Basílicas Papais de Roma: conheça a história e dicas de visita
Visitar igrejas em Roma é como folhear páginas de um livro de história. E entre as mais impressionantes estão as Basílicas Papais de Roma, templos sagrados ligados diretamente ao Papa e que guardam séculos de arte e fé.
Esses quatro templos (São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros) são considerados como as igrejas mais importantes da Igreja Católica.
Neste post, você vai entender o que são as Basílicas Papais, conhecer um pouco da história de cada uma e descobrir por que elas são visitas imperdíveis na Cidade Eterna.
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O que são as Basílicas Papais
As Basílicas Papais (ou Basílicas Maiores) são as quatro igrejas de Roma que estão sob autoridade direta do Papa. Cada uma tem um trono papal e uma Porta Santa, que é aberta durante os Anos Santos da Igreja Católica.
Esses templos possuem status superior às demais igrejas e basílicas menores, representando centros espirituais de grande importância para o catolicismo.
As quatro Basílicas Papais são:
- Basílica de São Pedro
- Basílica de São João de Latrão
- Basílica de Santa Maria Maior
- Basílica de São Paulo Extramuros
A Basílica de São Pedro, no Vaticano, e a Basílica de São Paulo Extramuros foram as primeiras a receber a denominação, por serem os locais dos sepulcros dos apóstolos Pedro e Paulo, respectivamente.
Posteriormente, foram nomeadas as igrejas de São João de Latrão, por ser a Catedral de Roma, e por último a Basílica de Santa Maria Maior, por ser a mais antiga igreja consagrada à Virgem Maria.
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Onde ficam as Basílicas Papais? Veja no mapa
Três das basílicas papais ficam em Roma (São João de Latrão, Santa Maria Maior, e São Paulo Extramuros). Já a Basílica de São Pedro fica no Vaticano, facilmente acessada por quem está em Roma.
Veja no mapa abaixo a localização das quatro Basílicas Papais:
- Basílica de São Pedro: no Vaticano
- Basílica de São João de Latrão: no bairro San Giovanni, em Roma
- Basílica de Santa Maria Maior: no bairro Monti, em Roma
- Basílica de São Paulo Extramuros: no bairro Ostiense, em Roma
Você pode se locomover entre elas facilmente usando metrô de Roma, e há também a opção de tours guiados que oferecem transporte entre as basílicas papais, para facilitar os deslocamentos.
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Conheça as quatro Basílicas Papais de Roma
Definitivamente você vai ter que escolher suas prioridades, porque opções você vai ter de sobra.
Uma igreja mais linda e impressionante que a outra. Nessa primeira parte da nossa viagem pelas Igrejas de Roma, vou apresentar as lindas Basílicas Papais, as maiores e mais imponentes igrejas de Roma!
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1. Basílica de São Pedro
A Basílica de São Pedro, no Vaticano, é a mais conhecida das Basílicas Papais, e um dos locais mais visitados do mundo.
Quase sempre há uma fila imensa na Praça de São Pedro, com turistas e fieis esperando seu momento de entrar e conhecer a igreja e suas incríveis peças de arte e arquitetura.
Todos que visitam a basílica papal passam por um controle rígido de segurança, com raio X e revista de bolsas. Não é permitido entrar com bolsas muito grandes, como malas.
Também não é permitido entrar com joelhos e ombros descobertos, então fique atento na sua visita com a vestimenta. Se for verão, leve uma echarpe na bolsa para se cobrir durante a visita.
Depois de entrar, é um encantamento atrás do outro. É realmente um privilégio poder visitar de graça obras primas da história da arte, como a Pietá de Michelangelo e o baldaquino de Bernini.
Já tive a chance de entrar algumas vezes nessa basílica papal, e todas as vezes volto para casa encantada, e com uma sensação de paz. É um lugar muito especial.
Além da visita gratuita, também é possível comprar por 15 euros o ingresso para subir ao topo da cúpula, onde somos presenteados com uma linda vista da Praça São Pedro e de Roma.
Subir à cúpula foi uma das experiências mais memoráveis em Roma: só é preciso ter disposição para encarar os muitos degraus e as passagens estreitas. Mas a vista compensa muito!
Mas fique atento: a subida não é recomendada para claustrofóbicos ou pessoas com dificuldade de locomoção.
Se puder, recomendo que contrate uma visita guiada pela Basílica, porque os detalhes de arte e arquitetura são muitos, e passam despercebidos em uma visita apressada e por conta própria.
Contei mais detalhes da visita a mais conhecida igreja católica do mundo no post sobre a visita à Basílica de São Pedro, no Vaticano.
2. Arquibasílica de São João de Latrão
A Basílica de São João de Latrão (San Giovanni in Laterano, em italiano) é a Catedral de Roma e, oficialmente, a igreja mais importante do mundo católico.
Sim, até mais que a Basílica de São Pedro. Aposto que você não sabia dessa!
Talvez porque pouca gente saiba disso, a Basílica de Latrão passa despercebida entre os pontos turísticos de Roma. Mas pra surpresa de todo mundo, é isso mesmo.
Ela é a sede oficial do Papa como bispo de Roma e única igreja a receber o título de Arquibasílica.
Considerada a igreja mais antiga do mundo ocidental, São João de Latrão é chamada de “mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade e do mundo”.
A fachada é imponente, até difícil de enquadrar na foto.
Toda a imponência da fachada é aumentada nos interiores, onde há seis luxuosos túmulos papais. Cada um, uma obra de arte.
Além disso, a igreja é incrivelmente rica em detalhes arquitetônicos. Tetos dourados, mosaicos e as enormes portas de bronze do século I a.C., que se abrem para nos receber.
Merecem destaque para o lindo baldaquino e o batistério – primeiro batistério da história das igrejas católicas.
Já te convenci a sair um pouco do circuito turístico tradicional de Roma e passar por lá?
Além de visitar a nave da igreja, que é de graça, você pode comprar esse ingresso que permite conhecer o Claustro de São João de Latrão, que também é belíssimo.
A Basilica di San Giovani in Laterano (em italiano) me marcou muito, porque foi a primeira igreja que visitei em Roma, e talvez por isso eu tenha um carinho tão especial por ela.
Dica: atrás da basílica está o Obelisco Laterano, o mais antigo e alto entre os obeliscos de Roma.
3. Basílica de Santa Maria Maior
A Basílica de Santa Maria Maior (Santa Maria Maggiore) é a maior igreja dedicada à Virgem Maria em Roma, e daí vem seu nome.
Seu interior é um espetáculo de mosaicos bizantinos e ouro. Inclusive, o teto é revestido com o primeiro ouro trazido das Américas.
Além do belíssimo altar principal, há duas capelas que merecem destaque:
- Capela Paulina
- Capela Sistina– não confunda com a do Vaticano! Aposto que você não sabia que há mais de uma Capela Sistina para visitar em Roma, não é mesmo?
A Capela Paulina é uma área restrita, dedicada à oração dos fiéis. Você pode entrar em silêncio, mas lá não é permitido tirar fotografias.
Já na Capela Sistina, é possível realizar visitações durante a manhã, com permissão para fotos. Quando for visitar, preste atenção no majestoso candelabro de anjos, feito inteiramente de ouro. Surreal!
Tem uma curiosidade que achei muito bonita sobre a Igreja de Santa Maria Maior. Conta a tradição católica que o local da construção da igreja foi escolhido pela própria Virgem Maria.
Conta a tradição católica que Nossa Senhora teria aparecido em sonho ao papa Libério, falando sobre um milagre iria indicar o local da futura construção de uma igreja.
E eis que, em 5 de agosto, em pleno verão romano, começa a nevar sobre uma pequena capela de Roma. Era o sinal para ali erguer o novo templo, a primeira igreja romana dedicada à Virgem Maria.
Curiosidade: todos os anos, em 5 de agosto, pétalas brancas caem do teto para relembrar o evento.
E o mais interessante é que, todos os anos, nesse mesmo dia, uma chuva de pétalas brancas cai da linda Capela Paulina, que fica ao lado do altar, parar celebrar o aniversário do sinal milagroso. Deve ser bem bonito de ver.
Para visitar a nave da igreja, você não precisa pagar nada, só passar pelo controle de segurança (raio X e revista de bolsas), apresentando documento com foto.
Mas se quiser, pode comprar o ingresso que dá acesso à áreas exclusivas do templo, como a cúpula e ao subsolo.
4. Basílica de São Paulo Extramuros
A Basílica de São Paulo Extramuros (San Paolo fuori le Mura) é o local onde repousam os restos mortais do apóstolo São Paulo.
Seu nome vem da localização fora da antiga muralha Aureliana que protegia Roma, séculos atrás (extramuros).
Nos dias de hoje, essa muralha não existe mais, e a cidade de Roma já ultrapassou esses antigos limites, por isso essa Basílica Papal fica sim dentro da cidade de Roma.
É uma das igrejas mais impressionantes da cidade, com colunas monumentais e mosaicos dourados que revestem o altar. Mesmo fora da rota turística principal, merece a visita.
Lá também acontecem concertos de ópera, e é quase divino ver os músicos tocando naquele ambiente. Você pode reservar um ingresso, é um passeio diferente e inesquecível para fazer em Roma.
Para quem quiser dar uma espiada na Basílica antes de um relato mais detalhado aqui no FSV, deixo o link para um post bem bacana sobre ela, do blog 360 Meridianos: Basílica de São Paulo Extramuros.
Circuito das sete basílicas peregrinas de Roma
Existe uma tradição antiga em Roma, idealizada por São Filipe Néri no século XVI, de visitar sete igrejas em um único roteiro de peregrinação, conhecida como “Sette Chiese”, ou as sete igrejas.
O percurso inclui as quatro Basílicas Papais e mais três basílicas extramuros ou menores. No total, essas são as 7 igrejas que fazem parte da peregrinação:
- Basílica de São Pedro
- Arquibasílica de São João de Latrão
- Basílica de Santa Maria Maior
- Basílica de São Paulo Extramuros
- Basílica de Santa Cruz de Jerusalém
- Basílica de São Lourenço Extramuros
- Basílica de São Sebastião Extramuros
É uma jornada espiritual e cultural de mais de 20 quilômetros, que atrai peregrinos e viajantes do mundo todo. Quem completa a rota durante um ano de Jubileu, visitando as 7 igrejas em peregrinação, recebe indulgência plena.
A indulgência plena é o perdão de todos os pecados, uma graça concedida pelo papa em datas festivas ou ocasiões especiais.
Durante o ano do Jubileu, há uma “credencial” ou selo em cada basílica participante, que comprova que você cumpriu aquela etapa do percurso.
E você, toparia o desafio?
Quer conhecer outras igrejas de Roma?
As Basílicas Papais de Roma são apenas o começo. A cidade abriga mais de 900 igrejas que guardam tesouros artísticos, relíquias e histórias fascinantes.
Se você quiser ir além das quatro basílicas papais e descobrir igrejas com afrescos de Caravaggio, mosaicos bizantinos e lendas curiosas, confira o post completo sobre igrejas de Roma.
Lá eu mostro outros templos imperdíveis que valem a visita e ajudam a entender por que Roma é, até hoje, o coração espiritual e artístico da Europa.
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Quer entender melhor como o seguro viagem funciona e descobrir qual plano mais combina com o seu estilo de viagem? Veja o guia completo: Seguro viagem Itália – é obrigatório? Como escolher?
Perguntas frequentes sobre as Basílicas Papais de Roma
As Basílicas Papais são as quatro igrejas mais importantes do catolicismo, localizadas em Roma e sob autoridade direta do Papa. Elas possuem um trono papal e uma Porta Santa, aberta apenas durante os Anos Santos.
As quatro Basílicas Papais são:
Basílica de São Pedro, no Vaticano
Basílica de São João de Latrão, no bairro San Giovanni
Basílica de Santa Maria Maior, no bairro Monti
Basílica de São Paulo Extramuros, no bairro Ostiense
A Basílica de São João de Latrão é a mais importante, pois é a Catedral de Roma e sede oficial do Papa como bispo da cidade. Por isso, ela recebe o título de Arquibasílica e é considerada a “mãe de todas as igrejas do mundo”.
Tecnicamente, a Basílica de São Pedro está dentro do Estado do Vaticano, um território independente dentro de Roma. Na prática, faz parte da mesma área urbana e é facilmente acessível a pé ou de metrô a partir do centro da cidade.
Sim, é possível, mas exige planejamento. As quatro basílicas são grandes e ficam em regiões diferentes da cidade. Se quiser fazer o percurso completo em um dia, use transporte público entre elas (metrô e ônibus).
Continue planejando seu roteiro em Roma
Agora que você conhece as principais igrejas de Roma, é só montar seu roteiro e viver la dolce vita.
Aqui no blog, temos diversos outros posts sobre planejamento de viagem para a Cidade Eterna, que você pode ler a seguir. Confira:
- Onde se hospedar em Roma: melhores bairros
- Coliseu de Roma – dicas essencias
- Como ir do aeroporto Fiumicino ao centro de Roma
- Roteiro de 3 dias em Roma
- Pontos turísticos de Roma
- Roma Pass vale a pena?
- Galeria Borghese em Roma: como é a visita?
- História do Gelato Italiano
Resolva sua viagem
oi Klécia… eu não tinha ideia sobre quase nada que você conta neste texto a respeito das igrejas de Roma: não sabia desta nomenclatura e divisão papal, muito menos que existem 900 igrejas em Roma! Não sabia sobre a importância da Igreja de São João de Latrão ou sobre o milagre de Santa Maria Maggiore. Enfim, você ajudou a lançar luzes na escuridão de minha ignorância. 🙂
Eu gosto de visitar igrejas pela mesma razão que você: pela quantidade de arte que abriga, por sua arquitetura e principalmente porque não podemos negar sua influência na trajetória da humanidade. São fonte de informação, portanto!
Preciso dizer que eu A-DO-REI este texto?! Lindo, como só o Fui Ser Viajante sabe fazer! beijocas
É sempre uma viagem fenomenal quando adentramos templos religiosos, seja em qual parte do mundo! E Roma, pra mim, foi especial demais! 🙂
Uau, 900 igrejas? Não fazia ideia. Adorei o post, ótima orientação pra não ficar perdido diante de tantas opções! 🙂
Inacreditável ne, Lu? Roma é maravilhosa mesmo!
Eu com certeza ia pirar, também sou desses que adora ir visitar uma igreja na viagem, gosto do silencio dentro delas e de toda a arquitetura que as envolve. Roma deve ser um Show a parte. Adorei o post com muitas dicas legais. Grande abraco !
Então você é dos meus, Anderson! Obrigada pelo comentário e boas viagens!
Roma é uma cidade de museus ao céu aberto, mas também tem cada igreja linda lá né, as fotos estão ótimas parabéns.
Tem uma igreja mais linda que a outra! obrigada!! 🙂