do altar.
Além da arte, Sant’Andrea della Valle tem um lugar curioso na cultura popular: parte da ópera Tosca, de Puccini, se passa exatamente dentro dessa igreja.
Onde fica? Corso Vittorio Emanuele II, 00186 Roma
Funcionamento: domingo a sexta, das 9h às 19h. Sábado, das 12h às 20h.
Basílicas papais e igrejas históricas de Roma
Santa Maria Maggiore
Uma das quatro basílicas papais e uma das igrejas mais grandiosas de Roma. Construída no século V, mistura estilos paleocristão, românico e barroco.
Segundo a tradição, a igreja foi erguida no local onde caiu uma nevasca milagrosa em pleno verão romano, um evento que o papa viu em sonho e interpretou como sinal divino para construir uma igreja bem ali.
Os mosaicos bizantinos da nave central e do arco triunfal são dos mais antigos e bem preservados de Roma, representando cenas do Antigo Testamento e da vida da Virgem Maria.
Onde fica? P.za di Santa Maria Maggiore, 00100 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 7h-18h30.
San Giovanni in Laterano
É a catedral de Roma e a mais antiga das basílicas papais, consagrada no ano 324. Foi a residência dos papas durante séculos, antes do Vaticano.
A fachada monumental e o interior barroco impressionam, com estátuas gigantes dos apóstolos e um teto dourado deslumbrante. No altar, estão relíquias atribuídas a São Pedro e São Paulo.
Do outro lado da rua, vale visitar a Scala Santa, a escadaria que, segundo a tradição, foi trazida de Jerusalém e teria sido usada por Cristo no julgamento de Pilatos.
Onde fica? P.za. San Giovanni In Laterano, 00184 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 7h às 18h30.
Santa Maria degli Angeli e dei Martiri
A Igreja de Santa Maria dos Anjos foi uma das igrejas romanas mais impressionantes que visitei.
A arquitetura é obra do gênio Michelangelo. E como era de se esperar, Michelangelo surpreendeu.
Inaugurada em 1561, a igreja foi construída sobre as ruínas das Termas de Diocleciano. Michelangelo não destruiu, mas pelo contrário, adaptou.
A igreja conserva a estrutura monumental das termas romanas, integrando colunas, arcos e espaços abobadados originais, o que resulta em um interior grandioso!
Os espaços são extremamente simétricos (como não amar?). A nave da igreja tem uma forma de cruz monumental, com as pontas ostentando capelas cúbicas.
Essa igreja é um exemplo impressionante de como a cidade de Roma foi construída em camadas, séculos sobre séculos de história.
Eu sei que o teto é impressionante e você vai passar boa parte do tempo olhando pra cima, mas vale também reservar um tempo para espiar o chão dessa igreja romana: ali tem uma curiosidade arquitetônica!
A ‘Linha Meridiana’, uma linha de 45 metros, feita de bronze e mármore branco, que serve para medir o progresso do sol ao longo do ano, determinando com precisão, por exemplo, a chegada da Páscoa.
Exatamente ao meio-dia solar (que varia um pouco ao longo do ano, segundo nossa medida de tempo), a luz do sol atravessa um pequeno orifício na parede e ilumina diretamente a Linha Meridiana.
No solstício de verão, com o sol no mais alto do céu, o raio de sol ilumina a linha no ponto mais perto da parede. No solstício de inverno, o sol ilumina o ponto mais afastado dela.
Além de medir a posição do sol, também foram adicionados orifícios para medir a passagem das estrelas. Sob certas circunstâncias, é possível observar Polaris, Arcturus e Sirius com telescópios, de dentro da igreja.
Tem com não ficar encantado com uma coisa assim?
Onde fica? P.za della Repubblica, 8, 00185 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 8h às 13h, e das 14h-19h.
Igrejas mais antigas e históricas de Roma
Essas igrejas vão te levar para uma viagem no tempo, revelando camadas da Roma antiga: templos erguidos sobre ruínas romanas, basílicas construídas nos primeiros séculos, praticamente uma aula de arqueologia em Roma.
Santa Maria in Trastevere
No bairro mais boêmio de Roma, essa é uma das igrejas mais antigas da cidade, datada do século III.
O interior é dominado por mosaicos dourados de inspiração bizantina, especialmente os que representam a Virgem e Cristo entronizados.
A fachada com colunas antigas e o campanário medieval compõem uma das cenas mais fotogênicas do Trastevere. Dentro, as luzes suaves destacam os mosaicos.
Onde fica? Piazza di Santa Maria in Trastevere, 00153 Roma
Funcionamento: de segunda a sexta, das 7h30-20h30, sábado e domingo, das 7h30-20h.
Santa Maria in Cosmedin
Essa igreja de Roma foi construída no século VIII, sobre as ruínas de um antigo templo romano. É uma das igrejas mais antigas dessa lista, e é bem diferente de todas as igrejas que falamos até então.
Seu nome vem do termo grego kosmidion, que significa “belo ornamento”. O interior tem colunas antigas reaproveitadas de templos e um mosaico bizantino do século VIII no altar principal.
Ela tem sua beleza, e uma cripta medieval que também tem um grande valor histórico, mas não dá pra dizer que essa é uma igreja majestosa em sua arquitetura.
Mesmo assim, merece entrar na lista porque é nessa igreja que está um dos artefatos históricos mais famosos de Roma: a lendária Boca da Verdade, que fica na área externa coberta.
Muita gente nem chega a visitar o interior da igreja. Entra na fila, tira a foto com a Boca da Verdade, e vai embora. Mas aproveite que foi até lá, e espie a igreja por dentro, incluindo a cripta. A história está por toda parte.
Onde fica? Piazza della Bocca della Verità, 18, 00186 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 9h30 às 18h
Basílica de Santo Estêvão Redondo (San Stefano Rotondo)
Uma das igrejas mais curiosas de Roma, por seu formato circular, inspirado no Santo Sepulcro de Jerusalém. Foi construída no século V e é uma das mais antigas basílicas de planta central da cidade.
No interior, há afrescos do século XVI retratando o martírio dos primeiros cristãos, uma arte forte e pouco conhecida do grande público.
Onde fica? Piazza della Bocca della Verità, 18, 00186 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 9h30 às 18h
Basílica de Santa Praxedes
Pequena e discreta, essa igreja passa despercebida de quem passa em frente. Mas quando você entra, é surpreendido por mosaicos de tirar o fôlego.
A Basílica de Santa Praxedes foi construída no século IX e dedicada à santa romana Praxedes, filha de uma família cristã da Antiguidade.
O destaque é a Capela de São Zenão, com mosaicos bizantinos dourados lindos demais. E na igreja também é possível ver algumas relíquias, como um pedaço da coluna da flagelação de Cristo.
É uma das igrejas mais surpreendentes de Roma.
Onde fica? Via di Santa Prassede, 9/a, 00184 Roma
Funcionamento: todos os dias, das 9h às 12h30, e das 15h às 18h
Basílica de São Clemente
Um dos lugares mais interessantes de Roma para quem gosta de história. A basílica atual, do século XII, foi construída sobre uma igreja mais antiga, que por sua vez estava sobre uma casa romana do século I.
No subsolo, é possível visitar essas camadas arqueológicas. O mosaico do ábside, com a representação simbólica da cruz, é uma das obras-primas do período medieval romano.
Onde fica? Piazza di S. Clemente, 00184 Roma
Funcionamento: de segunda a sábado, das 9h às 12h30, e das 14h às 18h. Domingo, das 12h às 18h.
Mapa com as principais igrejas de Roma
Outras igrejas para visitar em Roma
Roma tem tantas igrejas incríveis que seria impossível listar todas em um só post.
Algumas outras igrejas de Roma que não citei, mas valem colocar no seu roteiro, se tiver tempo, são a Sant’Andrea al Quirinale, com um lindo interior barroco, e Santa Cecilia in Trastevere, famosa pelos mosaicos e cripta.
Vale a pena destacar também San Lorenzo fuori le Mura, uma das basílicas mais antigas da cidade, e Sant’Agnese fuori le Mura, ligada à mesma santa da igreja da Piazza Navona.
E, claro, o Panteão, que tecnicamente é uma igreja católica, Santa Maria ad Martyres, mas sua arquitetura preserva a história de quando o edifício foi construído como templo pagão – você pode ler toda a história do Panteão aqui.
Dicas para visitar as igrejas de Roma
Visitar as igrejas de Roma exige atenção principalmente ao código de vestimenta, que é levado bem a sério, especialmente nas igrejas mais famosas: ombros e joelhos devem estar cobertos.
Leve sempre um lenço ou echarpe na mochila, é o truque mais prático para entrar em todas as igrejas sem problemas.
Para aproveitar melhor, confira nosso mapa e monte seu roteiroconectando as igrejas próximas umas das outras.
Por exemplo, dá para começar pela Piazza del Popolo, seguir até a Sant’Ignazio di Loyola e terminar na região da Piazza Navona. Assim, você visita várias obras-primas sem precisar de transporte.
Perguntas frequentes sobre as igrejas de Roma
Difícil escolher só uma, mas a Igreja de Sant’Ignazio di Loyola costuma levar o título. O teto pintado por Andrea Pozzo cria uma ilusão de ótica incrível. Outras muito fotografadas são a Trinità dei Monti, no alto da escadaria da Praça da Espanha, e a Sant’Agnese in Agone, na Piazza Navona.
A Basílica de São João de Latrão é considerada a mais antiga, consagrada no ano de 324 d.C. É também a catedral de Roma e uma das quatro basílicas papais da cidade.
Sim! A maior parte das igrejas de Roma tem entrada gratuita, inclusive aquelas com obras-primas de artistas como Caravaggio e Bernini. Algumas poucas cobram uma taxa simbólica para visitar áreas específicas (cripta, cúpula ou museu).
As mais conhecidas são a Igreja de San Luigi dei Francesi, com três telas sobre São Mateus, e a Santa Maria del Popolo, que abriga duas pinturas: A Crucificação de São Pedro e A Conversão de São Paulo.
Sim. Ombros e joelhos devem estar cobertos em todas as igrejas. Levar um lenço leve é a solução prática para não ser barrado.
No centro histórico dá para fazer um roteiro a pé ligando a Piazza del Popolo, a Sant’Ignazio di Loyola, o Panteão e a Piazza Navona.
Sim, há esse free tour temático pelas igrejas barrocas, ideais para quem quer entender o contexto histórico e artístico de cada obra. Também é possível agendar visitas com guias especializados em arte sacra.
Na maioria delas, sim, desde que sem flash. Algumas proíbem fotos durante missas ou cobram uma pequena taxa para uso de tripé.
Continue planejando seu roteiro em Roma
Agora que você conhece as principais igrejas de Roma, é só montar seu roteiro e viver la dolce vita.
Aqui no blog, temos diversos outros posts sobre planejamento de viagem para a Cidade Eterna, que você pode ler a seguir. Confira:
- Onde se hospedar em Roma: melhores bairros
- Coliseu de Roma – dicas essencias
- Como ir do aeroporto Fiumicino ao centro de Roma
- Roteiro de 3 dias em Roma
- Pontos turísticos de Roma
- Roma Pass vale a pena?
- Galeria Borghese em Roma: como é a visita?
- História do Gelato Italiano
Resolva sua viagem
Outra igreja de Roma imperdível e a Basílica Menos de Sant Maria de La Vitoria, cujo interior contém, ao lado esquerdo de quem entra, próximo ao altar-mor, a famosa obra de Bernini, “O Êxtase de Santa Tereza”. Sugiro que a visitem.
Oi Catarina, que dica fantástica! Eu sou muito fã de Bernini, já coloquei essa igreja na lista pra próxima visita a Roma.
San Pietro in Vincoli não tem o Cristo de Michelangelo, mas sim o o famosíssimo Moisés de Michelangelo, que, até hoje, traz no joelho a marca da famosa porretada que levou de seu autor, quando pediu que a imagem falasse: “Parla!”
Oi Catarina! Obrigada pela correção! Já ajustei no post! 😀
Mas cà pensando…. Além da Santa Maria del Popolo, eu amei a San Luigi dei Francesi. A visitei em minha ùltima ida à Roma e fui com um objetivo fixo: ver a “triade caravagiana”! Sim! Tem 3 Caravaggios ali dentro!
Nao sei se voce entrou nela, mas voce passou bem perto (vi uma foto tua ali). Minha 2° favorita é a Chiesa di Santa Teresa. Ali dentro tem um grupo escultural do Bernini de cair o queixo (La Transverberazione di santa Teresa d’Avila). Nesta mesma rua tem a San Carletto. Por dentro nada de especial, mas a fachada do Borromini com um jogo de concavo e convexo também é incrìvel. E é legal pois ela se encontra bem na esquina das 4 fontes (todos a chamam de San Carlo delle 4 fontane).
Outra que eu descobri a existencia aqui no Brasil é a San Pietro in vincoli…. Voce foi? Dentro està o Moises de Michelangelo.
Enfim… capaz de eu me lembrar de outra em breve
hahahahaha
Oi Juliana,
nenhuma dessas que citaste eu conheci. Roma é demais para uma vida inteira de descobrimentos e amores! É como se precisasse voltar mil vezes, sempre com mil coisas na lista! 🙂
Trabalho difícil esse de selecionar 5 igrejas.
Das que você selecionou, apenas a Chiesa Santa Maria del Popolo entra na minha lista, Diria que ela é a que eu mais gosto. Me lembro até hoje das diversas tentativas de ir para là e encontrà-la fechada. Quando finalmente consegui entrar, comecei pelas capelas da direita, com o Pinturicchio. Fui para ver a capela Chigi, para apreciar Bernini. Vi o lado esquerdo uma muvuca de gente e imaginei que fosse là, mas ao chegar, tinha apenas quadros. Mas não eram quadros qualquer. Fiquei um bom tempo ali, apreciando e babando. Nao conhecia aquele artista, de nome Caravaggio – rsrsrs! Foi paixão a primeira vista!
Sobre a Capela Chigi, estava em reforma!
A Chiesa Santa Maria degli Angeli é uma das minhas frustrações. Nao consegui pegar a bendita aberta (mas não insisti como fiz com a anterior)
A Chiesa dei Trinità dei Monti eu nem cogitei entrar, mas não sei o motivo. Fui para là apreciar a praça, descer a “scalinata” cheia de flores e, assim como você, apreciar o obelisco (que estava em reforma).
Eu entrei nas igrejas-gêmeas da Piazza del Popolo, mas não me lembro muito de seu interno. O que eu apreciei mesmo eram elas por fora, principalmente se você conseguir colocar em teu foco visual o obelisco no centro das duas. O efeito espelho é magnifico!!!
Oi Klécia… que delícia de texto!!! Eu visito igrejas pelas mesmas razões que você: histórias e arte. Além do mais não podemos ignorar a importância delas na trajetória humana né?!
Achei a Igreja de Santa Maria dos Anjos bárbara! Não só ela em si, mas o fato de Michelangelo ter aproveitado a “velha Roma” para construí-la! Quero as escadarias da Igreja da Santíssima Trindade dos Montes. Muito!
As igrejas da Piazza del Popolo não sei por qual razão me marcaram muito. Quando penso em minha breve estada em Roma, elas são o que primeiro me vem a mente. Curioso né, pois como você bem sabe, apenas vi Roma “por fora”. 🙂 beijocas
Sabe que gosto muito dessas igrejas da Piazza del popolo? Elas também me marcaram muito! Fiquei um bom tempo perdida pra lá e pra cá entre elas 🙂
As igrejas sempre tem muita história mesmo, também gosto de visita-las durante as viagens!
É mesmo uma delícia de programa para quem ama história e arte, einh Aline? Obrigada pelo comentário!
As igrejas e os templos religiosos em geral são locais que nunca perco nas minhas viagens! Acho-os maravilhosos, principalmente as igrejas ortodoxas e as mesquitas!
Também acho mesquitas e igrejas ortodoxas maravilhosas <3
Eu não sou católica, mas confesso que tenho grande paixão por igrejas (fora dos horários de missas, longe dos discursos dos padres, por favor). Gosto de observar os detalhes, sentir o cheiro, observar as pessoas… tudo é lindo!
Visitar igrejas também me inspira praticamente pelos mesmos motivos, Gisele! Gosto de ver e sentir a história que aconteceu e segue acontecendo ali 🙂